O amor é uma droga.
Uma droga que consome cada pedacinho de você. Te desgasta, consome sua sanidade, te destrói.
O amor não é um mar de rosas, como muitos inocentes pensam.
É como uma balança, os dois lados precisam estar equilibrados.
Se o peso de um aumenta ou diminui, tudo muda.
Esse foi o problema. O meu lado aumentou.
Amor unilateral não é amor. É um campo de batalha. É uma batalha que você não pode vencer, uma guerra que você não pode parar. É um ciclo vicioso de derrotas. É entregar-se a algo que vai destruí-lo.
O amor verdadeiro é doloroso. O amor verdadeiro precisa ser doloroso.
Eu a amo verdadeiramente. Te amar verdadeiramente, dói.
É difícil olhar pra você. Olhar para você dói, é tão doloroso quanto olhar para o sol. Talvez mais.
O sol.
Você é realmente como ele.
O centro das atenções. Ou pelo menos da minha.
Por que faz isso comigo?
Sempre que está perto minha respiração se descontrola, meu coração acelera, minhas pernas ficam bambas como da primeira vez que usei salto alto.
Como faz isso comigo?
Por que você está com esse babaca?
Sabe que sou melhor que ele. Ou acho que sabe.
Eu fui burra o suficiente para me apaixonar por você.
Por que diabos ainda beija ele?!
Todos sabem que ele te troca pelo primeiro rabo de saia que aparecer.
Eles sabem.
Você sabe.
Não entendo porque continua. Ele não vai mudar, deitar com ele não vai fazê-lo te amar.
Tão ingênua...
Suas palavras me fazem delirar, por que?
Por que tenho todos esses malditos sentimentos?
Eu adoro quando estamos conversando e você abre aquele sorriso encantador, ou quando você solta aquela risada alta e verdadeira, como uma criança ao ganhar um brinquedo.
É como num jogo de videogame, qualquer decisão minha do passado pode mudar o futuro. Mas ao contrário de um jogo, se eu fizesse algo errado, não teria outra vida.
Se lembra de todas as vezes que estive com você?
Quando o Chris terminou com você, eu estive lá e te deixei chorar no meu colo a noite toda.
Ou quando você descobriu que o Mark estava te traindo e eu desisti de viajar só para te consolar.
E daquela vez que não te aceitaram naquele colégio? Eu desisti da vaga para você não ficar triste.
E quando o Nathan te humilhou e jogamos ovo na casa dele? Eu estava morrendo de medo!
Todas as vezes em que fui para diretoria com você para te defender dos seus erros, você lembra?
E quando eu gritei com a professora por ela ter sido rude com você? Aquela maldita nem me deixou terminar a prova!
Ainda teve aquele dia em que fomos para o parque e subimos naquela roda-gigante, você estava apavorada. Você me abraçou e pude acariciar seu cabelo até se acalmar. Aquela noite foi mágica.
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Goodbye, love of my life
General FictionNinguém gosta despedidas, elas são tristes e muitas vezes cruéis. Entretanto, necessárias. Se despedir de alguém é difícil. Talvez fique mais fácil sem contato físico ou visual. Uma carta guarda palavras. Essas palavras guardam sentimentos. Esses se...