Capítulo 1 - Prólogo

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POV Margaret




A ficha ainda não caiu para mim.

Eu estava em uma delegacia, pois minutos atras, minha casa tinha pegado fogo, recebi a notícia de que minha casa havia pegado fogo e que meus pais agora estão mortos.

MORTOS.

A cada vez que eu chorava mais, meu peito ardia. Eu sentia um vazio enorme dentro de mim.  Algo que nunca mais vai ser preenchido .

Estava sentada na sala de espera, chorando, enquanto todos ao meu redor tentava me acalmar e conseguir entrar em contato com alguma pessoa que possa se  responsabilizar por mim.

Infelizmente, eu não tenho parentes próximos, eu não tenho ninguém.

Flashes da casa pegando fogo ainda estão fresco na minha memória, eu estava na garagem,  empilhando algumas caixas para doações que a vizinhança estava  organizando, minha mãe na cozinha e meu pai assistindo um jogo de basquete do seu time favorito, quando eu ouvi os seus gritos de desespero pedindo por ajuda.

Por minha sorte, a garagem ficava um pouco distante da casa, mas por azar dos meu pais, eu não tive como entrar para ajudá-los.

Os vizinhos logo começaram a chegar na minha casa por conta dos meus gritos por socorro e as chamas.

Eu gritava, e esperneava. Minutos depois o corpo de bombeiros chegou, mas já era tarde demais.

Segundo os policias, o que causou isso tudo foi um vazamento de gás, por pouco não houve uma explosão.

Os bombeiros ligaram para a polícia por eu ser menor de idade e me deixou na mãos deles,  agora eu não tinha escolha, eles teriam que entrar em contato com alguém da minha família.

— Não conseguimos entrar em contato com ninguém. — avisou o policial Tyler, que estava sendo bem prestativo comigo. — Você vai para um hotel que o governo ofereceu, a policial Suzana vai estar lá com você.

— Eu posso ficar sozinha, tenho dezesseis anos. — exclamei entre soluços.

— Sei que pode. — ele sorriu. — Você já é uma moça, mas foi muita coisa para você, amanhã de  manhã estarei lá, para lhe dar informações, tudo bem ?.

Assenti com a cabeça baixa, e as lágrimas voltaram de novo.

A policial Suzana me levou para o hotel que não era grande coisa, e ficou comigo até amanhecer, logo no dia seguinte como prometido, o policial Tyler estava lá.

— Tenho boas notícias, entrei em contato com sua tia, Patrícia Malette, que mora no Canadá e  ela está disposta a cuidar de você por tempo indeterminado.

Que bosta.

O problema não é a Tia Pattie, longe disso, o problema é o filho dela, Justin.

Meu passado com ele foi um pouco conturbado.

Justin sempre foi um garoto bonito e atraente.

Quando eles vinha para  LA, sempre ficava dando em cima de mim. Mas tempos depois ele começou a mandar mensagens para mim, pedindo fotos minha com pouca vestimenta, e eu mandava, ficamos nessa fuleragem por quase um ano, até meus pais descobrirem e me proibir de falar com ele. O pior não era isso, ele era meio possessivo, fica me enchendo o saco 24 horas por dia. Perguntado com quem eu iria sair, o que iria usar, e me proibia as vezes de sair com meus próprios pais, só porque estava de shorts. Claro que eu não o obedecia.

Mas isso tudo acabou, graças aos meus pais, não vou mentir, eu adorava mandar aquelas fotos para ele.

Mas agora acabou, e eu definitivamente não posso ir morar com a Tia Pattie.

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