trinta e três

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Jamie
Aborto espontâneo provavelmente causado por uma crise de ansiedade.
Nunca pensei que doeria tanto ouvir essas palavras, ela estava grávida, meu Deus. A mulher da minha vida a pessoa que eu mais amo nesse mundo estava esperando um filho meu, e pensar que provavelmente por minha culpa ela corria risco de perder o filho.
- A culpa não é sua. - Amélia fala me abraçando.
- Claro que é Mille, se não fosse por mim ela não ficaria nervosa.
- Você nem sabe se esse é o motivo de verdade Jamie, fica calmo... Não é melhor você ligar para os pais Dela?
- Claro, como não lembrei? - Me pergunto se sentindo um idiota, pego meu celular e ligo pra sua mãe que fica assustada e fala que está vindo pro hospital.
Estava sentado na sala de espera enquanto Mille me abraçava me consolando, quando Luisa e James chegam com os pais da Dakota.
- O que essa mulher tá fazendo aqui? - Luísa pergunta.
- Ela que me ajudo Luísa, ela que dirigiu até aqui então não começa. - Falo irritado.
- Ela tem razão Jamie, já fiz o que tinha que ser feito acho melhor eu ir embora...
- Não precisa Mille.
- Precisa sim Mille. - Luísa fala tentando imitar a minha voz, e James cutuca ela bravo.
- Eu tô indo. - Ela fala me dando um beijo na bochecha.
- Obrigada. - A mãe de Dak fala, e ela sorri.
- Ela não é a puta que vocês acham que é.
- A mulher que você ama está na uti por causa de um aborto do seu filho que foi causado por sua infantilidade e você está ai defendendo essa mulher? -  Ela fala e eu concordo começando a me desesperar.
- Fica calmo. - O pai da Dak fala me dando um tampinha nas costas.
- Familiares da Dakota. - Um médico aparece, levantamos rapidamente.
- Como ela está? - A mãe Dela pergunta.
- Ela estava tendo um aborto espontâneo porém ela chegou a tempo de controlarmos, demos um remédio pra ela pra ansiedade e pra conter o sangue, porém ela não estava se alimentando bem, estava em uma rotina de estresse, e perdeu muito sangue e ela precisa repor esse sangue, porém o sangue Dela é o- é um dos sangues mais difíceis de achar bolsa, já que só pode receber sangue de outra pessoa com o sangue o-, então vim aqui perguntar se algum de vocês é o-, para doar.
- Eu sou. - Falo sem pensar duas vezes, a mãe Dela sorri pra mim.
- Você tem que assinar um termo já que ela precisa de muito sangue e você terá que doar bastante e provavelmente ficará debilitado por um tempo.
- Mas não tem perigo pra ele né? - A mãe Dela pergunta.
- Não importa. - Falo rapidamente.
- Não tem perigo algum, ele só ficará um pouco fraco. - O médico responde e eu concordo indo com ele assinar o termo, meu filho estava vivo eu não acredito não poderia estar mais feliz.
Assino o termo e vou pra sala, não sei exatamente quanto tempo fiquei lá pra retirar o sangue, mas foi bastante... me deixaram de observaram numa sala, eu estava me sentindo bem só estava um pouco tonto e minha cabeça doia, o médico disse que poderia ser o nervoso que eu passei também, e que nervoso.
- Jamie, está melhor? - James me acorda, levanto assustado.
- Estou, cadê a Dak?
- Ela já está bem melhor, ja passaram o sangue pra ela.
- Que bom, vocês já viram ela?
- Sim, ela quer te ver.
- Sério?
- Seríssimo.
- Vamos lá então. - Sigo ele pro quarto, fico feliz pelo fato dela não estar mais na uti.
- Entra... - James fala, e eu respiro fundo abrindo a porta do quarto encarando a mulher mais linda desse mundo deitada, não gostava de ver ela assim... Ainda mais ela que é sempre tão marrenta e segura de si, e ela está tão debilitada precisando de alguém para cuida-la.
- Oi. - Ela sorri fraco.
- Oi, você está bem?
- Estou... acho que você já sabe.
- Do nosso filho? Sei. - Sorrio e ela sorri de volta.
- E você gostou?
- Tudo que eu sempre sonhei Dakota, já te falei.
- Acho que só acontecendo alguma coisa dessas pra nós se acertarmos né?
- Somos dois cabeças duras, somos humanos e erramos.
- Você ficou a Amélia?
- Que? Claro que não.
- Mas pensou?
- Eu acho ela bonita, mas você é maravilhosa e é você que eu amo.
- Vem me dar um beijo. - Ela fala e eu sorrindo indo até ela lhe dando um beijo calmo, fazia carinho em seu rosto enquanto ela me abraçava pelo pescoço, tinha medo de aprofundar o beijo e acabar machucando ela então ficamos no beijo calmo mesmo.
- Eu te amo.
- Eu também te amo Jamie. - Ela fala e eu passo a mão em sua barriga.
- Quanto tempo?
- 2 meses.
- Que felicidade. - Falo lhe dando um selinho.
- E o nosso casamento amanhã? - Ela fala lembrando do que falei no carro.
- Já passou da meia noite no caso seria hoje. - Falo e ela ri.
- E então?
- Quando você sair daqui vai ter um pedido digno de casamento, mas aqui não né? - Falo e ela ri me abraçando novamente.

Quase matei vocês de ansiedade né? Mas como vocês atingiram as metas kkkkk aqui está mais um capítulo ♥️
30 comentários e 50 estrelinhas eu continuo ♥️

Mercy Onde histórias criam vida. Descubra agora