Capítulo 5

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Pânico. Foi tudo o que a garota conseguiu sentir naquele momento. Apesar de achar que Park não a machucaria, ela não o conhecia realmente, e não havia como ter a certeza de que ele não faria isso.

- Me deixa sair - O homem não respondeu, nem sequer a encarou. Foi quando o desespero tomou conta da garota, a fazendo surtar - Me deixa sair daqui! - Park parou o carro bruscamente ao ver o descontrole da mesma, que se debatia e tentava abrir as portas, falhando no mesmo.

- Cala a boca, porra - Toda a confusão interna que acontecia ali se cessou, e a garota o encarou assustada ao ver o homem gritando e descontando - o que pensava ser raiva - no volante - Eu disse que era pra você sumir, tudo isso é sua culpa.

Park não percebeu que também estava descontrolado até notar que a garota estava chorando, pedindo repetidamente para ele parar. O mesmo passou a ter medo, medo de que a raiva tomasse conta de si, e que ele acabasse atingindo a garota de alguma forma, ou melhor, já havia atingido. Ela também estava com medo, mas medo dele.

- Você não pode simplesmente voltar para casa desse jeito - Ele largou o próprio peso no banco e passou a encarar a estrada que estava afrente deles - Vou te levar para um lugar seguro, tudo bem? Pelo menos até você estar em condições de voltar.

Sun sentiu o peso do olhar do homem sobre ela, mas não teve a coragem de encará-lo de volta, apenas assentiu quase que imperceptivelmente, não dizendo uma só palavra. O que havia acontecido ali afinal? Ela teve medo dele, mas nada como antes, nas vezes anteriores ele a estava protegendo e agora, ela temeu sofrer algo por conta do mesmo.

Nenhuma palavra foi dita por eles, e aquele silencio estre os dois já estava ficando sufocante. Depois do que Sun achava ser mais de uma hora dentro daquele carro, eles adentraram uma floresta tão escura que a garota não saberia dizer se era porque ainda estava noite, ou porque aquele lugar era mesmo assustador. Alguns minutos depois, por uma estrada que teria passado despercebida por ela, eles chegaram a uma casa em meio às árvores, a mesma era de madeira, talvez para passar despercebida também, Sun pensou. Logo que desceu do carro e adentrou a casa, pode perceber o resquício de fineza que havia ali, apesar de ter poucos móveis, os que tinham eram muito bem cuidados, bonitos e quase todos de cores escuras. Uma pequena tv e um sofá marrom escuro estavam no cômodo perto da porta, mais no canto havia uma lareira, e do outro lado desse mesmo cômodo estava a cozinha, com um balcão de mármore preto onde também havia uma pia, uma geladeira, e uma mesa com quatro cadeiras. De onde estava de pé, Sun conseguia ver um corredor com três portas, mas não ousou entrar em nenhuma delas.

- Você vai ficar aqui por enquanto - Park adentrou a casa e parou ao lado de Sun, observando a mesma com os braços cruzados.

- Eu não quero ficar aqui, eu quero ir pra minha casa - A garota o encarava com raiva. O que ele estava pensando? Que só porque a salvou de alguns valentões poderia sequestrar ela e a levar para bem onde entendesse? E sua mãe? Foi nesse momento que ela se lembrou da mãe, que poderia estar preocupada, sabe-se lá o que estaria pensando que fizeram com sua filha.

- Me desculpe, mas você não vai poder - Ele nem sequer ousou em encará-la, já sabia que seria uma guerra dali pra frente.

- Me desculpe? É isso o que tem pra me dizer? - Sun entrou na frente do homem, aumentando seu tom de voz a cada palavra que cuspia para fora - Eu nem sequer te conheço! Não ache que só porque me salvou daqueles imbecis, pode me levar pra onde quiser e por quanto tempo quiser.

Park estava se irritando novamente, e tentava se controlar para não ter outro surto e por impulso acabar machucando a garota. Mas a situação estava ficando insuportável a cada tom de voz que a menina aumentava. Ora, o que ela achava? Ele quebrou regras para tirá-la de perto de Suga, brigou com seu próprio amigo para ajudá-la, e era isso que recebia em troca? Gritos e mais gritos?

- Exatamente isso - O homem ultrapassou o tom de voz da menina, o que fez com que a mesma se encolhesse e parasse de gritar - Eu te salvei dos meus próprios amigos, você deveria estar agradecida - A cada palavra que dizia, Park andava um passo em direção a garota, a fazendo recuar para trás, até a mesma encostar as costas na parede e ficar sem saída. O homem segurou o rosto de Sun com uma mão, aplicando um pouco de força ali - como Suga havia feito, ela pensou - e passando a olhar no fundo dos seus olhos - Mas já que não consegue dizer um simples "muito obrigado", dá pra pelo menos calar a porra da boca? - Ele soltou o rosto da garota, e passou a mão pelo cabelo se distanciando um pouco, mas logo em seguida se aproximou novamente. Ao notar o que homem estava prestes a fazer, Sun fechou os olhos com força e prendeu a respiração, ouvindo o barulho do mesmo acertando a parede ao lado de sua cabeça.

Quando abriu os olhos, o homem ainda estava com o braço grudado à parede. Sun encarou aqueles olhos tão profundos que naquele momento pareciam perdidos, até encontrarem os da garota, o brilho daquele olhar foi então substituído por algo diferente... Raiva, luxúria, excitação? Ela não sabia dizer, mas havia algo naquele homem que acordava os lados mais escuros dela, e que fazia seu estômago revirar.

Algo que dali pra frente, viraria seu mundo de cabeça para baixo.


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Não sei vcs, mas eu ameeeeeei esse capítulo, sério HAHAHAHA foi o capítulo que mais gostei de escrever até agr, tava doida pra postar!!

Espero que vcs também tenham gostado...

Vic

xx

fall in the darkness 》pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora