Química

5. Alguns problemas ou não.

Acordo com o barulho do meu despertador e olho a hora no meu celular. 6:20AM.
Olho pro lado com a esperança de ver o Thiago na cama dele. Sem sucesso.

Claro Luna, tu queria que ele quebrasse a porta pra entrar? - Meu subconsciente zomba da minha cara, me fazendo lembrar que ele não tem as chaves.

Me levanto da cama, deixo a porta do quarto aberto e vou para o banheiro, entro no banheiro e resmungo quando a água gelada toca a minha pele. Me fazendo lembrar de ontem a noite. Balanço a cabeça negativamente como se aquilo pudesse afastar esse pensamento inútil.
Me enrolo na tolha, logo em seguida, vestindo minha calça jeans, e a blusa da Faculdade.
Suspiro, enquanto faço um coque frouxo no meu cabelo, no mesmo momento que o Thiago entra no quarto, o cheiro de cerveja se manifesta no quarto e eu revirei os olhos.
Pego uma maça, no mesmo momento que ele fala:

- Espera por mim, vou só tomar banho - ele fala simplesmente, logo em seguida entrando banheiro. E bom, eu espero ele, estou precisando de uma carona mesmo.

Sento na minha cama e pego minha mochila, depois de um tempo ele sai com uma calça jeans frouxa e a blusa da farda. E por incrível que pareça seu cabelo não está bagunçado e sim em um topete. O cheiro de lavanda entra no meu nariz e eu respiro fundo pra senti-lo.
Ele se senta do meu lado da cama e calça seu tênis branco da adidas, me fazendo lembrar de calçar meu all star.
Eu estou dando um nó do meu cardaço quando ele chega perto de mim.

Perto demais.

- Porra - ele fala me fazendo tirar minha atenção do all star e olhar pra ele. E em um só movimento grudou seus lábios nos meus, afunda sua mão no meu coque frouxo, desfazendo ele em segundos.

Seu hálito era de menta, talvez por conta da pasta. Ele entra com sua lingua na minha boca. Suga meu lábio inferior mordendo em seguida.

Meu Deus do céu.

- Se você soubesse o quanto fica sexy pela manhã... - fala com sua testa grudada na minha.

Ele se levanta rapidamente do meu lado e percebo que eu tinha desmanchado seu topete. Meu Deus, o que foi que eu fiz?

- Vamos - ele fala e eu sigo ele até seu carro, ele senta no banco de motorista e eu sento do seu lado. Ele se dobra sobre mim, e coloca meu cinto.

Idiota. Isso que eu sou, ele me tratou como uma merda ontem, e o que eu faço no dia seguinte? Beijo ele. Eu só posso ser doente. Desde quando eu me rendo assim para um cara qualquer? Só faz três dias que eu conheço ele!

T R Ê S.

O caminho foi em completo silêncio, e eu fico pensando no que tinha acontecido. E só percebo que a gente tinha chegado na faculdade, quando o carro parou e eu vi a grande placa:

Bem vindo a UBA a faculdade que realiza seus sonhos.