O início de um pesadelo

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O GRITO

Capítulo 1: O início de um pesadelo

- Você não pode ir - disse o Sr. Harkness, ele nunca esteve tão pálido, sua expressão era de alguém que não queria presenciar algo novamente.

- Isso tem que acabar! Não posso mais suportar nem mais um minuto disso... Você vem? 

Emma e Harkness foram em direção ao lugar onde a pedra espírita, guardada e mantida em segredo desde a Grécia Antiga ficava nos aposentos do espírito que a possui. O olho estava lhes esperando. As lendas diziam que a casa pertencia a um casal rico que compraram um quadro possuído pelo espírito das trevas, o qual levava consigo a frieza da morte. 

- Chegamos - Emma tentava parecer forte, mas a lembrança de sua irmã sendo torturada segundo por segundo a apavorava; era por isso que estava aqui. 

- Vamos conseguir, querida - Harkness tentava confortá-la, não suportava vê-la daquele modo. - Eu sei que vamos, você sempre consegue. 

Harkness abria a porta, tentando não fazer barulho. Perceberam de imediato as cruzes e o sangue das paredes iluminadas - talvez propositalmente - por velas. As paredes possuiam rostos de crianças tristes sangrando, enquanto seus pais riam perto de uma figura estranha na porta. 

- O livro talvez esteja no quarto, ou no porão. "O espírito vaga sobre o topo...", diz a lenda. 

- Está bem. Vamos. 

As escadas rangiam de forma irritante, eram muito velhas. Subiram e, assim que chegaram, viram a única porta branca da casa, onde estava escrito "SAIA AGORA!". Tentados, abriram a porta e viram outra novamente, com a cabeça de um garoto completamente branco, mas que ainda jorrava sangue; ao lado dela, estava escrito "EU AVISEI!". 

A porta se abriu rapidamente, onde um vento forte apagava as velas, abrindo caminho para uma fumaça que caminhava lentamente em direção à Emma e Harkness. A fumaça transformou-se em uma mulher que tinha seu rosto coberto por seus cabelos negros. 

- SAIAM DAQUI! - disse a mulher, dando um grito em seguida. Um vão prto a acompanhava. 

- Vem! - Harkness pegava a mão de Emma para correr - Rápido. 

Desceram frenéticamente as escadas, onde as tristes crianças dos quadros saiam da parede, vindo em direção à eles. As crianças choravam sangue, mas seus olhos eram completamente brancos e cheios de frieza. 

Emma prestava atenção nas crianças, e quando se virou, Harkness havia sumido. Ela estava sozinha agora, e espíritos mortos tentavam matá-la. Sem saber o que pensar, entrou na primeira porta preta que vira e trancou-se. 

Começou a ter alucinações. Uma voz dentro de sua mente a pertubava.

"Você gostava dela, Emma? Ah, pobre e querida Collins, tinha apenas seis anos... - A voz de sua mente lembrava a cena da morte de sua irmã - Ela era tão pequena, amava tanto a irmã; e só queria vê-la! A culpa é sua, não é mesmo? A culpa de não ver sua irmã".

- NÃO! POR FAVOR, NÃO! - A alma de Collins, pelo menos pelo o que dizia a voz, mostrava novamente a tortura durante a morte dela. 

Uma mancha preta rodiava-a, causando dores em seu corpo, até que foi completamente coberta. A sala se tornou escura novamente.

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