Prólogo

120 23 13
                                    


Whitley Bay ,, 2018


É impressionante como as coisas acabam. Depois de tudo o que passámos para chegar aqui, todos os obstáculos superados, objetivos cumpridos, mudanças de feitios, depois de todos os sítios que vimos juntos... Depois de tudo o que fizemos juntos para permanecermos juntos, isto acaba assim, desta maneira, neste mesmo local.

Saí do York House Hotel, tinha de sair. Não conseguia estar nem mais um segundo naquele quarto de hotel a partilhar o mesmo ambiente que ele, nem sequer perto de onde quer que ele estivesse. Continuei a caminhar pela Park Avenue até chegar a Promenade e virar à esquerda continuando a seguir pela mesma, observando o mar que se estendia à minha direita. Ainda pensei seguir até ao farol e apreciar a vista do mar de um ponto mais alto, calmamente e tranquilamente, em St. Mary's Island Causeway, mas não me senti disposta a fazer cerca de uma hora de caminho, só para observar o mar a uns metros de altura a mais. Sendo assim, decidi cortar para a praia e por lá fiquei até o sol se pôr, envolta em pensamentos e areia, de tal maneira entretida nas profundezas da minha mente, que só me apercebi que já era de noite quando comecei a sentir os braços e as costas frios, mesmo cobertos por um casaco.

Levanto-me, sacudo a minha roupa coberta de areia e dirijo-me novamente para os passeios da rua Promenade depois de chamar um táxi pelo telemóvel que, devido ao pouco tráfego automóvel, chega em meros minutos.

- Seguimos para onde, minha senhora? - Questiona o homem por de trás do volante, não muito longe dos 50 anos.

Não tenho nada além da minha mala com o telemóvel, dinheiro, carteira e pouco mais. Não voltei ao quarto para ir buscar a minha mala de viagem, de modo a evitar qualquer contacto com ele. Não sei sequer para onde é que hei de ir depois de chegarmos ao nosso destino. Apenas sei que não posso, não quero, nem consigo estar na mesma localidade que ele.

- Para o aeroporto mais próximo, por favor.

- Com certeza. Seguimos para o aeroporto internacional de Newcastle Upon Tyne, 30 minutos. - Oiço distraidamente o taxista, enquanto direciono o olhar para a janela e vejo um rapaz na areia, jovem, perto da minha idade, à procura de algo ou alguém.

Os seus olhos brilham e refletem uma espécie de medo quando encontram os meus por detrás do vidro do táxi. Observo-o correr até à viatura, que não se localiza muito distante deste, e faz-se ouvir o som das suas mãos a tocarem o vidro, com uma ligeira força.

Tenta abrir a porta, mas apercebe-se de que está trancada e redireciona as mãos para o vidro, olhando para mim quase em pânico.

- Chloe, por favor... - Profere o rapaz, conseguindo fazer-se ouvir na perfeição devido à ligeira abertura da janela a que se encontra colado - Deixa-me explicar tudo como deve de ser! Por favor, não vás. Não me deixes Chloe...

- Desculpa Harry. - Digo, fazendo os nossos olhos verdes encontrarem-se assim como as palmas das nossas mãos esquerdas, infelizmente, separadas por um vidro. É tão difícil partir assim mas sei que é o melhor. Olho para o condutor, que se encontrava a olhar para mim desde que Harry se aproximou da viatura, e indiquei que podia seguir, redirecionando o meu olhar para o jovem de 24 anos. - Adeus...


-

Já há muito tempo que pensava em escrever uma fanfic e, finalmente, aqui está ela. Espero realmente que gostem deste prólogo porque, garanto-vos, o desenrolar da história vai, na minha opinião, valer a pena.

Espero por opiniões, obrigada e beijinhos de uma directioner!


x, rain of lost words

Sweet Creature ,, hsOnde histórias criam vida. Descubra agora