Hospital

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Pov's Lucca

Eu estava conversando com o Jack quando o sinal tocou indicando que o intervalo acabou e era para irmos para nossas salas, mas eu decidi não ir e matar aula, fiquei vagando pela escola enquanto todos estavam na sala tendo aquelas aulas chatas de sempre sentei-me em um banco que ficava atrás do refeitório e fiquei olhando o céu e os formatos engraçados das nuvens, estava um dia calmo e fresco mesmo com o sol que chegava a queimar fracamente a pele, deitei no banco e fechei meus olhos, naquele momento veio a imagem de mais cedo com a novata quando eu trombei com ela no corredor e ela toda inocente com o olhar meigo e tímido pedindo desculpa, quando eu fui grosso com ela sendo que foi totalmente a minha culpa que aquilo aconteceu e eu a culpei sem me importar.

Se passaram uns 10 minutos e abro meus olhos devagar resolvendo ir beber água e lavar meu rosto para dispertar dos meus pensamentos, estava indo em direção ao banheiro quando vejo a novata correndo para o mesmo no começo eu não me importei muito já que eu não ia muito com a cara dela mesmo tendo aqueles pensamentos de antes, quando saio do banheiro resolvo passar pelo refeitório para voltar para a sala mas ai me deparo com uma cena que me assustou um pouco, vejo que aquela novata esquisita estava desmaiada no chão e não sei por que eu entrei em desespero total e não sabia o que fazer nesses momentos.

~ Eii novata, acorda... – vou até ela e balanço o braço da mesma mas ela não responde muito menos se mexe.

Pego a menina nos braços e corro para a enfermaria da escola e me deparo com a porta fechada, tento abrir a mesma mas foi em vão, aquela desgraça estava trancada, provavelmente a enfermeira devia estar em horário de almoço, pego meu celular e ligo para a emergência.

~ Alô no que posso te ajudar? – uma moça disse do outro lado da linha.

~ Alô, a minha amiga desmaiou aqui na escola e a enfermaria daqui não esta aberta. Preciso que venham o mais rápido possível. – digo desesperado no telefone para a moça.

~ Calma, uma ambulância já esta á caminho. – a moça diz para mim e eu não digo nada e desligo o telefone.

Se passaram 5 minutos e a ambulância chegou na escola e esses foram os cinco minutos mais demorados da minha vida, a diretora veio correndo até mim perguntando o que tinha acontecido e expliquei para ela e a mesma disse para mim acompanhar a novata até o hospital e assim fiz.

(...)

Chegamos no hospital e levaram a novata para uma sala que não me deixaram entrar e fiquei mais desesperado ainda – que poha esta acontecendo comigo?! – fico sentado em um banco que havia naquele corredor enorme com médicos passando á todo momento até que vejo uma mulher morena de cabelo cacheado que por sinal aparenta ter mais de 36 anos, vindo na direção de uma médica que estava perto de mim.

~ Com licença, você pode me informar o que houve com minha filha?! – a mulher pergunta para a médica.

~ Qual o nome da sua filha senhora? – a mesma pergunta para a mulher.

~ É Brooke Smith. A escola me disse que ela desmaiou e que ela estaria aqui. – eu não consegui evitar de escutar a conversa das duas e a médica não deu a resposta que tanto a mãe da novata quanto eu queria ouvir e ela sentou ao meu lado.

~ Licença senhora... – digo chamando a atenção da mulher que me olha meio assustada. – eu sou Lucca, e foi eu que encontrei sua filha desmaiada na escola e liguei para a emergência... – ela me olha em choque quando termino de falar mas ao reparar em seu rosto ela suspira aliviada.

~ Você sabe o por que ela desmaiou? – ela pergunta pra mim colocando a mão em cima da minha.

~ Infelizmente não... – digo e ela me olha triste.

~ Obrigada. – ela diz e eu respondo com um sorriso meio de lado.

Ficamos ali conversando por um bom tempo quando um médico alto ruivo apareceu e chamou pelo responsável de Brooke Smith e a mãe dela se levantou e foi até o médico para conversar, nesse momento meu celular começar a vibrar e pego o mesmo para ver quem estava me ligando e era Yumi. Ela havia me feito um monte de perguntas sobre Brooke, perguntas que eu não sabia responder, em quanto conversava com minha irmã no telefone vejo a senhora Smith indo com o médico até um quarto que havia no corredor adentrando o mesmo, desligo meu celular e volto a me sentar no banco em que estava antes, demorou mais alguns minutos até que a mãe de Brooke sai do quarto e vem caminhando em minha direção.

~ Ela está bem... Se quiser ir vê-la pode ir... – ela diz e dou um sorriso para a mesma e ela me da um abraço que retribuo claro.

~ Obrigado.

Entro no quarto e vejo que só havia a menina no cômodo, caminho até ela que me olha como se tivesse visto um fantasma, que me faz rir com a situação.

~ Como você está?! – pergunto me sentando numa cadeira que tinha ao lado da cama.

~ Estou bem, só com um pouco de dor de cabeça... – ela diz olhando para as mãos e depois me encara. – Minha omma disse que foi você que me encontrou e ligou para a emergência, verdade?!

~ Foi... O que aconteceu para você desmaiar?

~ O médico disse que foi só uma queda de pressão e que minhas plaquetas estão muito baixas... – ela diz com um sorriso forçado no rosto. – Obrigada.. – a mesma diz me olhando.

(....)

Depois de ter ficado quase a tarde toda no hospital ficando preocupado á toa por causa daquela esquisita, decido voltar para casa para descansar. Quando chego subo direto para meu quarto e tranco a porta, me jogo na cama e fico olhando para o teto, de novo a imagem daquela menina vem na minha cabeça e dessa vez não foi quando nos trombamos e sim com a nossa conversa no hospital, cada olhar que ela lançava sobre mim, cada palavra que saia de sua boca rosada, tudo me vinha a cabeça – e repito de novo eu não sei o que caralho esta acontecendo comigo – crio coragem para me levantar e vou em rumo ao banheiro do meu quarto mesmo para tomar um banho longo e demorado, e lógico para ir dormir.

A Garota Diferentona Onde histórias criam vida. Descubra agora