**Misaki Yagami**
Quando enfim parei de desenhar voltei para o meu quarto, minhas irmãs continuaram na sala, conversando até altas horas da madrugada, pois, assim que eu realmente parei de desenhar, ouvi a porta do quarto delas batendo.
Em compensação de uma noite como está, com sonhos de ligação, conversa que acabaram com discussão e decisões tomadas para um dia seguinte: eu estava sem sono algum.
Resolvo procurar algo para fazer, quem sabe ler um livro ou... Ler um livro, não há mais nada nessa mansão para distrair-se.
Desci para a biblioteca e comecei a procurar um livro que me chamasse atenção, mesmo que atenção me falte quase sempre.
Por cada prateleira que eu passasse meu queixo caia, era um livro mais velho que o outro, ao mesmo tempo que era assustador era incrível.
Mas, de repente, algo me chama real atenção... Isso sim é uma obra de arte!😳
Subaru está deitado no sofá da biblioteca, seus olhos fechados e um livro de capa roxa sobre seu peito. Ele parecia tão inocente deitado ali, indiferente ao mundo exterior.
Meu coração de repente começa a bater fortemente, uma sensação estranha me sobe o corpo, minha mente bloqueia os arredores e minha atenção é totalmente focada naquela imagem.
O que está acontecendo comigo?
Me aproximo calmamente, inconsciente de grande parte dos meus atos, quando percebo estou agachada ao seu lado, admirando sua beleza albina.
Encaro o livro sobre seu peito, o de capa roxa, "O livro deve ser legal...", assim penso "Subaru não perderia seu tempo com algo que não fosse realmente prestativo, né!?"
Bom... Não custa nada avaliar seus gostos.
Levo minha mão de encontro com o livro, mas, com uma velocidade incrível, meu pulso é preso por outra mão. Me assusto e quase caio no chão de surpresa.
Subaru aperta meu pulso, mas ao perceber que sou eu alivia um pouco o aperto... Porém, ele não me solta.
Os olhos de Subaru fixam-se nos meus, minha respiração acelera mil vezes mais do que com o susto. É como se ele pudesse ler meus pensamentos momentos atrás.
—D-Desculpa. V-Você estava dormindo, eu... Eu ia pegar o livro—gaguejo desconfortável, desviando o olhar daqueles lindos e enigmáticos olhos vermelhos.
Subaru me olha de um jeito que não consigo entender, seus sentimentos são uma incógnita para mim, assim como seu olhar que não revela nada.
Perco a compostura quando Subaru se levanta, pega o livro e o entrega para mim. Me levanto, com as bochechas queimando e a mente a mil por hora.
—O-Obrigada—murmuro envergonhada—Desculpe-me novamente!
—Está tudo bem, você só me pegou desprevenido.
Mordo os lábios com força. Meus sentimentos são tão confusos que acabo por me perder neles.
—Não consegue dormir?—Subaru pergunta, trazendo-me de volta dos meus devaneios.
—É, pode se dizer que sim—respondo, dando de ombros.
Subaru fecha o punho fortemente, idêntico a alguém que está fazendo força "para algo ou contra algo".
—Tudo bem?—perguntei. Subaru não respondeu, mas confirmou com a cabeça um tanto frenético.
—Eu preciso ir!—saiu em disparada, me deixando atordoada com sua reação.
Saiu da biblioteca com o livro de capa roxa em mãos, algo nele me fascina e ao mesmo tempo me causa calafrios, o porquê eu não conseguia entender.
Viro o corredor, mas sou empurrada contra a parede com força, de modo que solto um grito agudo com o impacto e o livro de capa roxa encontra o chão.
Mas o quê?
Fixo meu olhar na pessoa que me jogou contra a parede e me prende contra seu corpo... Subaru?
—S-Subaru, o que está fazendo?—pergunto confusa, tentando me soltar, mas Subaru aperta meus pulsos com força—A-Ai, e-está me machucando!
Subaru me solta abruptamente, seu olhar aterrorizado e sua respiração falha entrega o quão confuso ele está.
—Subaru?—confesso estar preocupada, do pouco tempo que estou ele nunca agiu assim comigo antes.
O que está errado?
—E-Eu... Eu sinto muito...—se lamentou, com o olhar fixo no chão—E-Eu não sei o que estou fazendo.
Fico calada, sem saber como fazer ou o que dizer para ajudá-lo.
—Diga o que está acontecendo!—sugiro, tentando entender sua mudança de comportamento.
De repente o tempo parou bruscamente, fui lançada novamente contra a parede e pude perceber o olhar sádico de Subaru chegar ao extremo. Eu comecei a sentir medo!
—S-Subaru? O que está fazendo?—Subaru se aproximou ainda mais de mim, seu corpo frio impedia meus movimentos e, assim que ele me lambeu no pescoço, eu arrepiei inteiramente—Por que está fazendo isso?
As lágrimas se acomulavam nos meus olhos. Eu sentia meu corpo ceder à um medo antes inesistente.
—Seu sangue. É como se ele me chamasse.
Mal tive tempo de processar suas palavras, Subaru me mordeu com uma força inimaginável, como se quisesse me matar ali mesmo e naquele exato momento.
Todo meu corpo gritou, a dor era tanta que não demorou muito para eu implorar para ele parar... Mas ele não parava, apenas aumentava a força à cada palavra que saia da minha boca.
Minhas pernas cederam rapidamente, Subaru é a única coisa que me sustenta de pé nesse momento, se ele me soltar eu caio estatelada no chão.
Logo pensei que esse seria meu fim, não se passaram nem uma semana e eu já estaria morta... Como posso ser tão fraca? Como posso me permitir morrer assim?
Com o resto das minhas forças eu implorei, implorei para que meu poder me ajudasse, já que eu nunca o testei na vida... E assim ele fez.
Subaru de repente parou, eu identifiquei a culpa no seu olhar, exatamente aquilo que eu queria causar... Sim, meu poder é implantar sentimentos. Mesmo que eles não sejam reais, a pessoa a qual eu quiser usar meu poder irá sentir no seu interior.
Minha flor é a flor-de-lótus. A flor-de-lótus tem como significado a pureza do corpo e da mente, apego aos sentimentos e aos desejos carnais.
A última coisa que me lembro antes de desmaiar foi: Subaru pedindo perdão e implorando para que eu continuasse viva.
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Diabolik Lovers - Amor Crescente
FanfictionAs irmãs Yagami tem seu destino e segurança imposto a boa vontade dos vampiros. Os irmãos Sakamaki "acolhem" suas bolsas de sangue, sem saber quem as mesmas são e o motivo repentino dessa mudança. Tudo é possível em meio a tantos tumultos na vida de...