Prólogo

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"Incêndio em residência, no cruzamento da rua 58 com a 60, viatura 51, viatura 81 e ambulância se encaminhem para lá."
Escutei o barulho do alarme e corri junto com as outras pessoas da equipe para colocar a roupa, assim que terminei de me vestir, corri para a viatura.
— Vamos lá pessoal. — Falei enquanto todos entravam na viatura.
Em questão de minutos já estávamos no local, desci da viatura e caminhei até perto da casa analisando.
— Quantas pessoas têm lá dentro? — Perguntei a um polícia que estava lá.
— Três, um homem e uma mulher e uma criança de 2 anos. — ele falou e eu assenti, me virei para os meus bombeiros e para os policiais.
— Fechem a rua, retirem as pessoas de dentro das casa de perto e afastem elas daqui, não sabemos a situação da casa, ela pode desabar, pode ocorrer alguma explosão e o fogo pode atingir as casas próximas, tudo é provável, precisamos manter o máximo de pessoas seguras. — falei e eles assentiram e foram fazer o que mandei, me virei para os bombeiros que ficaram ali, que ja estavam tentando combater o fogo pelo lado de fora. — Vamos entrar.
Fui em direção a porta da casa, acompanhada com os outros bombeiros, coloquei a máscara e todos fizeram o mesmo, contamos até três e dois bombeiros derrubaram a porta, entramos na casa, a casa estava tomada por fumaça e o fogo se espalhava cada vez mais rápido, fiz sinal para que alguns seguissem para uma direção e eu tentei subir as escadas, mas estava bloqueada por algumas madeiras que haviam desabado, desci e fui ajudar a procurar as vítimas, enquanto alguns bombeiros tentavam apagar o fogo da parte de dentro da casa.
— Eles estão aqui. — Ouvi alguém gritando, Fui na direção do som, eles estavam tentando tirar algumas madeiras que haviam desabado e estavam atrapalhando a passagem, fui ajudar ele e conseguimos liberar a entrada, alguns bombeiros entraram e foram até a mulher e a criança que estavam deitados no chão abraçados, meu coração se partiu com aquela cena, olhei em volta e não vi o homem que disseram que estava dentro da casa.
— Aqui na parte de baixo, não tem mais ninguém. — falaram e eu lembrei do andar de cima.
— Levem eles lá pra foram e saiam, eu vou subir, o homem deve estar lá. — falei e eles me olharam sem acreditar.
— Capitã, a casa pode desabar, é arriscado demais. — jack falou e eu neguei.
— É o meu trabalho, façam o que eu estou mandando, eu já saio. — Falei enquanto subia as escadas correndo, já tinham liberado a passagem e apagado o fogo, comecei a caminhar procurando o homem, achei uma porta sendo bloqueada por alguns pedaços de madeira, respirei fundo e fiz força até conseguir empurrar e liberar a passagem, achei o homem caído e desacordado, corri até ele e escutei barulhos de madeira rachando, eu sabia que o teto ia desabar a qualquer momento, observei o rosto dele e senti algo diferente dentro de mim, tirei a minha máscara e coloquei nele pra evitar que ele inalasse mais fumaça, passei seus braços em volta do meu ombro e fiz força para levantar com ele, ele era um pouco pesado para mim, mas consegui, comecei a caminhar em direção à porta enquanto trazia ele comigo, ouvi um som mais forte de rachadura, vamos lá, meu Deus me ajuda.
Pedi em silêncio e assim que passamos pela porta do quarto, o teto do quarto desabou, me adiantei para sair dali com ele, a fumaça entrava pelos meus pulmões e eu sentia dificuldade de respirar, já que estava sem máscara, com um pouco de dificuldade consegui chegar ao andar de baixo e assim que botei os pés na porta segurando ele, outros bombeiros correram para pegar ele e a população que estava em volta começou a aplaudir, eles levaram ele até mais afastado da casa e os paramédicos começaram a atender ele.
— Ele está vivo, vamos levar. — Ouvi um dos paramédicos gritar e fui até o Jack, eu estava com um pouco de dificuldade pra respirar por conta da fumaça que havia inalado.
— E a mulher e a Criança? — perguntei um pouco ofegante, me escorando no caminhão ao lado dele, ele não percebeu que estava com dificuldade pra respirar, achou que eu estava ofegante por conta do esforço ao carregar o rapaz, era melhor assim.
— Eles não resistiram.. — Ele falou e eu senti tudo girar. — Ei, Voce está bem? — ele perguntou preocupado, mas a voz dele estava ficando longe, minha visão estava turva e senti meu corpo tombando para o lado. — Ajuda aqui! — Ouvi a gritaria, mas as vozes estavam longe demais, antes do meu corpo atingir o chão, senti dois braços me segurando e a escuridão tomou conta de mim.

Consequences Of FireOnde histórias criam vida. Descubra agora