Uma Garota Geek

Capítulo Um

 Eu não me considero uma "nerd" até por que as pessoas definem os nerds como adolescentes que usam óculos, tem varias espinhas no rosto, não tem amigos, são tímidos e inteligentes. Admita você sempre os invejou por causa da inteligência deles. Talvez eu seja uma nerd por causa da timidez, da inteligência e por que eu não tenho amigos prazer meu nome é Árya Cooper mais conhecida como a Geek da escola.

 Há poucas semanas meus pais resolveram que eu precisava de amigos então eles tiveram a brilhante ideia de me colocar em uma merda de grupo de apoio que no caso fica embaixo da lanchonete da cidade. As aulas do terceiro ano vão começar em alguns dias, como a nossa cidade é pequena só temos três Elementary, Middle e High School...

- Árya?! - minha mãe só faltou estourar os meus ouvidos me chamando, como todas as mães fazem, olhei pra ela e ela perguntou - esta pronta?

- Vocês não podem me obrigar a ir - falei calma.

- Somos seus pais - falou meu pai entrando na cozinha - você tem que ir fazer novas amizades, conhecer pessoas...

- Se querem que eu faça amigos não me mandem pra um grupo de apoio - disse interrompendo ele - vocês tem que tipo me arranjar uma identidade falsa pra ir pra balada, beber e tomar baseado.

- Ninguém toma maconha.

- Se eu tivesse uma identidade falsa eu iria saber disso.

- Vamos mocinha - falou minha mãe e eu a acompanhei.

 A lanchonete onde ficavam em cima do grupo de apoio não era a mais chique mas fazia as melhores comidas, por que nas coisas simples encontramos os melhores tesouros.

- Chegamos - minha mae falou quando eu estava saindo do carro eu já estava andando em direção ao restaurante quando ela disse - Ei, faz amizades!

 Como havia dito a lanchonete era simples a maioria dos alunos ficavam lá quando largavam já eu prefiro ir em outro horário já que os "populares" da escolar sempre me zuaram deve ser por isso que estou indo a esse grupo de apoio. Como sempre Vêronica, a quase dona da lanchonete estava lá atendendo os clientes ela sempre me tratou bem ela é gentil comigo.

- Oi Ária! - ela falou se aproximando de mim - advinha, hoje tem torta aquela que você ama!

- Guarde um pedaço pra mim depois que eu sair do grupo de apoio eu venho aqui e pego.

- Não acredito que seus pais te colocaram mesmo nesse grupo de apoio.

- Pois é, onde é que...

- Naquela porta ali - ela falou apontado pra uma porta de madeira marrom - lá vai ter uma escada você desce e pronto.

- Tá, obrigada.

 Veronica era poucos anos mais velha do que eu ela finalizou a faculdade de culinária ela devia estar sendo uma chefe brilhante de um desses restaurantes chiques e não uma garçonete de uma lanchonete pelo menos é o que eu acho, mas os seus pais (os donos da lanchonete) insistiram que ela ajudasse. Assim que eu abro a porta alguém tromba em mim e... QUE MERDA!!! Não acredito que esse babaca ta aqui...

- Ora, ora quem esta aqui a Geek.

- Com licença...

- Oque veio fazer aqui? Já sei! Veio procurar pessoas iguais a você! No caso nerds.

- O que você acha de cuidar da sua própria vida e deixar a dos outros em paz? Já sei! é por que você não tem nada pra fazer a não ser um garoto mimado e idiota. Agora com licença - o empurrei e desci as escadas.

 Ao chegar havia um monte de cadeiras formando um circulo e uma boa quantidade de pessoas já estavam em seus lugares me sentei ao lado de uma garota de cabelos castanhos escuros e lisos enfim todos se sentaram e um cara começou a falar.

- Oi pessoal então vamos começar, quem quer contar a sua historia para o grupo? - disse um cara meio gordo com a aparência de quem vive jogando jogos no computador.

 Varias pessoas se levantaram uma por uma e contaram a sua "Historia para o Grupo" a maioria dizia "Eu não tenho amigos por sou tímido, nerd, não sou popular" isso é uma babaquice...

- Que tal você agora - o cara perguntou apontando dedo pra mim - quer dizer o que veio procurar aqui?

- Meu nome é Ária e bom... aqui é um grupo de apoio para fazer amigos então eu acho que as pessoas estão a procura de amizades - a garota ao meu lado ri baixo - mas não foi pra isso que eu vim.

 O cara ficou calado por alguns segundos, deveria estar digerindo o que havia dito.

- Então por que você veio?

- Eu não vim por que queria ou por que achasse que iria me ajudar mas pelo mesmo motivo pelo qual eu fazia tudo ultimamente pra agradar meus pais.

 Me sentei e o cara continuou a falar por algum tempo e graças a Deus acabou então eu sai.