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Giulia p.o.v

Plaft!

- Ei! - Passei a mão na minha bochecha direita ardida depois daquele tapa, e que tapa!.

- V-você é idiota, garota? Eu não curto meninas - Disse convicta.

- Uhum, engraçado que você só foi perceber isso bem depois né?.

- Isso não podia ter acontecido, está se achando a fodona agora? Se você contar para alguém, até para a sua sombra, eu te mato! - Apontou na minha cara.

- Se importa tanto com a opinião dos outros? - Disparei.

- C-Claro que não.

- Então admite, fala pra mim, que você gostou.

- Não sou obrigada - Ela virou-se mais uma vez, indo em direção à saída, dessa vez eu não a impedi. Eu não faço a mínima ideia do que aconteceu comigo naquele momento, só surgiu a vontade e assim fiz sem pensar, com a minha melhor amiga que agora corro risco nada ser como antes, de "melhor" para apenas "amiga".

- Está tudo bem aí, Giulia? - Na sala apareceu a mulher.

- Sim, senhora, então está decidido, vou convencer meus pais e aí eu ligo e os coloco na chamada para confirmar - Disse minutos após.

- Ok... Cadê a Fernanda? - Percebeu a falta dela.

- Saiu, e já está chegando a minha vez, tchau - Dei um abraço longo e depois me despedi do pai da Nath.

(...)

- Oi filha, chegou tarde, por quê? - Fechei a porta e dei de cara com minha mãe.

- Passei na casa da Natália... Oh mãe? Será que podemos conversar? Cadê o papai? Também preciso conversar com ele presente - Sentei-me no sofá.

- Alguém me chamou?- Surgiu meu pai na escada.

- Nossa filha quer ter uma conversa com a gente - Minha mãe disse e por fim fechou sua revista preferida de moda e decorações.

- Ótimo - Falei quando meu pai se sentou junto com a minha mãe e depois dirigiriam a atenção à mim.

- Ok... É o seguinte - Contei o necessário, respirei fundo e fui direito ao assunto - Os pais da Nath vão viajar para tentar encontrá-la, e eu quero ir com eles para ajudar.

- Não! - Disseram ao mesmo tempo.

- Mas ela é minha melhor amiga, minha irmã! E eu tenho 18 anos!.

- É, porém ainda não tem juízo, não sabe como se virar, pode prejudicar mais ainda a situação - Aquela frase dita pela minha própria mãe me deixou muito irritada.

- Nada a ver! Eu quero ir! Por favor! Prometo que não irei decepciona-los - Me ajoelhei.

- Isso você fala toda vez quando quer algo, e continua a mesma pessoa, incompetente - Até meu pai?.

- E-Eu preciso ver minha amiga, por favor, queria ver se fosse com vocês, eu conheço ela a tempos, não vou suportar ficar aqui sabendo que ela pode estar sofrendo - Lágrimas escorriam pelos os meus olhos - Eu imploro, podem tirar minha mesada, tudo, mas eu preciso ver ela, tenho uma quantia de dinheiro bem legal para pelo menos sobreviver lá, os pais da Nath vão ficar me vigiando, *snif.

- Isso é urgente - Falei por último e me acabei no choro.

- Tudo bem, vou te dar mais um pouco de dinheiro caso "perca" do jeito que você é, né, nós deixamos você ir - Avisou meu pai, uma alegria subiu em mim de repente.

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