Sentia o vento passando pelo meus cabelos, a terra batendo na minha perna enquanto eu corria, a magia fluindo dos meus dedos calmamente, me sentia em total harmonia com a terra, ali no meio do nada, sozinha, sem ninguém por perto, aqui, assim, eu me sinto eu, aonde eu consigo controlar a incontrolável magia negra
Eu ouvia o barulho de uma voz, ela me chamava, ecoava em meus ouvidos, cada vez mais alto, como se estivesse hipnotizada eu andava até onde a voz me chamava, ela me guiava pela floresta, até um jardim, com varias flores, a voz parou, eu procurava alguém entre as flores, mas nada... até que uma frase foi dita
"A escolha da morte trás vida, a escolha da vida trás mortes"...
Acordei assustada quase soltando um grito de minha boca, me sentei com uma leve dificuldade para respirar. Não me interessei em saber a hora, só pela luz fraca que saía de uma apertura entre as cortinas eu sabia que eram entre 5 e 7 horas da manhã.
Me levantei e tomei um banho demorado, coloquei uma roupa simples e saí do meu quarto.
Tudo parecia normal e estranho ao mesmo tempo, desde que comecei a morar sozinha, não me acostumei com esse silêncio, sem o latido do cachorro, sem o barulho do riso dos meus irmãos, ou até mesmo as broncas da minha mãe, queria reviver os inúmeros momentos onde ela brigava comigo, só pra sentir o som alto e agudo do seu grito em meu ouvidoNunca pensei que sentiria saudade dessas coisas, que pra mim eram tão comuns...
Meus olhos passavam em cada detalhe do pequeno corredor que levava a cozinha do meu apartamento, tomei coragem de andar, fui aos paços curtos até a cozinha, aonde, talvez, meu subconsciente tenha me guiado até a geladeira, que eu abri esperando achar diversos refrigerantes, chocolates e brigadeiro, mas só era assim quando eu vivia com duas crianças faminta por doces, no caso, era só eu, minha geladeira vazia e a minha vodka.
Juntei o pouco de forças que tem para ir até o supermercado, ou a minha cafeteria favorita a Camy café, Camylle é uma das minhas melhores amigas e também dona da cafeteria, então sou bem conhecida por lá, mas voltando pro assunto principal:Minha preguiça, quando eu tive forças pra andar eu andei pro sofá e não para a portaPreguiça
Preguiça
Preguiça
Fome...Fechei e abri meus olhos algumas vezes, tentava me acostumar com o acordar, ou melhor dizendo, me acostumar com estar viva, por que por mim eu adoraria dormir até o fim da vida humana, ou até a vida conseguir me surpreender
442 palavras
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Trono Destruido
Fantasy"Eu a segurava com força, chorava em seu peito que já não batia, segurava sua mão pálida e olhava em seus olhos, eles estavam fechados, lembrava da cor deles quando ela ainda tinha vida, eu só queria tê-la comigo novamente, um último suspiro, mas a...