Jubileu está estranho hoje, eu tenho medo

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Eu não sabia se aquilo era algo com que deveria me preocupar, sinceramente. Quero dizer, era algo muito estranho e fora do normal, ou fora do que eu estou acostumado a conviver.

Conheci Baekhyun durante a minha primeira semana da faculdade. Eu era o novato e ele um veterano do curso de Turismo, na época, Baekhyun tinha o posto de representante de turma; eu, realmente, não sei o porquê daquilo, pois o Byun nunca foi lá o exemplo de responsabilidade.

Confesso que quando iniciei o curso, eu queria me manter um pouco longe de todo aquele reboliço de uma faculdade, veja bem, passei boa parte do Ensino Médio ouvindo que tudo mudaria na universidade; viviam dizendo que se você não bebe, vai beber, se não transa, vai transar; eu meio que não acreditava naquilo, mas só pra não ter provas concretas, eu decidi que não iria me misturar.


Para minha felicidade, o pessoal da minha sala parecia estar de acordo comigo, mesmo que indiretamente. Eles não puxavam assunto, e eu também não; seria assim até algum trabalho em grupo no qual, talvez, pudéssemos criar algum laço de amizade a base de interesses. Não poderia dar errado, não mesmo, no entanto, havia um pequeno detalhe – pequeno na altura, inclusive, mas não tão pequeno quanto eu mesmo –, seu nome era Byun Baekhyun.


Ele era o total contrário dos alunos do curso; digo, enquanto que os outros eram quietos, na maior parte do tempo, Baekhyun era escandaloso e tagarela. O indivíduo falava com todo mundo. O Byun era alguém de riso fácil e extremamente sociável, e ponto era que, todos, todos gostavam dele.

E, é óbvio, que eu não seria a exceção.

Eu até tentei, durante três semanas, fugir de Baekhyun com toda a minha força de vontade, mas a criatura tinha enfiado na própria cabeça que seríamos amigos e não importava onde eu fosse, ele estava atrás. Baekhyun era um tremendo pé no saco, e o desgraçado conseguiu conquistar minha amizade.


Bom, desde toda essa bagunça na minha vida, que o só o Byun podia causar, nós somos amigos. Melhores amigos, eu arrisco dizer.

Em outras palavras, Baekhyun não larga do meu pé desde então; e aqui eu dou início a minha explicação sobre o porquê de eu estar preocupado.

Baekhyun estava estranho, não sei como dizer isso, ele estava estranho necessariamente comigo. O Byun é alguém que, quando consegue intimidade, aproveita de todas as formas possíveis; ele também é um tanto quanto tarado, digamos assim, às vezes, eu ficava morrendo de vergonha de sair com ele pelas ruas.

Baekhyun é do tipo que "Uh, olha uma vergonha! Vamos passar!", e me levava junto. Nossa, foram inúmeras as vezes em que ele gritou o meu nome em lugares onde pediam silêncio, ou enfiou as mãos nas minhas calças em bancos públicos, ou, pior, pegou descaradamente no meu pênis durante as missas que íamos com sua avó.

Eu vivo dizendo à ele sobre essas coisas em público – não que eu goste que ele faça quando estamos sozinhos –, mas ele apenas ria da minha cara e respondia que eu podia devolver as brincadeiras. Até parece.

Enfim, era algo com que eu, acabei me acostumando. No fundo, eu não me importava que ele fizesse aquilo, contanto que fosse apenas comigo.

Já estávamos no nosso último período de turismo, quase acabando. Eu continuei meu plano de não me levar pela faculdade, no quesito, virar um bêbado que transa com qualquer um, tipo o Baekhyun; e eu conseguia, conseguia até meu amigo querer me levar junto.

O Byun sempre foi muito preguiçoso, mas quando queria festejar e encher a cara, ele apenas ia, e aja história no dia seguinte. Eu não ia com ele, ficava só esperando ele aparecer no meu apartamento contando como estava arrependido, que era uma péssima pessoa, e que não devia ter feito sexo com tantas pessoas de uma vez só; típico.

O dia em que Baekhyun sossegouWhere stories live. Discover now