"Your eyes are the size of the moon,
You could 'cause you can so you do,
We're feeling so good,
Just the way that we do,
When it's nine in the afternoon."
Introdução
Era um dia ensolarado quando tudo aconteceu. Estava indo para a escola quando tudo começou. Pretendia voltar para casa quando tudo terminou.
Estávamos em outubro ainda, mas já parecia que havia passado um ano do primeiro dia de aula em setembro, queria minhas férias novamente ao mesmo tempo que não, não queria ficar desocupada como sempre e nem atulhada de matéria como agora. Ia a pé para a escola, pois era mais econômico.
Estudo na mesma escola desde o primário e desde mais ou menos essa época tenho uma queda por Tyler, o riquinho, popularzinho, arrogantizinho da escola. Quando pequenos, conversávamos na aula. Quando maiores ele sempre me dava oi antes da aula, e de vez em quando um bom dia. Agora sou simplesmente um fantasma.
Por que estou dizendo isso? Porque aquele dia encontrei Tyler no caminho. E esse foi o início de tudo. De um dos meus momentos de maior felicidade. E do meu inferno.
Tyler estava sentado em um banco de uma praça que havia perto da minha casa, de início não entendi o que ele e seu amigo faziam ali, sendo que a casa deles era bem longe do lugar em questão não me parecia fazer sentido. Estava prestes a continuar meu caminho quando ouvi risos vindo da direção do santo banco, como em reflexo olhei para lá e entendi o porque de estarem naquela praça. Era simplesmente, exatamente, por ser afastada da casa dos dois, onde os pais não veriam eles fumando.
Nunca imaginei que Tyler fumasse, então obviamente fiquei surpresa, saí rapidamente dali por medo de me verem, não queria arrumar problemas com ele. Mas naquele momento tinha começado meu maior problema.
Na escola passei o tempo todo pensando no acontecimento da manhã, os primeiros períodos passaram como se não tivessem ao menos existido, afinal, como não prestei atenção em nenhum foi como se realmente não tivessem. No almoço, fiquei na sala, fazendo de tudo para não cruzar com Tyler naquele dia, e com sorte não o fiz, voltei pra casa sem vê-lo
No dia seguinte fiquei na dúvida se iria de ônibus como sempre ou a pé como ultimamente, depois de um bom tempo pensando decidi simplesmente não ir à aula.
Passaram-se dois dias daquilo e meus pais nem notaram, afinal, para notarem tinha que se importar. Quando iria completar o terceiro resolvi voltar para escola, não deveria ter mais risco certo? Talvez não. Talvez não tivesse risco. Se eu fosse de ônibus naquele dia. Mas resolvi pegar o outro caminho.
Parte 1 - A Maconha
Estava confiante de que o caminho iria ser normal, sem nenhum imprevisto como da última vez, quando cheguei perto da praça respirei fundo e continuei. Estava praticamente pulando quando notei que estava saindo da área da praça. Já esteve tão feliz que andou praticamente pulando sem notar? Se não já lhe aviso que se alguém o parar você pode se assustar. E foi exatamente o que aconteceu quando Tyler me parou no fim da praça. Me assustei e quis correr, movimento não realizado com sucesso devo dizer.
Se não se importar não irei contar a conversa detalhadamente. Não foi uma das conversas mais agradáveis que já tive com o garoto e preferia não lembrar muito dela. Mas como prometi lhe contar tudo, irei citá-la, afinal, foi o começo de tudo.
Tyler, basicamente, me ameaçou caso eu ousasse dizer alguma coisa a alguém sobre aquele fatídico dia. E eu, adolescente excluída, ainda estava surpresa pelo fato de que ele estava realmente falando comigo, coisa que não acontecia a anos. Em palavras completamente enroladas e gaguejadas disse que não tinha porque eu fazer isso, Tyler finalmente me soltou, e eu tentei retornar ao meu caminho, movimento também não realizado com sucesso. Devo dizer que houveram muitos movimentos sem sucesso naquele dia.
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Outro Livro Qualquer
RandomCoisas escritas do nada, e alguns capítulos extras e especiais de Clouds 💙