Capítulo 1

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Bloqueei o golpe da direita e movi a mão para a esquerda bloqueando o soco daquela direção, chutei a perna tentando acertar o joelho e ele girou as mãos agarrando meus pulsos, colocou o pé atrás do meu calcanhar, dei uma cabeçada o fazendo soltar para segurar a testa e gemi colocando a mão na própria testa. Ele sacudiu a cabeça e avançou novamente, fui para trás desviando do chute que iria parar em minha barriga e segurei a perna tentando golpear o joelho, ele segurou meu cotovelo e socou meu rosto, engasguei, segurei a perna firmemente e girei o arremessando um pouco mais longe de onde estávamos.

Ele bufou se levantando, me observou por dois segundos e então sorriu, me coloquei na posição normal de novo relaxando, e então palmas bateram atrás de nós dois e sorri vendo a mulher vir até mim, beijar o topo da minha cabeça fazendo cocegas e ir até o homem o beijando.

Eles começaram a conversar e para dar a privacidade necessária, passei pela porta correndo até minha cabine, corri para o quarto fechando a porta para ver se assim a conversa não poderia ser escutada, olhei para cima vendo o mapa. A ilha na parte norte estava marcada a coloração branca gritante, onde havia vivido até os seis anos antes de meus pais se mudarem para o sul onde o deserto se estendia parecendo uma praia, onde permanecemos até completar quatorze anos e nos mudarmos novamente.

No norte ocorreu um acidente comigo e nos mudamos para ver se isso animava, e então ocorreu outra coisa e novamente nos mudamos. Agora perto da zona medieval estamos conseguindo finalmente nos mover, até a escola cair e agora estamos em um navio para a outra ponta.

Suspirei, estamos indo para casa agora, mas onde é casa atualmente?

Olhei para o braço direito, meus pais até poderiam aceitar que eu era diferente mas sei tanto quanto eles que não são todos que aceitam, então a outra ponta era mais do que perfeita, era a escolha final. Ponderei, sentada na cama, Está um caos essas coisas, mas acho que vai ser fácil para poder se ajustar, apesar de estar tão quebrada, todos estão para falar a verdade.

Descansei a cabeça na mão, esfreguei a mão esquerda contra o emblema de uma pedra azul com olhos afiados de um felino, fechei os olhos agora com as lembranças mais firmes na mente.

Você não acordou ainda! Venha me salvar! Agora rápido! Sinto você perto de mim!

Abri os olhos em alerta e bati os punhos ignorando a dor, o ambiente era a mesa de trabalho rodeada pelo silêncio do almoço sentindo o zumbido nos ouvidos, me levantei um pouco indo para o corredor de mesas abandonadas pelo almoço, esfreguei os olhos cansada e fui até onde o galão de água estava para beber algo.

Relaxei e pisquei, voltei para o corredor onde estava. Me virei sentindo fome, o ante braço direito formigou e o massageei, segui o corredor com o suave balanço da memoria entrei no elevador para conseguir algo no restaurante mais próximo.

Essa viagem havia sido a tanto tempo...

Coloquei o queixo sob a mão direita, o casaco longo junto as luvas que sempre usava aqueciam o corpo no período frio, o vento estava caótico e gostoso, bebi um pouco do café enquanto o vento bagunçava o meu cabelo longo e encaracolado. Suspirei sabendo como seria complicado para poder o arrumar novamente mas ignorei sabendo que os cachos até o meio das costas não importariam já que iria ficar dentro do escritório em menos de dez minutos.

Observei a jaqueta preta, o forro mais escuro e com bordas douradas, tinha mangas curtas mais escuras um pouco e uma gola grossa que envolvia o pescoço pela fivela e duas caldas longas, junto com o zíper lateral meio aberto -que adorava- mostrava a blusa branca de mangas. Gostava de chamá-la de roupa de combate, combinava com minhas botas pretas com detalhes dourados no calcanhar, na ponta do pé junto ao zíper dourado, a calça jeans preta com bolsos longos e material macio igualmente e as luvas sem dedos com punhos pretos de zíper também dourado chegando até o antebraço.

Travelers: Apenas dirija!Where stories live. Discover now