i hate you

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Dez pras onze, meus pais haviam saído e eu estava só em casa com minhas amigas. Até que decidimos sair. Como eu sei que isso ia dar merda, falei que não, até por não ter idade para frequentar uma boate.
Eu sou a mais nova das meninas, então sugeri ir a uma pizzaria, elas não concordam e "batem o martelo" sobre a boate. Ta tá, pode ser uma boa idéia, quem sabe eu desencalho não? Haha
Saímos todas de casa com suas bolsas e Eduarda logo olha para o carro de meu pai, ela é a única que sabe dirigir. Ela entra no mesmo .
Ah não, esse carro é novo Duda,  pelo amor, meu pai vai me matar! -digo agoniada.
Entra logo -ela afirma.
Ai meu Deus - entro no carro e saimos de la em direção a boate. Ela estaciona o carro e vamos para a porta de entrada
Eu estou tremendo, não de frio. De medo. Eu não sei se vão aceitar os documentos falsos, é a primeira vez que faço isso.
O homem pede minha identificação e eu entrego. Ele olha e me entrega de volta com a pulseira, no caso o ingresso.
UFA, pelo menos eu entrei. AAh, o som alto, pessoas dançando. As luzes coloridas, eu tô apaixonada.
As meninas vão direto ao bar e pedem uma dose de vodka cada uma. Eu peço um suco de laranja e a atendente logo me entrega, sorrindo.
Caramba que cara linda. Sorrio de volta e aceno com a cabeça como se fosse um cumprimento.
Me sento em usa mesa um pouco afastada e não consigo tirar os olhos daquela mulher. Ela era linda, com os cabelos pretos liso e grande, a pele morena, olhos verdes...
O que é isso que eu tô sentindo? É estranho. E bizzaro.
Tento parar de olhá-la e me levanto quando acabo a bebida, indo em direção as meninas.
Hey, vamos dançar? - as chamo pra pista ao som de Sweet Dreams Remix Funk. Elas vêm comigo e começamos a dançar.
Até que a mãe de Camila liga desesperadamente em seu celular, perguntando aonde estavamos.
Meu Deus, e se minha mãe já estiver chegado? Estou ferradinha!
- que isso?  Que barulho é esse? Aonde vocês estão? - ela pergunta. Logo ouço a voz de mamãe no fundo.
AH MEU DEUS.
Calma mãe, estamos num... Num.. Numa loja no shopping, é, calma. -Camila diz.
CHAMA ELA CAMILA, agora. - mamãe diz brava e eu já começo a me tremer.
Camila me passa o celular e eu atendo com uma voz trêmula.
O-oi.. - respiro fundo.
Acho que é nessa hora que as pessoas morrem do coração. 

Uma Mão Amiga Talvez? Onde histórias criam vida. Descubra agora