»Capitulo 5«

1K 137 15
                                    

Continuava deitada no sofa de casa do Harry enquanto todos à minha volta pensavam nas palavras que eu disse.

"Como assim o beijo entre ti e o Harry?" Zayn falou irritado, ou pelo menos parecia. "Tu sabias que eu gostava dela e foste beija-la?"

"Tu também sabias o que que eu sentia e mesmo assim começaste a namorar com ela." Harry levanta-se e Zayn também. "Tu sabias tão bem que ela estava confusa e que o primeiro que lutasse por ela era o que ia escolher."

"Eu também sabia que tu não lhe podias dar o mesmo que eu. Eu apanhei-te com uma loira qualquer no dia em que finalmente me contaste que gostavas da mesma rapariga que eu. Toda a gente sabe como é que tu és. Não te chega , nunca chegou, não era naquela altura que ia chegar." Zayn falou com um tom de voz entre a voz normal e o grito.

"Tu não sabes nem metade da vida dela! Não foste tu que estiveste lá quando ela mais precisou." Foi a vez de Harry gritar. Mas espera.. do que que está ele a falar.

"Do que que estas a falar Harry?" Jeremy leu os meus pensamentos.

"Nada que vos interesse, são coisas minhas e da Mellody."

"Espera que agora além de se beijarem também têm segredos." Zayn falou mais irritado ainda.

"Jeremy se calhar é melhor irmos embora." Falei timidamente enquanto me levantava e ficava exatamente no meio de Zayn e Harry. "Liam, por favor, acalma este dois." falei e virei-me para o Harry "E nós depois falamos que eu quero saber dessa história." Sai de casa do Harry seguida pelo Jeremy.

***

Peguei num caderno novo e numa caneta e sentei-me em cima da minha cama. Sempre tive o vicio de escrever as minhas coisas numa especie de diário, pelo menos acho que sempre tive esse vicio, porque nunca encontrei nenhum diário meu antigo. Acho que se tivesse encontrado muita coisa na minha cabeça iria fazer sentido. Como eu ter beijado o Harry , o meu namoro com o Zayn ou até mesmo a parte do meu passado que o Harry falava.

As folhas brancas do caderno azul foram ganhando letras à medida que eu escrevia todas as minhas confusões desde a presença de Zayn. Chega a ser frustante esta coisa da memoria e agora é cada vez mais doloroso com todos os flashback's que tenhe tido ultimamente. O médico quando me disse que eu tinha perdido a memória não mencionou nada relativamente a recupera-la, mas parece que é possivel.

Fartei-me de escrever e desci para a sala e liguei a George.

"Hey Dy!" Posso não ver mas sei que ele está a sorrir pela maneira que a sua voz doce soou.

"Simba, que estás a fazer?" Perguntei.

"Estou a ajudar a minha mãe com umas coisas da escritório." Fez uma pausa. "Porque?"

"Oh nada. Manda um beijinho à tua mãe por mim. Amo-te."

"Claro que mando. Também te amo." Desliguei a chamada e ouço o Jeremy a descer as escadas.

"Maninha, vais ao sotão buscar as coisas para tratar da piscina? Tu é que sabes onde arrumaste." Ele falou enquanto me dava um beijo na testa.

"Vou sim." Subi as escadas até ao piso do sotão e ao abrir a porta esta fez um barulho estranho, como sempre fazia. Quando toquei no fio da luz por cima de mim, ela acendeu.

As coisas da piscina estavam escostadas a uma estante mas ao tirar várias coisa da estante cairam e eu baixei-me para as apanhar. Algumas coisa eram de natal e alguns livros, mas houve um que me chamou à atenção. Não era um livro mas sim um caderno. Um caderno exatamente igual ao meu onde escrevo as minhas coisa. Peguei nele e abri confirmando mesmo que era a minha letra. Fechei o livro e sai do sotão com ele e com as coisas para a piscina, que deixei na sala para o Jeremy utilizar.

Fui até à cozinha para fazer um cha, para beber enquanto lesse o caderno. Será que lá estava alguma coisa a falar do meu passado que seja importante? Quando o cha já estava pronto fui para o meu quarto e sentei-me no sofa que tinha por baixo da janela e começei a ler a primeira página do caderno que eu tinha escrito à tempos atrás.

"Elas estão presas a mim, mas eu estou presa a ele. E sinceramente eu não sei qual deles é pior, porque eu estou viciada em ambos. Ele fez-me conhecer o meu lado mais obscuro e eu admito que amo este lado. Ele mostrou-me o mundo mas também mo tirou. Eu sei que trouxe luz à sua escuridão mas isso não foi suficiente. Ele so parou quando eu também já era escuridão, ele só parou quando já não havia nada de luz e bom em mim. Ele, a aventura e a adrenalina passaram a ser as minha prioridades. Não me canso de me referir a ele e ele sabe que me tem na sua mão. Têm-me como eu as tenho a elas. Como um ponto seguro, um refugio. Sei que faz mal, que me mata por dentro, mas eu simplesmente não consigo parar. Preciso deles tanto ou mais como preciso de oxigénio. Depois de tudo que aconteceu eles são a minha força. E eu nunca mais nunca os vou deixar." 

Desculpem sei que está pequenino mas tinha mesmo de acabar aqui.

Do que que acham que ela estava a falar quando escreveu aquilo?

»Love Him Is Suicide«Onde histórias criam vida. Descubra agora