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Após perder os pais em um trágico acidente de carro, Hannah Price passou a morar com sua tia e primas, as três transformam a vida da garot...
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- Hannah, você já está pronta? - mamãe perguntou a medida que colocava a cabeça para espiar dentro do meu quarto e me encontrar em frente ao espelho travando uma luta com meu cabelo, ele parece adivinhar quando vou sair e decide acordar de mau humor.
- Quase, mamãe. - pelo reflexo do espelho a vi caminhar até mim, ela tomou a escova da minha mão e com a maior delicadeza possível penteou meus fios.
A manhã daquele domingo estava com um clima agradável que só a primavera seria capaz de proporcionar, então papai decidira que iríamos visitar uma velha amiga sua que morava em uma fazenda a leste do país. Dessa vez a família Reynolds não iria nos acompanhar como sempre acontecia.
- As duas mulheres mais belas deste reino já estão prontas? - papai apareceu na porta sorrindo lindamente de uma maneira que o deixava anos mais jovem.
Jonathan e Elizabeth Price, ou John e Lisa, eram casados há mais de quinze anos e diferente de outros casais que eu conhecia ainda se amavam incondicionalmente. Eu sonhava em algum dia viver um amor assim.
- Sim. - mamãe respondeu após terminar de prender meu cabelo em um rabo de cavalo e deixar um beijo na minha bochecha.
- A cada dia que passa vocês ficam ainda mais parecidas. - comentara papai vindo até nós e beijando minha testa para logo em seguida dar um beijo rápido nos lábios da sua esposa.
Ele tinha razão. Eu herdara a pele clara, os cabelos e olhos castanhos de mamãe, fisicamente nós éramos muito parecidas, porém minha personalidade se assemelhava a dele, eu não era dócil e paciente como Lisa Price.
- Vamos? - eu os chamei ansiosa para partimos logo, eles riram da minha empolgação e fomos para o carro.
Antes de papai dar a partida no automóvel, vi meu vizinho saindo da sua casa e ao encontrar meu olhar acenou um tchau e soltou um beijo no ar, mostrei-lhe o dedo do meio tomando cuidado para meus pais não verem e vi o garoto - que já se tornava um homem - gargalhar alto.
Horas mais tarde, eu encarava admirada a vista tão diferente da qual eu estava habituada. Nada de prédios gigantescos e sim enormes campos cobertos por grama, algumas montanhas podiam ser vistas na linha do horizonte, quase não se via uma casa e sempre que eu avistava alguma moradia imaginava como seria a vida de quem morava em um lugar tão tranquilo. Ali era possível ouvir o som dos pássaros cantando tamanha era a calmaria.
