shh, don't make any noise ; chanbaek

you liked it, don't ya?

Sehun estava dormindo no mesmo quarto que eu e Chanyeol.

Há alguns dias atrás havíamos planejado uma viagem pra Jeju, junto com Jongdae e Joy, que estavam dormindo no quarto ao lado do nosso, onde haviam duas camas de solteiro. Eu e Chanyeol ficamos com uma cama de casal, enquanto Sehun ficou com a outra.

O hotel era bonito, com grandes janelas de vidro cristalino e de frente para o mar, de forma que sempre dormíamos e acordávamos com o agradável som da água ricocheteando contra as rochas grandes e já desgastadas pelo constante choque.

Já passava da meia-noite, e Chanyeol estava deitado em meu peito enquanto eu acariciava seus fios lisos e úmidos do nosso banho há alguns minutos atrás. Sua pele havia adquirido um belo tom de bronzeado que me fazia lembrar do tom de pele natural de Jongin, e eu com certeza desejava vê-lo daquele jeito mais vezes, porque era como se ele tivesse ficado ainda mais bonito que já era.

Estávamos semi-nus; o quarto de decoração simples era fresco e sempre ventilado. Um cobertor branco nos protegia da brisa gelada, e àquela altura já era possível ouvir o som da respiração suave de Sehun - ele estava tão exausto que sequer tomou um banho pra tirar o cheiro de suor e álcool do corpo. Apenas se jogou na cama e dormiu.

Eu estava quase fazendo o mesmo que ele, mas senti uma mão travessa em meu baixo ventre, acariciando e ameaçando passar do elástico da boxer.

"Jagi, o que está fazendo...?" Sequer me importei em abrir os olhos; minha voz saíra arrastada pelo sono e pelo cansaço que me consumia.

Não ficamos no hotel direito naquele dia. Passamos a manhã na praia, fomos a restaurantes, fizemos uma breve trilha e de noite ainda tivemos tempo de ir a uma festa numa boate próxima dali. Estava completamente exausto, mas parecia que Chanyeol ainda tinha energia pra fazer algo.

"Nada..." sussurrou em sua típica voz rouca, embora eu soubesse que além da preguiça de falar ele também estava cansado. Beijou meu maxilar e meu pescoço - não o impedi, pois seus beijos sempre me faziam ficar relaxado e arrepiado, mas logo acabei me forçando a despertar porque ele não iria parar e eu sabia que seus beijos não eram inocentes.

Aos poucos senti os dedos grossos descendo mais e mais, passando do elástico da boxer... e logo Chanyeol tinha minha intimidade em sua mão, a movendo de forma cadente, lenta, fazendo com que eu abrisse as pernas e suspirasse alto demais.

Meus gemidos eram baixos e manhosos, e eu já estava completamente duro. Seu polegar pressionava minha fenda e o freio de maneira provocativa, e eu só sabia mover o quadril e chamar pelo meu namorado enquanto mantinha os olhos fechados e arranhava seu braço musculoso.

O maior me masturbava da mesma forma que eu costumava fazer com ele, mas eu sabia muito bem que aquilo era como uma punição.

Ele estava me punindo por usar calças tão apertadas na boate e não ter permitido que tocasse minha bunda ou minhas coxas que outras pessoas estavam encarando. Era pura brincadeira, mas ele levou a sério. Chanyeol não era muito ciumento, mas em contrapartida era muito possessivo e odiava e amava ao mesmo tempo a ideia de alguém me cobiçando romântica ou sexualmente.

Odiava porque sentia um pouco de ciúme, mas sabia bem como escondê-lo. Apenas lançava olhares desafiadores e costumava me puxar pela cintura, me colando assim ao seu corpo, pra deixar um beijo apaixonado em meus lábios. Era sua forma de dizer a qualquer um que tivesse segundas intenções comigo que pertencíamos um ao outro, de corpo e alma.

Amava porque tinha orgulho de mim, e eu sabia o quanto ele gostava de dizer aos amigos e familiares que eu era a definição de perfeição, mesmo que eu não pensasse tudo isso de mim mesmo. Chanyeol dizia que quando eu entrava num lugar e todos me olhavam ele na verdade se sentia feliz, porque era um homem sortudo e as pessoas podiam apenas me admirar.