Você não cansou ainda?
Não cansou?
Tem certeza?
Ora, mas tem mesmo?
Do choro ressentido que só exite dentro de ti?
Daquele sorriso doloroso?
Não mesmo?Daquelas rosas lindas e mortas, vermelhas e brancas, pobres rosas, matam-nas todos os dias mas esquecem do que alimenta o amor é o cheiro e a essência da vida, de uma vida doce ou mais que seja amarga
O gosto da vida só quem ama conheceNão cansou de viver a essas beiras de fronteiras que nos impedem de ir além para o além?
Tudo isso e ainda não cansou?Não cansou daquelas cobranças
Das negações?
Das omissões?
Dos desesperos e dos olhos marejados perante o rancor e a decepção.Ora, por que não cansa breve menina?
É sim neste cansaço, onde nos liberamos dos grilhões pesados que machucam e ofuscam o brilho sintilante de nossas asas?Ora, logo tu? Que és toda essa estrela incorporadora, modelada e encarnada, breve mulher?
Te libera de teus grilhões para que voltas aos céus nas honras das marés.