O Segredo Do Vale Da Lua

capítulo 7

** SEM REVISÃO **

Sonhei que eu era a pessoa pura e nobre que deve achar as pérolas e as devolver para seu lugar de origem. E no sonho uma voz me chamava e me pedia para procurar a princesa e as pérolas.
Acordei lá pelas 8 horas da manhã, fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal. Coloquei o vestido que o Borges me deixou, era vermelho com preto, era lindo. Desci e me deparei com meu tio e a Gil na mesa me esperando para tomar café da  manhã.

Pricila - bom dia.

Gilmara - bom dia pequena, dormiu bem.

Sebastião - bom dia.

Pricila - sim Gil. E tive um sonho bem estranho.

Gilmara - e qual seria o sonho da minha Princesa ?

Pricila - é exatamente isso Gil. Sonhei com uma princesa e com um colar de pérolas. Foi tudo mágico.

Nessa hora meu tio estava bebendo seu café e assim que me ouviu ele se engasgou e começou a tossir.

Gilmara - sério minha pequena. Seu sonho foi bem emocionante então.

Sebastião - você não acha que está bem grande para sonhar com coisas de princesinhas e magia ?

Ele fala e olha pra mim. Eu dei um sorriso pra ele e disse.

Pricila - e o senhor não acha que está muito velho para mentir ?

Gilmara - Pricila. Ela diz me repreendendo.

Sebastião - exatamente oque eu estou mentindo Pricila ?

Pricila - não sei.

Ficou um silêncio na sala. E o silêncio tomou conta do ambiente por alguns minutos até que então eu falo.

Pricila - tio, o senhor nunca foi casado ?

Sebastião - não Pricila. Eu nunca me casei. E nunca vou me casar.

Pricila - o senhor nunca teve um noiva ?

Sebastião - Pricila, você quer me dizer alguma coisa ? Poque tantas perguntas sobre minha vida ?

Pricila - nada não tio. É que eu acho que o senhor precisa de um namorada. O senhor fica muito sozinho.

Sebastião - eu só amei uma mulher em toda minha vida. E se não for pra ficar com ela eu não vou me casar com mais ninguém.

Após essas palavras, meu tio se levanta e vai em direção a sala que fica o piano. Eu fiquei muito triste por ver meu tio assim. E queria pedir desculpas. Então fui até a sala onde ele estava e não bati, já fui entrando. E quando eu entrei vi que o piano estava tocando sozinho, e meu tio estava sentando no pequeno sofá. Quando ele me viu se assustou e em seguida o piano parou de tocar.

Sebastião - eu já não falei pra você nunca entrar aqui Pricila.

Ele diz isso secando algumas lágrimas que caiam dos seus negros e profundos olhos.

Pricila - me desculpe tio, só queria me desculpar com o senhor. Não queria tocar um um assunto tão delicado.

Sebastião - tudo bem. Mas me prometa que nunca mais vai entrar aqui. Eu uso esse lugar para me lembrar da Letícia.

Quando ele diz isso. Eu penso no que Borges disse.

Pricila - quem é Letícia tio ?

Sebastião - ninguém. Deixa pra lá.

Ele sai da sala e eu vou junto. Não me parece que meu tio é um homem mal. E muito menos ambicioso. Ele parece triste. E isso não me agrada. Vou procurar o Borges, ele disse que responderia algumas dúvidas que eu tenho em minha mente. Sai da sala com a desculpa que iria estudar um pouco no meu quarto, fui em direção ao meu quarto e encontrei o gato do meu tio, ele era todo preto e um pouco grande. Ele me seguia muito. Passando pela passagem que me levaria para cozinha tem um espelho enorme e antigo. Quando eu passei pelo espelho me assusto com uma imagem que nunca tinha visto. Eu estava parada e o gato ao meu lado, só que no espelho o gato era um mostro muito grande e peludo. Olho para meu lado e vejo o gato indo para a cozinha é assim que chego lá, o Borges pergunta o que eu tenho.

Borges - o que houve com você ? Está pálida.

Pricila - eu vi o gato pelo espelho que tem no corredor. E na verdade eu não sei o que eu vi. Só sei que não era um gato.

Borges - não sei oque posso te dizer. Mas na verdade, ele não é um gato de verdade, é o bicho do seu tio. Ele o transformou em um gato para ser mais fácil de esconder.

Nessa hora eu já estava em outro mundo. Não acreditava que meu tio poderia ter poderes e o gato não era um gato.

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