6. SOPHIA (PART. 2)

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Adryel andava convicto do que queria e cada vez mais tinha certeza de que pediria a mão da Sophia em casamento, o que parecia uma ideia absurda, hoje é a que mais o inspira.

Enquanto Adryel se dirigia a recepção, Fabianna estava sendo tratada por médicos por causa de seu desmaio.

Eles ficaram assustados com o índice de álcool em seu organismo. Ela realmente estava bêbada. Pressão alta era a resposta.

Adryel chegou a recepção e ficou confuso por causa do que acontecera. Faby, que antes estava bêbada e sentada na recepção a espera de notícias, agora havia sumido sem deixar rastros.

A preocupação no rosto do Adryel era gritante e as enfermeiras perceberam.

- Posso ajudá-lo, senhor? - Disse uma enfermeira.

A enfermeira parecia bem jovem, talvez tivesse acabado de se formar na universidade. Era uma graça, mas não bonita.

Tinha olhos castanhos claros, pele mestiça e um volumoso black. Seu sorriso era torto e sua voz era tão aguda que incomodava os ouvidos do Adryel.

Ele ouviu sua voz ressonar em sua cabeça e decidiu responder logo para acabar com o torpor.

- Eu... Ahn... estou procurando uma garota que estava sentada aqui. - Disse incerto.

Ela olhou para a prancheta em suas mãos e conferiu as últimas entradas na emergência. Sua mente logo se clareou e ela lembrou da Fabianna.

- É uma mulher de cabelos negros? - O encarou concentrada.

- Sim, ela mesma. - Falou animado.

- Ela acabou de entrar na emergência com sinais de vertigem.

- Era só o que me faltava. - Zangou-se.

- O senhor a conhece? - Perguntou-lhe confusa.

Ele pensou em dar uma resposta fácil, direta e grosseira, mas logo lembrou que não é desse tipo de pessoa e pensou em uma coisa melhor ao invés de mandar ela para um lugar onde o sol não bate, a luz não alcança e o sol não brilha.

- Sim. Ela estava comigo. - Tentou ser meigo.

*Error in Memory* - Apitou seu cérebro como se fosse um computador.

Parece que não deu muito certo, pensou.

A expressão da enfermeira era de desdém e fúria.

- Hmmm... pode me levar até ela, por favor? - Pediu tentando mudar de assunto.

Ela virou as costas e saiu batendo o pé.

"Ótimo agora ela vai ficar de frescura.", pensou. Ele revirou os olhos e a seguiu pelo corredor lotado de macas e cadeiras de rodas.

- É aqui, senhor. - Apontou para enfermaria

- Obrigado. - Disse seco.

Adentrou a enfermaria com receio e ficou irritado com o que viu.

Fabianna estava sentada na maca, mexendo no celular.

Ele se direcionou para ela com raiva e furor.

- Você é ridícula, sabia?! - Disse irritado.

- Han? - O encarou confusa.

- Você fingiu estar passando mal só para vir para cá. - Acusou.

- Você não sabe do que está falando. - Respondeu seca.

- Sua amiga está doente e você finge passar mal para ter internet grátis?! - Riu com deboche.

- Você deve tá zoando... - O olhou com um sorriso incrédulo nos lábios e a raiva consumiu o Adryel.

LOUQUEMIA (FOR)EVER  - HIATUS -Onde histórias criam vida. Descubra agora