Senhor Murdercraft

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Ontem sonhei com o senhor Murdercraft, sua esposa estava lá também e eles gritavam a plenos pulmões, o senhor Murdercraft era um grande egiptólogo, e ele costumava viajar muito, as vezes até por várias semanas.
Oh onde está minha educação, eu me chamo Benjamin Johnson e eu era mordomo do senhor Murdercraft, estive trabalhando para ele a dez anos, até aquele dia.
Bom onde eu estava, ha! sim, ele muitas vezes viajava e ficava fora por muito tempo, mas no dia 11 de setembro de 1994, ele voltou muito estranho de uma de suas viagens, na verdade o senhor Murdercraft sempre foi estranho, ele era um homem alto e esguio, cabelos negros, e olhos castanhos, ele sempre foi pouco sociável mas quando voltou daquela viagem ele havia mudado, seu olhar era frio e ele saia pouco de seu quarto do qual eu fui proibido de entrar, mas em um dia chuvoso onde o senhor Murdercraft fez um grande banquete para todos seus amigos, e em meio a festa fui chamado até seu escritório onde ele me disse uma coisa que está na minha mente até hoje, ele me disse que havia encontrado um antigo amuleto que carregava uma grande maldição e disse que eu era a pessoa mais confiável que ele podia procurar, e então eu dei a ideia de nos livrarmos o mais rápido possível daquilo, mas quando toquei naquilo pude sentir uma força estranha e um mal estar, e no mesmo momento o senhor Murdercraft agarrou minha mão e disse que se eu não soltasse ele arrancaria minha mão, aquilo me fez dar um passo para trás, e eu pude ver os olhos dele, estavam negros como carvão e seu olhar não tinha sentimento algum, ele segurava aquilo como se fizesse parte dele, e naquele momento eu descobri que teria que fazer alguma coisa para acabar com aquilo.
Na manhã seguinte a casa estava calma e um ar gelado entrava pela janela, eu pude ver a senhora Murdercraft no jardim cuidando das flores, mas nenhum sinal do senhor, e me passou pela cabeça o que ele poderia estar fazendo, mas no mesmo momento meus pensamentos foram cortados por conta da senhora Murdercraft que acabará de entrar com uma rosa branca em sua mão, aquilo era para o senhor, suas flores favoritas eram rosas brancas, então eu e a senhora subimos as escadas até o quarto, quando nos deparamos com o senhor Murdercraft nú coberto de sangue dizendo palavras estranhas e sem sentido, quando chamamos sua atenção ele ficou totalmente furioso, ele me acertou na cabeça com um castiçal próximo.
Quando acordei estava amarrado a cama, não havia sinal de ninguém apenas o barulho de um cutelo batendo cortando alguma coisa, com muito esforço consegui me livrar das cordas e desci as escadas bem devagar, mas quando cheguei próximo a cozinha eu vi a pior cena da minha vida, ele estava cozinhando a própria esposa, e naquele momento percebi que precisava sair dali o mais rápido possível, quando me movi para tentar alcançar a porta ele percebeu que eu estava ali, e enquanto me olhava pude perceber que o senhor Murdercraft não estava mais ali era outra coisa que o controlava, o que paira sobre minha cabeça até hoje foi o fato dele me ignorar e continuar com a sua receita, depois disso eu corri até o porão e peguei um galão de gasolina e espalhei pela casa, e ele continuava seu banquete sem nem piscar, eu acendi um fósforo que havia em meu bolso e sai da casa que logo seria consumida pelas chamas, mas o que me deixa mais assustado e me faz acordar no meio da noite suando frio, foi que enquanto tudo queimava ele estava na janela me olhando fixamente, e ele ria como se as chamas não o machucassem, no momento não havia entendido pq ele sorria tanto, mas quando olhei no meu bolso eu vi que aquele amuleto estava comigo e aquela maldição me perseguiria a vida toda.

A Maldição do Senhor MurdercraftOnde histórias criam vida. Descubra agora