Capítulo 6

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Sozinha em meu escritório, me lembro de como nos conhecemos, de como começou essa paixão ardente.

Estávamos no verão, e era meu aniversário decidi sair com umas amigas para bebermos.

- Parabéns muitas felicidades. - elas gritava alegremente.

- Parabéns amiga, uau 25 anos, muito sucesso na sua vida. - outra dizia.

Abraços, beijos e bolo.

Me levanto e vou ao banheiro, me olho no espelho e apenas vejo uma garota, sem um amor, deveria estar feliz mas não consigo.

Saindo do banheiro, esbarrei com ele.

Me desculpei sem olhar pra seu rosto. E quando olhei em seguida, que me fez perder a razão.

Me desculpei novamente, enquanto observava,aquele rosto, ele me lançou um olhar misterioso, não consegui naquele momento saber se era de espanto, assim como o meu...

Lembro que uma simples pergunta que ele me fez, acelerou meu coração.

E ele só me perguntou se eu ia sempre lá, mas isso me pareceu uma cantada.

Ele até comentou o quão cliche a pergunta era e nossas olhos se encontravam.

- Estou com umas amigas, ali naquela mesa - aponto a direção - estamos comemorando o meu aniversário, gostaria de se juntar a nós? - pergunto.

- Meus parabéns, adoraria me juntar a você - ele fala, e sua voz saia suve, um delírio para meus ouvidos.

- Obrigada. - agradeço.

- Estou com uns amigos,  poderíamos todos juntos ir para outro lugar! - ele fala.

- Claro. - eu confirmo.

Chamo minhas amigas e saímos todos dali, fomos para um barzinho com música ao vivo, um lugar bonito e aconchegante, cheio de pessoas bonitas.

- Oi...Você está bem? - lhe pergunto.

- Oi, estou bem, acho que vou sobreviver.

Damos risadas, a conversa fluía agradável.

- O que você faz da vida? - ele me pergunta.

- Sou escritora, escrevo livros hot.

- Hum, parece ser bom. - ele me respondeu,  e deu a entender que tinha ficado curioso.

- Sim, estou escrevendo um novo romance, mas estou sem inspiração esses dias.

A noite tinha terminado maravilhosamente bem, várias vezes fiquei observando ele, chamando sua atenção, parecíamos atrapalhados sempre se esbarrando.

Olhos que se misturava em repleta curiosidade, e sorrisos maliciosos foram trocados.

- Aqui esta o meu número, me liga um dia desse. - ele me entrega o papel e nossas mãos se tocaram levemente, me lembro de sentir meu coração disparar, amei aqueles olhos desde o primeiro momento.

Percibi naquele momento que tinha achado a minha inspiração.

Saímos algumas vezes, outras com amigos, e umas duas vezes sozinhos.

- Como você está linda - ele me dizia. - Obrigada. - sentia a minha pele arder de vergonha, meu coração dispara,  minha pele umedecer de ansiedade e desejo.

Estava apaixonada, completamente louca, obcecada por ele.

Meu livro estava indo bem, minha imaginação era astuta, adorava imaginar fazer sexo com ele.
"...Era noite, foi em sua casa e ele abriu a porta, estava apenas de shorts,  sem camisa, seu peito era forte, sua pele lisa e me parecia suave, ele me puxa para dentro, suas mãos tocam meus braços, sinto seu corpo em meu corpo...Meu desejo era grande por ele, nossos lábios se encontram, roupas são tiradas, arrepios envolve nosso corpo ardendo por sexo, seu membro tocam minhas coxas, fico molhada, meu corpo estremece...."

Me recordo de como nossos olhares viva se encontrando, queria saber se ele me deseja como eu o desejava. Seu perfume manipulava meu corpo, sempre ficava arrepiada perto dele. Tinha certo medo de ficar sozinha com ele, queria me jogar em seus braços, queria deliciar sua pele.

Até que decidi tomar coragem e chegar nele, estava cansada de trocar olhares, de imaginar, de me enlouquece com aquele corpo.

- Você tem namorado? - certa vez ele me perguntou.

- Não - eu disse - mas desejo loucamente um homem.

Seu olhar se apertou, me encarava profundamente, parecia querer saber quem era o homem que me enlouquecia. Percibi um certo ciúme em sua voz quando me perguntou:

- Quem é ele?

Parecia que brincávamos um com o outro, um jogo de sedução, de toques e olhares, de carícias não carnais, apenas imaginação, apenas desejo.

Suas mãos sempre encostava em minha pele que logo se arrepiava. Sempre tentava chegar perto dele, sentir o seu cheiro, de tocar aqueles lindos cabelos, negros e todo enrolado, sempre bagunçado e mesmo assim sensual, sua barba estava sempre grande, adorava, pois deixava ele com uma certa sensualidade masculina.

Até que finalmente aquele dia encarei ele de frente, hoje a loucura está em nós, sexo prazeroso, beijos fogosos, peles arrepiadas.

De repente a porta se abre, e o vejo parado a minha frente.

- Oi - ele me diz me trazendo de volta a realidade, e meus pensamentos se vão - O que você estava pensando?

- Estava me lembrando de como nos conhecemos - eu disse.

- Hum....e gostou de se lembrar? - ele me pergunta.

- Sim, é sempre um prazer me lembrar. - o encaro.

Ele se aproxima, cheira a minha pele, beija meus lábios, aperta o meu corpo.

- A melhor coisa que aconteceu, foi de você esbarrar em mim - ele me diz e rimos juntos.

A noite não poderia ter sido melhor, acompanhados de vinho, morangos com chocolate, lareira a queimar e o chão para nos amamos.

Carícias enchia nossos corpos, sucumbidos pelo sexo,  entorpecidos de prazer, imagino que isso seja apenas o começo de nossa loucura.

Sexo, amor e puro prazer, com nossos corpos nus, ele entra em mim, não me sinto mais receosa para gritar ou gemer, ele morde minha carne, aprecia o meu desejo, arranho sua pele, loucura e mais loucura enche a sala.

Esta tudo ligado agora, gozar é mais que prazer, é amor, é paixão.

Como sempre sexo prazeroso terei apenas com ele, meu forte desejo, meu delicioso consumo.

A cor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora