《Capítulo 2》

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Seo Yeon's P.O.V's

Acordei com uma dor de cabeça terrível, parecia que alguém havia batido em minha cabeça com um pedaço de madeira. Desejei que o que vi mais cedo tivesse sido um sonho. Olho para o ambiente e reconheço estar na enfermaria, sento na cama e coloco meus tênis vermelho.

— Finalmente a moça acordou.

Pulo da cama pelo susto e coloco a mão no peito, olho para trás e vejo um homem com um jaléco branco anotando algo em uma folha.

— Quanto tempo fiquei aqui? — Pergunto e olho para a cama em que eu estava deitada há alguns minutos atrás.
— Uma hora — o médico responde e coloca o papel dentro de uma pasta.
— Meu Deus! As aulas! — Digo e pego minha bolsa apressada.

Quando estou prestes a sair do quarto, sinto a mão do médico segurar meu pulso.

— Nem pensar — ele faz que não com o dedo indicador. — Você vai pra casa descansar, seu atestado já foi enviado pra diretoria. A propósito, sou Jin.

Ele faz uma breve reverência com um sorriso no rosto. Não vamos negar que esse médico é muito mais bonito que o outro.

— Obrigada. Meu nome é Seo Yeon.
— É, eu vi no seu prontuário e novamente no seu histórico médico — ele diz.
— M-meu histórico médico? — Pergunto nervosa.
—Sim. Mas você se sente melhor? Digo... Em relação àquilo... — ele indica a pasta preta em cima da mesa com a cabeça.
— Por acaso você é psicólogo? — Pergunto para fazê-lo mudar o rumo da conversa.
— Sou, estou aqui porque o médico Kwang pediu para que eu tomasse conta de você enquanto estava desacordada.

A porta se abre revelando o rosto preocupado de Hoseok.

— Ah, você acordou. Vamos, eu te levo pra casa.
— Se você quiser conversar comigo... — Jin retira do bolso do jaléco um cartão de visita, o pego e coloco no bolso de minha calça.
— Obrigada — faço uma reverência curta e vou até Hoseok, logo passando pela porta.
— Não precisa me levar. Eu vou sozinha.
— Por que? Está tentando me evitar, é isso? Não gostou da surpresa? — Ele pergunta e segue meus passo até o lado de fora do prédio. Paro e me viro para ele.
— Jung Hoseok! Você morreu.

Ele para no meio do caminho e me olha assustado.

— Seo Yeon, estou vivo!
— Me disseram que estava morto.  Como pode aparecer aqui do nada? — Digo alto, mas não há ninguém por perto além dele para ouvir.
— Achei que soubesse que eu havia ficado bem... — ele diz baixo. — Mesmo assim, é tão ruim assim me ver?

Não respondo a pergunta e entro no meu carro esperando que ele entre, assim que o faz entrego as chaves e ele dá a partida.

— Hoseok, diz que está nesta faculdade por coincidência.
— Você sempre disse que queria entrar nesta faculdade, eu vim pois queria te ver.

Encosto a cabeça no vidro da janela e fecho os olhos.

— As memórias daquele dia foram arrancadas do seu cérebro? — Pergunto, ele só pode estar tirando onda com a minha cara.
— Aquelas memórias me atormentaram durante três anos e meio. A única coisa que passava em minha cabeça era aquela cena — ele aperta o volante, olho para ele. — Quanto mais eu dizia para eu mesmo pra esquecer, mais nítido ficava aquela memória, parecia uma punição pelo o que fiz. Eu desejei ter perdido minha memória, mas...
— E por que teve vontade de me ver?
— Assim que tive liberdade não podia pensar em recomeçar sem antes saber como você está. Eu não tive notícias suas durante três anos e meio, tive medo que tivesse saído da Coréia.
— Agora que sabe como estou... — começo a falar, mas Hoseok interrompe.
— Eu não vou embora.

ACT II 》BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora