Entre Elas - Emison vs Hannily

O Despertar

Dois Mês Depois

Alison foi desentubada, ela já estava respirando sozinha. Isso foi um alívio para mim, mas ela ainda corria riscos, assim como o nosso filho. Não sei o que pode acontecer com eles na hora do parto.

(...)

- Sra, Fields ? - O médico me chama - Alison acordou.

- Sério ? - Fico sorridente e ansiosa - Posso ir ver-la ?

- Sim, mas antes tenho uma notícia ruim para lhe dizer.

- Que notícia ? - Pergunto séria.

- Alison acordou, mas... a sua mente não.

- O que quer dizer com isso ?

- Alison teve uma Amnésia psicogênica devido a fratura no crânio.

- Mas isso é temporário, ne ?

- Sim, claro. Mas em alguns casos a memória pode demorar algumas semanas ou em até dois meses para voltar ao normal, por isso peço que seja compreensiva e paciente com ela.

- Claro. Serei paciente.

- Posso ir ver-la também ?
- Aria pergunta.

- É recomendo apenas um pessoa por vez. - Diz o médico.

- Assim que eu sair você entra. - Falo e ela assenti.

(...)

 Entro no quarto da Alison e ela está tomando um suco.

- Oii! - Falo sorrindo e me aproximando.

- Olá.

- Que bom que você acordou, Ali. - Pego em suas mãos e ela logo as tira - Ah, me desculpe. Eu esqueci que você está sem memória.

- Quem é você ?

- Sou Emily. Emily Fields, sua... - Fico pensando no que quase disse; "Noiva" - Sua amiga.

- Ah, que bom. Pelo menos tenho alguém e não estou sozinha.

- Não, você não está sozinha. Nunca estará. - Passo a mão em seus cabelos e ela sorrir
- Que saudade desse seu sorriso.

- Gosta do meu sorriso ?

- Eu amo o seu sorriso.

- Hum... - Ela estranha o meu comportamento - Quando vou poder sair daqui ?

- Eu não sei, mas pelo jeito em breve ou quem sabe hoje. - Sorrio.

- Isso seria ótimo. Mas... o que houve ? Por que vim parar aqui ?

- Você sofreu um acidente de carro e esteve há dois meses coma. - Pego em sua mão e ela deixa - Mas graças a Deus você e o nosso filho sobreviveu.

- Nosso filho ?

- É... você está grávida de cinco meses e meio.

- É, eu percebi isso. - Ela olha para barriga já grandinha
- Mas o que eu não entendi é como ele também é seu filho.  

- Bom...

- Srta Alison ? - O médico entra no quarto - Como se sente ?

- Me sinto bem melhor. - Diz Alison.

- Ótimo. Já pode ir para casa, mas terá que tomar esses medicamentos. - Ele entrega uma lista - Eu vou ser sincero. Os remédios são fortes para ajudar a curar suas fraturas e infecções, então... pode correr o risco de acontecer um aborto espontâneo. 

Bufo lamentando tudo que tem acontecido. Não era para nada disso estar acontecendo, não era para Ali estar nesse hospital com amnésia, não era para o nosso filho correr risco. 

Mesmo sem saber o que aconteceu e quem sou eu, Alison aperta a minha mão e sorrir me passando todo apoio.

(...)

- Me ajuda a me vestir ?
- Alison pergunta.

- Claro.

Ajudo Alison a se sentar na cama e vou pegar as suas roupas que deixei separadas no armário ao lado. Ajudo ela tirar a camisola hospitalar e a vejo nua. Seu corpo está todo cheio de hematomas e ferimentos, mas finjo não me incomodar e logo visto a sua roupa.

- Vamos pro seu apartamento ? - Pergunto.

- Eu tenho um apartamento ?

- Tem. Um apartamento todo seu. - Ela sorrir - Mas antes, vou te apresentar há uma amiga. Ela está ali fora querendo saber como você está.

- Ah, tudo bem. - Ela sorrir.

(...)

Alison conversa com a Aria por uns minutos, depois eu a levo para o seu apartamento, que era meu também; e ela vai tomar um banho para relaxar.

- Vai ficar aqui ? - Hanna pergunta sentada no sofá.

- Ela precisa de mim.

- Emily, Aria e a Spencer também são amigas dela. Elas podem ficar aqui e ajudar.

- Só que não foi a Aria ou a Spencer que brigou com ela, e que foi o motivo dela ter sofrido o acidente. - Meus olhos começam a lacrimejar
- Não foi elas que fez a CeCe morrer. - Abaixo minha cabeça entre as pernas e ponho minhas mãos.

- Para de se culpar, Emily!! CeCe era uma louca.

- Eu preciso... - Olho pra ela
- Eu preciso ficar, Hanna.

Ela me olha chateada por alguns segundos e depois sorrir.

- Ta, tudo bem. - Ela passa a mão em meu rosto e enxuga as minhas lágrimas - Eu confio em você.

- Obrigada. - Lhe abraço forte.

- Só me promete uma coisa.
- Ela se afasta e me olha.

- O que ?

- Se aconteçer alguma coisa, qualquer coisa, me conte. Ok?

- Eu prometo. - Ela sorrir e me dá um beijo.

- Eu te amo. - Ela cola as nossas testa.

- Eu também amo você. - Lhe dou um selinho.

- Até logo. - Ela se levanta e eu lhe acompanho até a porta - Ah, só me tira uma dúvida.

- Qual ?

- Por que você contínua dizendo pra sua mãe que a Alison te traiu, sendo que você já sabe o que aconteceu?

- Porque se eu disser que ela foi estrupada, minha mãe vai me forçar a ir com a polícia atrás do Noel para prende-lo ou ela mesma vai atrás dele, já que ela gosta da Alison. Só que você sabe que não vão encontro-lo, a não ser o carro com as digitais minha e da Alex.

- Vocês deviam ter destruído o carro. Tipo, destruído ele todo mesmo, sem deixar provas. Isso só complica a sua situação.

- É, eu sei. Mas agora é tarde. Foi tudo tão rápido e eu não quero envolver mais a Alex nisso. Era uma rixa só minha e do Noel. E eu não quero envolver a minha mãe nisso também. Ela...ela está com câncer.

- Câncer ? Por que não me disse isso antes ?

- Eu so descobrir no dia do velório da CeCe. Ela já está há um bom tempo e achou melhor ter escondido.

- Ah, Emily. - Ela me abraça
- Eu sinto muito.

- Tudo bem. - Nos afastamos. - Eu vou fazer alguma coisa para Alison comer.

- Ok. Vejo você depois e qualquer coisa me liga
- Assenti, ela me beija e sai.

Fecho a porta e suspiro olhando em volta o meu antigo apartamento.
Nunca pensei que estaria de volta e com a Alison depois de tudo que aconteceu aqui...