~OláBem, nunca sei o que dizer nas notas (não é como se eu postasse sempre também né kkkkk) enfim, eu estou aqui, postando pela primeira vez no Wattpad (Essa minha OS eu postei no Social Spirit primeiro) e eu estou aceitando críticas construtivas principalmente porque estou começando agora e quero começar bem!
E eu não posso deixar de agradecer a @mariinyourarea pela capa linda 💙
Boa leitura~
Kihyun Hyung havia contado forçadamente a sua orientação sexual aos seus pais em uma sexta-feira a tarde.
Estávamos nos beijando na portaria do meu prédio quando um conhecido de seu pai nos viu e apenas nos encarou como se sempre soubesse de nós.
Então, por medo, Kihyun resolveu dar a notícia por ele mesmo, decidido a enfrentar por si mesmo qualquer uma das consequências que pudesse vir com a revelação, mas eu não esperava o encontrar tão destruído – tanto física como psicologicamente, isso era claro. Mesmo ele me dizendo que estava bem, eu não acreditava, pois seu pai não era uma pessoa fácil de lidar, e embora sua mãe fosse mais calma, era extremamente submissa e nada fizera em relação a surra que o Kihyun levou.
Eu queria acreditar em suas palavras, eu queria que fosse real, eu queria que ele não tivesse sentindo tanta dor.
– Está tudo bem, Kyunie, ele só me bateu por eu ter respondido mal a ele – você disse, deixando um sorriso pequeno para mim, tentando através dele me convencer de não irmos à polícia denuncia-lo.
Estávamos sentados na varanda do meu quarto. Todas as tardes, você vinha pra cá por não conseguir dormir sossegado na sua própria casa e eu podia perceber que você tinha medo, Hyung, pois eu sentia esse seu medo quando eu te beijava a um quarteirão antes da sua casa para o seu pai não chegar ou te ver comigo quando eu insistia para te levar de carro em casa.
– Eu queria que você viesse morar comigo, sabe? Só nós dois. Você tem seu emprego e eu o meu, não seria bom? – perguntei enquanto andávamos de mãos dadas a caminho de uma cafeteria que, aliás, era a sua favorita por ela ter dois andares e na parte de cima ser mais reservada e bem grande.
O local era bem vívido, com fotos dos clientes que já passaram por ali e inclusive tinha duas fotos nossas na parede recheada. Eu adorava te levar lá, Hyung, e você se sentia bem, não é? Olhando as fotos, as pessoas tranquilas lendo um livro, observando as apressadas pessoas de Gangnam lá fora...Você me pareceu amar a ideia, mas logo após ouvir minha proposta você perdeu o sorriso que tinha crescido e eu sabia bem o porquê. Você tinha medo, Hyung, medo de deixar sua mãe sozinha com seu pai.
E não chegamos a entrar na nossa cafeteria porque você quis ir embora com a desculpa de estar se sentindo mal e se eu soubesse que isso teria te deixado daquele jeito cabisbaixo não teria tocado no assunto. Eu só queria te ver feliz.
Antes de você contar tudo aos seus pais, éramos apenas amigos estranhamente próximos demais para eles e isso sempre irritou seu pai, claro, embora ele não deixasse tão óbvio. Entretanto, toda vez que eu ia na sua casa ficar umas horas te fazendo companhia, eu sentia o olhar de seu pai me fulminando, sempre de cara fechada, eu acho que no fundo ele já sabia.
– Kyunie, eu estou bem. Só caí sem querer no banheiro enquanto tomava banho para vir aqui – ele sorriu enquanto me abraçava pela cintura, achando que tinha me convencido com tal desculpa.
– Kihyun, desde quando tombo no banheiro tem marcas de dedos? Eu estou aqui para você, pode contar comigo. Vamos agora na polícia acabar com isso, Hyung, eu estou te implorando! Não aguento mais te ver machucado e com medo, eu não aguento mais te ver quebrado e não poder te consertar... – eu tinha desabafado.
Minha dor não se comparava a sua, eu sabia disso, mas ainda assim você sorriu. Seu sorriso tinha sido verdadeiro pela primeira vez em dias e eu não tinha entendido, mas fiquei feliz por ter feito isso, eu quase chorei de felicidade por fazer você sorrir daquele jeitinho que tinha me conquistado novamente.
Logo depois estávamos nos amando no meu quarto. Podia ter sido o nosso quarto, Hyung, mas você nunca mais voltou, não é mesmo? Tinha conseguido tirar a ideia da minha cabeça de denunciarmos seu pai porque teve um plano de sair de lá para sempre com sua mãe.
A princípio, eu pensei que era boa a ideia, porém não ia adiantar vocês saírem de lá e ele conseguir achar vocês, então eu tinha voltado a falar sobre isso com você e brigamos feio. Eu joguei verdades horríveis na sua cara e você as rebatia, e eu sei que fui um babaca por ter falado aquelas coisas, Hyung, eu sei… eu me arrependo amargamente de ter feito o mesmo que seu pai fazia todos os dias; te machucar.
– Eu não quero que você se meta nas decisões que eu tomo, Changkyun. Você sabe que eu detesto essa sua super proteção! Eu não sou uma criança indefesa, então pare de me tratar como uma! – você saiu batendo a porta e foi a última vez que nos falamos pessoalmente.
Eu te liguei várias vezes, Hyung, e você não me atendia, eu tentei até te rastrear, mas o aplicativo dizia que seu celular estava desligado ou algo do tipo.
Jooheon Hyung me disse que você tinha se mudado com sua mãe e que seu pai ficou sozinho naquela casa. Antes de eu saber dessa notícia eu passava todos os dias em frente a sua casa e no seu antigo trabalho na esperança de te ver ao menos de longe. Sim, isso soa meio perseguidor, me desculpe por isso.
Eu não queria que tivesse sido assim, Hyung, não mesmo. Eu queria brigar pela bagunça na cama não arrumada de manhã, pelos meus livros de física jogados por aí, porque você dizia que eu eu era ótimo em exatas, mas em relação a arrumação eu era terrível. Eu queria que você me chamasse a atenção por ter deixado a toalha na cama enquanto eu fazia bagunça no seu material de cozinha, tentando fazer algo.
Era uma sexta-feira a noite e eu estava em Seul em uma confraternização da minha turma de física, meus amigos me obrigaram a ir no intuito de fazer eu me esquecer de você, Hyung, e quando eles falaram isso eu gargalhei pois esquecer você é impossível, principalmente o seu sorriso. E foi naquele bar onde tocava Miss You de um grupo famoso de K-pop que eu te vi depois de dois meses.
"Sempre que fecho meus olhos, penso em você. Até as estrelas no céu à noite parecem com você. Sinto sua falta feito um louco."
Parecia um sonho de tão inacreditável e eu sorri igual a um bobão com o coração esmurrando o peito apenas com a sua visão depois de tanto tempo afastados. Comecei a ir na sua direção, mas no meio do caminho você me deu as costas e foi embora, levando meu coração despedaçado
Eu sinto sua falta, Hyung.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Miss You
Fanfiction"E não chegamos a entrar na nossa cafeteria porque você quis ir embora com a desculpa de estar se sentindo mal e se eu soubesse que isso teria te deixado daquele jeito cabisbaixo não teria tocado no assunto. Eu só queria te ver feliz."