Com amor, Destino

Ele está morto.

25 de Setembro - 2014

Samantha P.O.V

Acordei com a voz de Freya entrando na minha mente.

-Eu só quero saber se minha blusa rosa está na sua casa, Ruby! Não?! Que droga! Vou ter que pegar algo emprestado da Sammy. Aham. É claro que ela ainda está dormindo, vou ter que atirar pedras nela.

-Eu estou te ouvindo. -Puxei a coberta.

-Ela acordou! Aleluia! Tchau, meu amor, até mais. Beijos.

-Você fala muito alto, Freya.

-Estou sentindo que o dia vai ser ruim.

-Por que? -Me sentei na cama.

-Porque eu não peguei minha blusa rosa e eu tinha certeza de que tinha colocado na minha bolsa.

-Freya?

-Sim?

-Essa blusa? -Peguei a blusa do chão.

-AH! Eu te amo. Vou me arrumar e quando eu voltar quero você pronta!

-Qual é? -Me deitei novamente.

Era mais um dia normal em Fredericksburg, como todos os outros dias, o que você ganha por nascer em uma cidadezinha do Texas. Freya, minha melhor amiga, dormiu em casa e estávamos quase atrasadas para a aula.

-Eu odeio dormir na sua casa porque você sempre se atrasa, Samantha!

-Eu não tenho culpa de dormir muito.

-Mas tem culpa de não ter um carro.

-A escola nem é tão longe, já estamos chegando.

-Eu podia ter um carro. Mas não tenho dinheiro pra isso.

-Não reclama, Freya.

-É a verdade.

Entramos na escola e fomos direto para a sala. O dever já nos chamava.

-Até que enfim, donzelas! -Ruby disse sentada na mesa.

-A culpa é da sua amiga Samantha. Você sabe que ela sempre me atrasa.

-Eu não tenho culpa!

-Coitada, Freya, ela leva tempo para deixar o cabelo maravilhoso todos os dias.

-Que bom que notou! É aquele ditado, né? A gente tenta.

-Eu nem tento, já nasci maravilhosa. -Ruby se gabou rindo.

-Percebemos que não tenta. -Freya deu uma risada nervosa.

-Olha só! Se a minha namorada está dizendo isso, imaginem o que não falam de mim pelas costas!

-Pois é! Cuidado, se eu fosse você terminava.

Estávamos rindo, o dia parecia ir bem. O Mrs. Owen, professor de inglês,  entrou na sala, encheu o quadro de anotações e até aí tudo estava maravilhoso. Nada de anormal. Até os primeiros quarenta minutos de aula, após quase uma aula inteira observei uma correria nos corredores, parecia que uma inquietação havia invadido a escola. A diretora passou pela minha sala por três vezes e depois tudo se silenciou.

-Ô galera, alguém viu o Parsons? -Ethan perguntou.

-Niall também não apareceu. -Kylie respondeu rindo.

-Hmmm! -Disseram coletivamente.

-Se eu fosse vocês, iria me preocupar com Shakespeare, e não com a vida de seus colegas.