Karen
Eu tentava de tudo pra animar Flávia mas parecia que nada fazia efeito, o psicólogo recomendou alguns antidepressivos e ela acabou ficando viciada em remédios controlados, vivia colada dia e noite e mau se aguentava de pé
Às vezes tinha que leva-la mesmo assim pra tomar um sol, além disso ela saiu da igreja e se afastou de Deus, colocou toda a culpa da morte de sua mãe nele, era muito difícil pra mim ver ela naquela situação e ver também como seu pai sofria com tudo aquilo, o tempo foi passando e Flávia parou de se dopar com remédios mas passou a sair todas as noites e chegar bêbada
Ja perdi as vezes e os bares que eu e seu pai tivemo que ir busca-lá
A cada dia que passava ela piorava ainda mas, por mas que eu falasse ela não me ouvia, não verdade ela não ouvia mais ninguém, faltava muito as aulas e saia com uma turma da pesada, passou a ficar muito instável e violenta também, seu pai ja estava ficando desesperado e não sabia mas o que fazer, às vezes ele tinha que viajar a trabalho e eu é que ficava com ela, às vezes me sentia esgotada porque tinha que me dividir entre a escola, o trabalho, a igreja e ainda tinha minha mãe que estava tendo problemas com o namorado dela, Felipe acabou sendo como um confidente pra mim, ele sempre estava me ouvindo e ficamos muito amigos, só não falávamos sobre Efron porque eu não me sentia à pra falar sobre isso com ele, então resolvi escrever em um caderno quando sentia muita saudades dele
Fui um dia ver como estava minha mãe, aproveitava sempre quando o namorado dela não estava, ela estava chorando e com o rosto machucado, descobri que ele batia nela e de tanto insistir fomos a delegacia dar uma queixa, graças a Deus que minhas orações foram ouvidas e ela se separou daquele traste, comecei levar ela pra igreja e aos poucos ela foi se firmando com Deus, pelo menos uma alegria em meio a tanta tribulação, mas eu teria ainda muito trabalho com Flávia, já tinha três dias que ela não dormia em casa, seu pai e eu reviramos a cidade quase toda atrás dela, até queixa na delegacia ele deu, foi quando meu celular tocou com um número restrito, quando atendi era ela me pedindo pra ir busca-la na rodoviária de uma cidade do interior
Ela estava fedendo e toda suja, muito magra e abatida, estava também com uma tala no braço acho que deve ter machucado em algum lugar, quando chegamos na sua casa mandei que tomasse um banho, aproveitei e fui revisar sua mochila e acabei achando um cachimbo usado por usuários de craque, me sentei na cama em choque e as lágrimas desceram na hora, coloquei a mão na cabeça e pensei: Meu Deus o que eu faço agora? quando ela saiu do banheiro e me viu com o cachimbo na mão se enfureceu
Flávia: larga isso, porque está fuçando nas minhas coisas?
Karen: então é por isso que fica sumida por dias?
Flávia: isso não é da sua conta, para de bancar minha mãe, você não é ela
Karen: Flávia, você precisa de ajuda, eu tenho certeza de que se você pedir a Deu.......
Flávia: (sorri) Deus? Deus não existe, se existisse ele teria me ouvindo quando implorei pra que não deixasse minha mãe morrer
Karen: não coloque nele a culpa da morte de sua mãe, sei quanto é difícil perder quem amamos
Flávia: sua mãe está viva não está?
Karen: mas meu pai não, e você tem seu pai que te ama muito e está sofrendo com tudo isso
Não adiantou nada tudo que disse, ela piorava mais é mais a cada dia, passou a pegar as coisas escondido e vender pra comprar drogas, o dinheiro da mesada ja não era o suficiente, casei de ir com seu pai até a biqueira pra lagar dívida de drogas a situação estava ficando cada vez mas desesperadora
Agora ao invés de ir busca-la nos bares e boates, íamos busca-la nas favelas e biqueiras e muitas vezes no mato no meio do nada, completamente drogada
Continua.....
Olá anjos 😇😇😇😇deixem seu comentário 😉😉😉😉
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O preço de uma amizade 2 (concluído)
SpiritualNa vida passamos sempre por situações que testam nossa fé e confiança em Deus, e que nos fazem saber o verdadeiro valor de uma amizade Capa feita por Vanessa Chaves