17.

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9:30, 28 de Maio, Domingo, Maia, Porto, Portugal.

- a sério putos, vocês estão a fazer o quê aqui? - pergunto novamente encarando as suas caras. - se vocês não responderem eu juro que vos ponho na rua. - provoco e Zé olha para Afonso confuso.

- tens que vir connosco para Lisboa! - Zé sorri coçando a nuca.

- eu tenho o quê? - pergunto tão assustada que a minha voz sai esganiçada.

- anda lá! - Afonso faz olhinhos e Zé sorri de lado.

- quero uma explicação. - cruzo os braços e insisto com eles.

- devias conhecer melhor a cidade. - Zé sorri e Afonso arregala-lhe os olhos.

- entrem. - ordeno abrindo a porta para lhe ceder passagem.

Os dois morenos entram e pararam de imediato enquanto eu fechava a porta e lhes dava autorização para avançarem.

Caminho até à cozinha e pego no meu pequeno almoço que ainda não tivera terminado.

- eu quero uma explicação construtiva. - dou um gole no meu leite e sento-me no sofá de pele branca.

- já te explicamos. - Afonso encolhe os ombros e Zé sorri.

- tudo bem, eu vou fazer de conta de acredito em vocês e vou alinhar nessa aventura. - sorrio e pouso de leve o copo de vidro na mesa.

Os dois primos trocam olhares e um sorriso forma-se nos lábios de ambos. Diria que eles estavam orgulhos pelo que tinham acabado de fazer.

- vou fazer um telefonema. - Afonso sorri tirando o seu iPhone do bolso de trás das calças de ganga.

Indico-lhe onde se situa a cozinha e o moreno caminha até lá com o aparelho ao ouvido.

- puto, vou tomar banho. - informo e Zé sorri confortávelmente.

Subo a longa escadaria de madeira e entro no meu quarto deixando cair no chão o meu robe de seda.
Caminho até à casa de banho ligando a água quente.

- FODASSE! MARLEY! - ouço Afonso gritar e ouço as pequenas patas de Marley raspar na madeira do quarto.

Pego na panqueca que se encontrava na boca de Marley cheia de baba e caminho até ao cimo das escadas.

- estavas à procura disto Afonso? - pergunto mostrando-lhe a panqueca já comida por Marley, não resisto e solto uma alta gargalhada. - já tem compota e tudo!

- o teu cão é um antipático. - Afonso bufa e desaparece do meu campo de visão.

Entrego a panqueca a Marley e depósito-lhe uma pequena festa.
Entro novamente no quarto e corro até à casa de banho para fechar a água quente que tivera esquecido de fechar.
Atiro com a minha roupa íntima para o chão e mergulho o meu corpo debaixo da água quente.

Enrolo-me na toalha e calço uns chinelos, caminho até ao roupeiro e escolho uma roupa normal.
Pego num saco e coloco algumas roupas. Não ia visitar a cidade apenas num só dia.

Vitória || André Silva ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora