Não É Perfeito

Capítulo 1

Dulce Maria

O grande dia chegou! O dia da minha viagem, confesso que estou muito feliz de mudar de vida e começar a minha nova vida nos Estados Unidos com a minha querida tia Jenny, desde que a minha mãe morreu ela ficou comigo esse todo tempo e tomou conta de mim e eu pude criar laços com o meu pai e eu tenho uma ligação muito forte com ele e isso me preocupa porque eu não quero lhe deixar só, eu não sei como ele vai reagir com tudo isso e se algum dia ele vai lá me encontrar....
- Dulce está na hora de você pegar o avião ! Quase que berrou e a casa caiu, de uma modo genérico fiquei estupefacta.
- Eu já vou pai, estou quase terminando de me arrumar. Ainda falta muita coisa minha cabeça está a mil e eu ainda penso em como ele vai conseguir ficar só nesta casa tão grande que algum dia já foi feliz, triste e agora está estável. Ouvi outra chamada do meu pai que me levou de volta a razão, só assim pude reparar que estou atrasada e que posso perder o voo.
- Dulce se apresse ainda vais perder o voo, e a sua tia ficará triste se isso acontecer. Bem lá no fundo eu não queria que ela fosse mais eu não podia impedir de ela ser feliz longe dessa tristeza e dor que algum dia causei e eu não posso permitir que ela perca por minha causa, já algum dia tivera roubado a felicidade da sua mãe e não ia suportar se ela também não fosse feliz algum dia.
Ela desceu da escada e estava mais que linda com os seu rabelos vermelhos igual o da minha Lucinda, quase que caia uma lágrima do canto dos olhos, mais não permitir, ela não pode me ver assim e talvez seja capaz de mudar de ideia e resolver ficar comigo até que eu fique bem.
- Desculpa Sr. Mendonça não é necessário me expulsar da sua casa. Eu não o quis deixar, não assim pude sentir a tristeza em seu rosto.
- O táxi chegou, não ia permitir lhe levar.
- Está bem. Ele me abraçou tão forte como nunca foi, sentir o suspiro profundo e os soluços que tentava conter só para eu não me Sentir péssima. Está na hora pai - em meio aos seus suspiros e abraço apertado ele me disse eu te amo - ele disse isso enquanto me largava. Aí não pude conter as lágrimas a descer do meu rosto. Aí não, não, limpei de uma maneira tão ágil pra disfarçar quase que ele nem notou. E eu disse : eu te amo muito papai.
E subir no táxi. Não havia trânsito algum parecia que tudo estava ao meu favor. Cheguei a um passe de mágica, bem na hora que chamaram o meu voo.
- Subi quase que nem acreditando que vou deixar o México para os Estados Unidos, lembro-me de minha mãe querer que eu não fosse, dizendo que era perigoso pra mim e que lá eu não poderia sobreviver num mundo desconhecido. Mais eu não contestei sempre fui apaixonada pela praia escondida e toda sua beleza que pode me proporcionar. Sinto que hoje deixo mais uma parte de mim junto com o meu México. Vou ter saudades!