Biology |Larry Stylinson|

Chapter 24

Desculpe a demora :)

Assim que Louis fechou a porta atrás de si, pode olhar para a sala que passou um bom momento com Harry. Apenas o que conseguia pensar era em Lilo&Stich e, então, começou a rir. Harry não questionou, apenas levou o garoto para sua cozinha.

Logo na porta, Louis pode avistar uma grande mesa, um pouco maior do que a que substituía aquele lugar antes. A mesa continha uma toalha vermelha que chamava muito a atenção, apenas três pratos e três pares de talheres. Já era possível ver o suporte de panelas em cima da toalha espalhada pela mesa, o que fez Louis suspirar pensando no quão faminto estava naquele momento.

Harry guardou a média torta de morango na geladeira, evitando que ela derreta ou fique quente. Depois de virar para trás, Louis leva um leve susto de disfarçou com um sorriso sincero.

- Olá, creio que seja Louis. - Uma mulher baixa vestindo um vestido vermelho e uma rasteirinha sorri para Louis, puxando o garoto para um abraço. - Harry fala muito de você.

- Olá, senhora.. - Louis se esforçava ao lembrar o nome de sua mais nova sogra. Mas infelizmente falhou, ao lembrar que Harry nunca havia lhe contado.

- Anne. Anne Twist. - Disse dando um sorriso leve ao ver que o garoto não sabia exatamente qual o seu nome. - Obrigada por vir. Não gostaria de ser dispensada em um almoço de domingo pelo meu genro, não é? - Brincou. Louis riu um pouco nervoso, com aquela risada que fez com que todos os músculos de Harry se acalmassem pelo nervosismo que estava sentindo naquele momento.

- O que é isso, Obrigada a senhora. - Louis sorriu sincero, levando uma pequena bronca de Anne pelo 'senhora' composto na frase.

- Humm.. Eu existo. - Harry disse baixinho, tentando entrar na conversa. Louis lhe abraçou de lado, apoiando sua cabeça em seu ombro com um pouco de dificuldade. Anne colocou as panelas de comida na grande mesa novamente. Harry fez questão de sentar de frente para Louis, deixando sua mãe ao lado do namorado.

- Como vai a vida, Louis? - Anne começou novamente, vendo que já havia perguntando aquilo mas em outras palavras logo quando se apresentaram.

- Bom... Último Aquilino do colégio. - Louis sorriu, vendo Harry suspirar em alívio. - Quero começar minha faculdade logo.

Anne ficou surpresa. Poucos adolescentes naquela geração falavam sobre querer cursar faculdade com apenas dezesseis anos.

- O que pretende cursar? - Perguntou interessada no assunto. Poderia ter mais um genro trabalhando em sua empresa se Louis quisesse cursar jornalismo ou direito. O namorado e quase marido da filha trabalhava lá como um dos jornalistas principais.

- Eu ainda não tenho certeza, mas seria ótimo fazer direito. Meus pais e amigos dizem que eu tenho uma língua afiada e que provavelmente eu daria para ser um ótimo advogado com meus argumentos. - Louis riu nervoso. Harry assentiu, pensando no quanto faria o namorado passar vergonha naquele almoço.

- Isso é ótimo, Louis! - Anne comemorou. - Poderei ter outro genro em minha empresa então? - Anne perguntou Feliz. Harry já havia explicado à Louis sobre o relacionamento de Gemma.

- Nossa, sério? - Louis perguntou Feliz. - Obrigada. Seria maravilhoso trabalhar lá. - Disse sincero.

O almoço foi rápido e sem muita conversa a partir daí. Houve muitas trocas de olhares entre o novo casal, mas nada inconveniente e nada que faça um assunto surgir. Não era um silêncio ruim, muito pelo contrário, ele era bem confortável.

Depois que todos acabaram de comer, Anne fez questão de pegar a torta de morango que o filho fez seu genro trazer, distribuindo um pedaço razoável para os três.

- Obrigada por trazer a sobremesa, Louis. - Anne sorriu mordendo um pedaço de sua torta com o garfo. Louis, de boca cheia, sorriu doce. Harry olhou para a mãe, sorrindo amarelo. - O que foi, menino?

