Young Gods | Os Filhos dos Deuses

Prefácio.

Monte Olimpo

Zeus não aguentava mais. Todo divino dia era a mesma coisa. Catrina brigando com Alexandria sobre algo, quase se pegando nos tapas até que alguém viesse separá-las. Desde que haviam aumentado a Sala dos Tronos, para que os novos Deuses coubessem – já que os Deuses Menores não quiseram tomar responsabilidade de assumir um lugar no Conselho vadiando por aí –, todos os Conselhos acabavam em algazarra. Sabia que sua filha Catrina era incontrolável e que Alexandria tinha uma língua afiada, sendo uma boa filha de Atena e imprevisível feito o pai, Poseidon.

"Que tal não encher o meu saco, Catrina?" sugeriu Alexandria após a loira replicar outra vez sobre seu relatório da semana. Como Alex queria que Catrina fosse mortal para pegar uma arma e atirar no meio da fuça da filha do Deus dos Céus. "Acabei de chegar e não preciso do seu ego invadindo meu espaço."

"Só estou dando minha opinião, fazer o quê se toda si explicação é complexa demais para nós reles mortais?" Os Deuses observaram em um piscar de olhos a Deusa do Combate sumir de seu trono e aparecer com uma adaga no pescoço da Deusa das Tempestades. "Não perca seu tempo, prima. Sabe que sou imortal."

Alexa olhou-a nos olhos e sorriu, provocando, depois, uma dor absurda no estômago de Catrina, que estava no chão com uma adaga no estômago e sua toda manchada de icor dourado. A morena, com seus olhos azuis acizentados, apenas segurou o queixo da loira, sussurrando no seu ouvido, enquanto Philipo e Caliope riam e os outros Deuses já saiam de seus tronos separar as duas:

"Eu posso não ser a Deusa da Tortura, mas acho que eu deixei bem claro que posso causar dor se eu quiser."

Poseidon segurou Alexandria pelo quadril e levantou-a, já colocando-a de volta em seu trono, enquanto Hera e Atena iam socorrer Catrina que tirava a adaga de bronze celestial do estômago e estralava os dedos para mudar para uma toga limpa. Zeus pediu ordem, observando os gêmeos, Luna e Solaris, com cara de tédio.

"Será que esse Conselho não encerra nunca?" resmungou Luna, que estava sentada entre Alexa e Solaris. Seu irmão, ajeitando os cabelos loiros bufou, rindo. Alexa simplesmente deu de ombros, séria. "Zeus fala o mesmo discurso de como ele é gostosão todo ano."

"Vai ver é para transar com Hera no fim do dia." supôs Solaris fazendo Alexis soltar um risinho, que chamou atenção do resto da sala. Poseidon e Atena, seus pais, discutiam, mesmo depois de milênios e do nascimento sem aviso de Alexandria. "Seus pais realmente precisam de sexo, quem sabe Phili ou Saph não ajudem esses dois. Por Afrodite!"

"Iria dizer alguma coisa, Solaris?" indagou Zeus emburrado, escutando o cochicho entre os três Deuses. O loiro ficou duro, enquanto observava Luna e Alex segurarem o riso. "Porque eu lembro de você ter quase destruído o jardim de Perséfone antes de ontem e tentar jogar a culpa em Mordred ou Dionísio."

"Nada a declarar." respondeu o Deus do Amanhecer abrindo um sorriso debochado e relaxou no trono, desafiando Zeus. "Mas se bem que essa porcaria de reunião podia acabar, né? Eu tenho coisas a fazer, assim como todos nós. Que tal falar logo que quer transar para Hera e nos poupar o discurso bam-bam-bam?"

Zeus paralisou, olhou discretamente para Hera, que estava feito um pimentão e para os outros Deuses, que seguravam o riso.

"Eu não quero transar, idiota." murmurou Zeus para Solaris, que riu, mas Philipo e Saphire riram com gosto.

"Ah, mas quer sim." contrariaram os dois. Philipo e Saphire, por mais que fossem de pais diferentes, nasceram no mesmo dia, pelo fato de Afrodite ter dormido com o Deus da Guerra e o Deus das Forjas ao mesmo tempo.