CAPÍTULO III

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ISABEL NARRANDO

Já vai fazer um mês que estamos no Brasil, e minha adaptação aqui não está sendo nada fácil, ainda não me acostumei com o clima e com o fuso, e também não estou acostumada com muitas pessoas ao meu redor, já que a casa da minha avó é cheia todos os dias.

Isabella não parece mais aquele menina que chegou abalada e chorona aqui, agora ela sai praticamente todos os dias, e já até pegou um garoto, é eu sei, que rápida!

Aaaaa já ia me esquecendo! O meu irmão já melhorou, ele passou mal aquele dia, porque não tinha se alimentando direito, ele também acabou desmaiando e caindo em cima da Lauren, por isso ela ficou tão assustada.

   [...]

   - Bell, Bell, Bell! - Isabella gritava atrás da porta.

   - Pode entrar! - Respondi ainda enrolada na minha coberta.

   - Hoje você vai sair comigo! - Ela gritou, pulando em minha cama.

   - Não vou não, da onde tirou isso?

   - Você precisa sair Bell! - Ela sorriu. - E eu já comprei sua entrada, não vai querer que eu jogue fora, né?

   - Tá bom, eu vou! - Respondi sabendo que ela não iria desistir até eu dizer que sim.

   - Aeeeeeee! - Ela gritou se levantando. - Agora sai de cama e vá se arrumar, precisamos fazer umas comprinhas antes.

   - Assim você vai acabar com o dinheiro do papai! - Disse e ela revirou os olhos.

   - Anda logo, Isabel!

BERNARDO NARRANDO

Enfim sábado, o dia que finalmente posso descansar e esquecer de tudo, menos de uma ruivinha que conheci a duas semanas atrás.
Eu não sei o que está acontecendo comigo, vi a garota uma vez e já não consigo tira-lá dos meus pensamentos, o pior é que não posso tê-lá, pois além de ser filha da minha funcionária, é muito nova.

   - Cheguei! - Disse meu melhor amigo entrando na sala e me despertando dos pensamentos.

   - Já vai entrando assim? Nem bate na porta antes. - Falei a ele fingindo cara de indignado.

   - Eu sou de casa, não preciso pedir para entrar. - Ele respondeu, se jogando no sofá.

   - Então não reclame se caso me encontrar pelado. - Dei de ombros.

   - Infelizmente já te vi pelado antes, e ainda não entendi o porquê das mulheres quase se matarem por você. - Ele balançou a cabeça em negativa.

   - Cala a boca, Arthur!

   - Tudo bem! - Levantou a mãos como quem estivesse se rendendo. - Agora vá pegar uma bebida para nós.

   - Só vou porque também quero beber algo. - Caminhei até a geladeira peguei duas cervejas, e voltei para sala. - Aqui está! - Entreguei a garrafa a ele, que a abriu com os dentes. 

   - O que vamos fazer hoje? - Perguntou depois de beber um gole da bebida.

   - Não sei você, mas eu vou ficar em casa e pedir uma pizza. - Arthur deu risada. - Por que está rindo?

   - O que essa tal ruiva tem para deixar em um ponto que você até queira ficar em casa? Isso sendo que ainda nem beijou ela, imagina como vai ser então quando come-l...

   - Aaa seu filho da puta! - Minha vista ficou escura e quando percebi já estava em cima de Arthur.

   - EPA! - Ele falou dando um soco no meu peito para me afastar dele. - Normalmente, eu sou o mais agressivo de nós dois. Essa ruivinha mal sabe mas já está te mudando.

O CHEFE DA MINHA MÃEOnde histórias criam vida. Descubra agora