Capítulo 01

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        Mais uma vez atrasada é assim que meu dia começa, e ele já não começou muito bem para mim isso é bem comum, como se não bastasse mudar-me para uma cidade nada encantadora, no interior de Sergipe localizado no nordeste do país, após minha mamãe perder o emprego de caixa de beira de estrada ficamos sem muita opção de viver na grande cidade de São Paulo.

Então viemos para essa cidade porque toda a nossa família está aqui só por parte da minha mãe, não sei nada sobre o meu pai minha mãe não gosta de tocar no assunto. Agora descendo as escadas na maior correria é assim que chego a cozinha pego uma maçã e saiu pela porta nem se quer dando bom dia.

Sabe uma coisa que eu odeio, é quando eu faço uma grande descoberta tipo eu já andei um bom pedaço e lembro que esqueci uma coisa muito importante...bom estou passando por isso agorinha mesmo, chega a bater um desespero e pior é que você tem que voltar... que ódio.

_ Ai, ai, ai não vai da tempo, caramba esquece o livro, eu não acredito nisso e se eu voltar não vai dá tempo de entrar, droga, droga, droga... e para meu dia ficar melhor sinto que estou indo de encontro ao chão, é fui violentamente atropelada por um idiota, minhas mãos agora dói... olho para cima sei que meus olhos estão e esbugalhados e irradiando ódio, sou uma pessoa explosiva por natureza, se isso não estivesse acontecendo comigo eu acharia cômico, todo mundo tem sua maldade, não sou santa se eu fosse santa estaria no altar mais nem eu faria o que ele fez, parou por uns segundos e sorriu, o filho da puta simplesmente sorriu  e voltou a corre como se nada tivesse acontecido, não deu outra, o meu rosto esquentou como se estivesse pegando fogo, quando percebi já o xingava de tudo que conheço.

_ FILHO DA puta NÃO OLHA POR ONDE ANDA NÃO É? IMBÉCIL, QUE UM CAMINHÃO ESMAGUE SUA CABEÇA...

_ Como se ele fosse responder.

Meu ódio era tanto que não percebi uma loira aguada se aproximar de mim. Eu agora estou olhando em sua direção, ela está em pé ao meu lado, é ai que me dou conta que ainda estou sentada no chão, ela tem uma voz legal de ouvir, não é irritante como a maioria, e ela não é tão aguada. Ela é bonita rosto angelical, cabelos encaracolados, boca pequena, nariz pequeno, gostei dela como diz minha vó o  nosso santo bateu... Ela estende a mão para me ajudar, e eu aceito. 
  
_ Eu sou a Alice, disse ela... para esse tipo de informação eu digo quem perguntou? mais só por que ela me ajudou vou ser educada ou ao menos vou tentar.

_ Ele não é muito educado mais não culpe os nossos pais, eles fizeram o melhor pelo David. Ela fala isso com ar nostálgico, com se viajasse no tempo...aí tem.

_ Então, esse é o nome do desgraçado que me atropelou, e sem mais, nem menos deu um sorriso de tá tudo bem? ....ai minha mão, ele tem problemas? ... os olhos dela por pouco não saem das órbitas
_ como assim? ... ela falou com dificuldade, como se tive com um nó na garganta... aí com certeza tem.
_ ele é cego ou surdo ou algo do tipo. Porque eu estou perguntando por ele, eu quero mais que ele evapore desculpas por xingar a sua mãe pelo o que você falou ela é uma boa mãe.

  _ Tudo bem, eu já me acostumei a pedir desculpas em nome da família por ele ... mais esse seu machucado está muito feio, deixa eu cuidar disso?

Ela pergunta olhando nos meus olhos, gosto disso, sinto sinceridade em seus olhos, que em nada por acaso são de um azul gelo incríveis, fazendo ainda mais forte a sua aparência de anjo.

         _ Eu vou perde a minha primeira aula? Falei a contra gosto.

_ Mais estamos no segundo bimestre, há você deve ser a novata, não se fala outra coisa na escola...

QUE legal agora to na boca do povão, era só o que me faltava, acho que fiz uma cara feia pois sente meu rosto se contorcer, ela me dá um sorriso tímido.

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