24 de Outubro de 2013
Quinta-feira
11h
Depois de passados muitos dias, Jessica, Leigh-Anne, Perrie e Jade foram completamente afetadas por todos os acontecimentos esquisitos em suas vidas. Elas se perguntavam sobre o que acontecia, o porquê de todas as pessoas estarem as achando diferentes, mas nunca obtiveram resposta alguma. Para elas, nada mudava, era normal, elas não tinham ponto de vista algum sobre aquilo, era tudo muito confuso.
Jessica tinha passado toda a manhã jogando xadrez na varanda. O furacão já havia passado há certo tempo, e toda essa passagem foi estressante, pois de última hora toda a cidade de Fort Lauderdale teve de ser evacuada. Foi um episódio que transmitiu um medo imenso à população, mas foi confortante saber que o furacão desviou-se de sua rota de última hora, fazendo com que a cidade saísse quase ilesa. Jesy foi para outra cidade durante um tempo, mas todos já estavam de volta. E para sua sorte, hoje era o dia do baile em sua escola. Ela não iria, mas mudou de ideia, pois com certeza Justin iria também.
Após mais alguns minutos ali, ela parou e ficou a observar todas as peças do jogo de tabuleiro antigo. A rainha, a torre, o bispo; todas elas, causavam tanta admiração na garota que as pessoas à sua volta estranhavam que ela ficava olhando para suas posições e formas por um longo período de tempo. Enquanto estava ali, acabou por ouvir os passos de alguém vindo até ela. Quando olhou para a porta de vidro aberta, deparou-se com Nolan. Ela formou um sorriso singelo em seus lábios vermelhos e tombou levemente sua cabeça numa expressão confusa.
"Oi Nolan, como está?" ela perguntou fazendo sinal para que o garoto se sentasse na outra cadeira.
"Estou bem, mas eu queria te perguntar algo." disse o brasileiro sentando-se.
"O quê?" Jessie perguntou enquanto guardava as peças de xadrez num saquinho.
"Quem é John Nelson?" ele perguntou, e então o corpo de Jesy travou.
"J-John? Onde vo-você viu isso?"
"Aqui neste papel." ele disse entregando um papel amassado à Jessica.
Ao desdobrar a folha, ela começou a ler mentalmente o que estava escrito ali. "Filha, eu sinto muito pelo o que aconteceu a você nesta última tarde, eu fiquei sabendo só agora. [...] Espero que essa carta chegue a você o mais rápido possível. Para a melhor filha do mundo, de John Nelson." Ao ler aquilo, ela lembrou do dia em que recebeu esta carta. Foi o momento em que ela se sentiu mais insegura antes do acontecimento. E agora essa era apenas mais uma facada em seu coração, afirmando que era impossível voltar atrás.
...
Já era por volta das 15 horas quando Leigh-Anne voltou com Spot, seu cão, de um passeio rápido na praça de sua rua. Ela deixou ele no quintal de trás da casa, aproveitando para apagar as luzes ali que tinham ficado acesas desde a noite passada. Quando entrou na casa e deitou em sua casa no quarto de sua tia, acabou por lembrar que tinha que fazer um trabalho de Física para daqui a um mês. Ela aproveitou o momento livre para fazê-lo. Assim que abriu o armário para procurar por seu caderno que ela guardava ali, acabou por deixar algo cair. Logo ela agachou-se, e quando ia guardar o caderno novamente, percebeu que aquele caderno não era um caderno qualquer. Sua capa rosa com uma estampa chamativa denunciava que era seu diário de algum tempo atrás. A garota dos cabelos negros acastanhados sentou-se na cama e foleou todo o diário, até chegar em uma página com um desenho. Era um violão feito de árvores. Ela era uma péssima desenhista, mas apesar dos traços desastrosos, era possível entender o que estava ali. Observou atentamente sua caligrafia ultrapassada registrada na frase "Segunda perda" embaixo do desenho. Ela passou a mão sobre ele lembrando de tudo aquilo, mas fechou o caderninho de uma só vez ao ouvir a porta batendo. Sua tia havia chegado.
...
Já era 20 horas, o horário que os alunos começaram a chegar na escola. Jade Thirlwall estava com um vestido branco que arrancou elogios de desconhecidos, mas ela não gostou muito daquilo por ser mais discreta. O ginásio era na verdade o local do baile, o resto da escola ficaria um pouco mais vazia, apesar de algumas pessoas gostarem de se afastar. Ela sentou-se na arquibancada e se surpreendeu ao ver Niall Horan passando por sua frente. O coração dela acelerou, a respiração travou e seus olhos se arregalaram. Ela observou os olhos azuis do jovem fazendo aquele breve momento durar séculos. Depois de passado um tempo, ela percebeu que estava perdida nos olhos dele. "Como aquilo durou tanto tempo? Ele passou em menos de 10 segundos, mas como eu pude observar ele por minutos?" pensou.
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Psicopata | Little Mix
FanfictionAté que ponto um coração partido não é obsessivo? Até que ponto a rejeição não é perigosa? Até que ponto a admiração não é uma dependência? O caminho até a loucura é longo, não é algo que deveria ser alvo de apelidos. O drama vivido por quatro garot...