f o u r

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sad.

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Caminhei com dois guardas por um longo corredor. A cada metro tudo parecia mais decaído, mal cuidado e abandonado. Mas, ainda sim, havia diversas portas e diversas salas com grandes janelas de vidro, todas elas até agora estavam vazias, com as luzes apagadas e fechadas.

— Fique aqui – um dos guardas disse e os dois entraram em uma sala.

Eu não poderia correr para lugar nenhum, e isso parece não ter saída. A uns dois metros na frente, havia uma sala com a luz ligada, andei alguns passos até o vidro e espiei para dentro, acho que foi a pior escolha de toda a minha vida.

Uma mulher estava amarrada, de cabeça para baixo, suas pernas e mãos estavam envoltas por cordas, e seus cabelos pendiam para baixo. Era uma espécie de circulo, e os médicos, cientistas e enfermeiros que estavam em volta dela, viravam aquilo como se ela não estivesse ali. Vários fios saiam de seu corpo, de tamanhos diferentes, os mais largos tiravam o sangue do corpo e os mais finos aplicavam líquidos de cores diferentes. Sua boca estava coberta e seus olhos fechados. Eu sei que ela estava viva porque ainda respirava e a maquina que marcava os batimentos afirmava isso.

Fiquei encarando aquela cena por mais alguns minutos, então a mulher abriu os olhos, foi o maior susto que eu ja levei em toda a minha vida. Ela olhou bem para onde eu estava se debateu tentando me avisar de alguma coisa, e morreu. Os médicos saíram da sala como se a morte dela não mudasse nada. Com toda a certeza do mundo eu entendi o que ela quis dizer, é melhor morrer do que ficar vivo e fazer algum tipo de 'bem' para eles.

Os guardas saíram da sala, acompanhados de médicos, inclusive o Dr. Donghae e algumas outras pessoas. Acompanhei todos, é o máximo que eu posso fazer, ainda sinto muita dor depois da surra que eu levei. Entramos em uma sala um pouco depois da qual a mulher estava e Dr. Donghae mandou os guardas saírem. Enquanto ele mexia em algumas coisas, eu pude notar tudo que estava na minha volta.

Era uma sala muito moderna e tecnológica, no meio havia uma mesa prateada, acredito que seja de metal. Uma das paredes tem um enorme vidro, que divide a sala com uma espécie de "sala comando", onde há vários computadores e monitores. Uma luz branca aponta para a mesa, que fica um pouco mais alta do que outras coisas, atrás da mesa há dois monitores com a tela desligada. Vários fios estavam encostando no chão, com pequenas agulhas na ponta, umas mais longas que as outras.

— Com medo? – Dr. Donghae perguntou.

— Um pouco – falei a verdade.

— Você deve se perguntar o que é aplicado em você, não é? – Ele disse.

— Sim – concordei.

— Se chama PDA1, uma substância que combate um vírus que também estamos criando – Dr. Donghae disse.

— Vocês criam um vírus e a cura dele? – Perguntei.

— Nós criamos a doença, espalhamos pelo mundo. E depois vendemos a grande custo a cura, isso deixa os cofres do governo cada vez mais ricos – Ele disse.

Tudo um esquema sujo e horrível, matar milhões de pessoas por dinheiro. As vidas não valem nada ultimamente, tudo gira em torno do dinheiro, as pessoas precisam cada mais dele, as vezes matando por isso. E cada dia mais eu tenho nojo desse lugar, horrível, desprezível, sujo.

— Mas não é preciso ter o vírus antes?–Perguntei tentando me livrar disso.

— Não sabemos, por isso tantos testes em pessoas como você. Testamos antes, depois e em pessoas com o vírus. Obvio que será aplicado em você, daqui a poucas semanas – Dr. Donghae pediu para que eu deitasse.

Neophobia | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora