Desculpas

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Pov Emilly on'

Estava na cozinha comendo meus tomates e a campainha tocou 2 vezes, Mayla estava lá embaixo e iria atender em seguida ouvi passos subindo as escadas

- Mana é pra você - ela disse entrando, logo atrás dela veio o Marcos

- O que você tá fazendo aqui? - perguntei

- Vou deixar vocês conversarem sozinhos - ela disse descendo

- Precisamos conversar - ele disse

- Não precisamos

- Picinho facilita

- Eu sempre facilito demais

Ele veio até perto de mim e tirou o prato com sal e colocou na pia abrindo a torneira

- Chega!

- Marcoos!!

- Se tu quer se matar comendo sal não envolve minha filha nisso - ele disse e revirei os olhos

- Vamos conversar lá fora - disse apontando pra área da piscina

Saimos e sentamos nas cadeiras que tinha lá

- Primeiro eu queria pedir desculpas, eu sei que exagerei e acabei descontando em você os meus problemas

- Como sempre - falei

- Vai me deixar falar? - ele perguntou

- Fala Marcos

- Mas eu gostaria do fundo do meu coração que você me entendesse, que as coisas não são tão simples assim

- Eu entendo Marcos, em nenhum momento eu disse que não entendia

- Mas fica brigando comigo por tudo

- Eu só briguei com você porque tu ignorou a minha existência!

- Eu estava estressado, não queria descontar em você

- Mas descontou de todo jeito

- Eu não já pedi desculpas?

- Eu só quero que nós estejamos juntos de verdade Marcos!

- E nós não estamos??

- Tu precisa lembrar que eu sou a mulher que está do seu lado, que você pode dividir os seus problemas comigo e eu farei de tudo pra ajudar

- Acontece que os meus problemas atuais não fazem bem pra você

- Eu sei que tua família e seus amigos me odeiam Marcos! Eu já aceitei isso

- Eles não te odeiam

- Você jura??? Depois de tudo que fizeram

- Eles só queriam me proteger

- Existe formas de proteger que não seja atacar outra pessoa

- Tá Emy, mas eu não quero que isso continue quero viver em paz com as pessoas que eu amo

- E se isso nunca acontecer?

- Nada é impossível

- Espero que tu tenha razão - falei

Ficamos um tempo em silêncio e ele disse

- Agora vem cá, me dá um beijo

- Não quero

- Quer sim nenê

- Tô brava ainda

- Vem cá que eu te acalmo

Levantei e fui até a cadeira que ele estava e sentei no seu colo deitando a cabeça no seu ombro

- As vezes eu tenho vontade de te matar

- Eu sei, por isso quis vir resolver isso logo

- Tu precisa voltar quando?

- Quando você quiser me expulsar

- E seu trabalho???

- Eu pedi férias

- Meu bem isso não vai te atrapalhar?

- Me atrapalha mais ficar longe das minhas meninas

- Ebaaa vamos dormir juntos todos os dias

- Você vai ficar no hotel comigo?

- Não... Pra que hotel? Fica aqui

- Não Emilly

- Por que não??

- Por que eu não acho certo, é a casa da sua família

- Mas você é minha família também meu bem

- Mas eu não vou me sentir bem transando com você sabendo que teu pai está no quarto do lado - ele disse no meu ouvido

- Aaah bem capaz que tu liga pra isso

- Quem disse que eu não ligo?

- Tu, na casa disse que não ligava por transar sendo visto por várias pessoas

- Mas é diferente

- É frescura - disse dando um selinho nele que intensificou o beijo

- Até que não seria uma má Idéia transar nessa piscina

- Você quer? - disse puxando o lábio dele

- Huhum - ele disse

- Então vamos

- Agora?? Sua família tá lá embaixo e isso aqui é aberto

- Eles não vão subir agora

- Você tá com muito fogo que isso

- Você sabe que eu tenho meus vícios...

- Mas parece que tá mil vezes maior

- São os hormônios... Quando tu não tá eu tenho que me virar sozinha - disse no ouvido dele

- Picinho.  Não provoca

E se fosse verdade?Onde histórias criam vida. Descubra agora