- Nada, Anne. - Respondeu Harry para a mãe. - Eu só estou te admirando... Ela não é linda, amor? - perguntou para Louis, que riu assentindo.

Anne olhou desconfiada para o filho, mas logo ignorou o fato daquilo ter acontecido. Logo o assunto sobre a adolescência de Harry surgiu.

- Obviamente, Harry teve sua época emo-gótico. - Anne começou, arrancando gargalhadas baixas de Louis. - Teve uma época que ele me fazia passar uma grande vergonha por isso. Uma vez, fomos para a festa da tia dele. Ele foi todo vestido de preto, com o cabelo descolorido e com muita chapinha. Sem contar seus olhos cobertos de sombra preta e suas unhas pintadas de preto. - Louis gargalhou alto dessa vez, sem olhar para o namorado. - Ah, e ainda não falei sobre o fato dele fazer uma frase com uma música do Evanescence de dois em dois minutos. As minhas primas e tias dele ficaram aterrorizadas. Enfim, nada contra emo-góticos, mas eu não aguentava mais meu filho daquele jeito. - Anne completou, por fim.

Louis não sabia se gargalhava pela expressão do namorado ao reagir a aquilo ou pela história emocionante que sua sogra lhe dizia.

Louis também já teve sua época emo-gótico, por mais que ainda mantenha seu cabelo para o lado no seu estilo emo de ser. Mas Louis tinha um estilo clean e não
gótico.

- Obrigada, mãe. - Harry gemeu se afundando na cadeira da mesa na sala de jantar, onde ainda se encontravam. - Já terminou de arruinar minha vida com o Louis?

- Espera, eu ainda não terminei. - Anne pareceu um pouco afobada para terminar a história. - Quando seus cachos voltaram eu agradeci tanto à Deus que nunca mais fiz nenhum tipo de química no meu cabelo. - Louis comeu mais um pedaço de sua torta para abafar sua risada. - Quando voltamos lá, todos viram o Harry normal e fofo e até estranharam. Pensaram que ele tinha pego algum vírus ou algo assim.

Harry riu, lembrando de suas tias chatas e velhas. Ele não tinha nada contra tias chatas e velhas em geral, mas tinha tudo contra as que ele tinha.

- Eu não gosto delas. Elas quanto mais elas envelhecem mais elas ficam chatas. - Harry bufou. Anne contou mais alguns problemas contando com detalhes da adolescência do filho, que começou a comentar os problemas que a mãe já teve bêbada e alguns outros podres apenas para recompensar.

No final da tarde, Louis teve que se despedir. Não queria ir embora, mas realmente não poderia ficar ali até amanhã de manhã. Eles tinham aula e sua mãe já estava mandando algumas mensagens, preocupada.

Louis levantou do sofá, assim como Anne e Harry. Abraçou Anne apertado, retribuindo toda a força que a mulher forçou naquele abraço maternal.

- Muito obrigada, Anne. Eu adorei passar a tarde aqui com vocês e conhece-la. - Louis deixou o abraço.

- Obrigada você por aceitar o meu convite, Louis. E pela torta. E por ser ótimo para meu filho. - Anne completava frase por frase. - Hazza, acompanhe Louis até a porta. - A mulher sorriu, deixando um último beijo na bochecha de Louis.

Harry puxou o garoto pelas mãos, saindo da sala de estar e indo até a porta de entrada que não era muito longe. Abraçou Louis apertado, se despedindo do garoto.

- Nos vemos amanhã? - Harry perguntou com a voz abafada pelo pescoço de Louis, ainda no abraço.

- Nos vemos amanhã. - Louis sorriu, se soltando daquele abraço apertado e deixando um selinho nos lábios de Harry. Queria fazer mais que aquilo, mas pôde ver Anne escondida em uma pilastra tentando não parecer a mostra ali, observando o casal e sorrindo. Óbvio que ele não beijaria seu namorado como se aquela fosse a última fez com sua sogra ao observar. Seria vergonhoso para ele e desrespeitoso para ela.

Louis seguiu até o carro de sua mãe , ligando-o e saindo da frente da casa dos Twist-Styles. Louis ficou triste por não poder conhecer o padrasto de Harry, mas mesmo assim, aquela foi uma grande manhã / tarde para ele, assim como para Harry e sua mãe.