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—EU NÃO QUERO CASAR COM AQUELA GAROTA! EU NEM GOSTO DE GAROTAS!

todos no bairro conseguiam ouvir os gritos do único filho dos byun, o unico herdeiro da furtunas que a família bem sucedida tinha. o pai da família, byun baekho, era um homem ambicioso e ignorante, ao contrário da esposa, que era o tipo de mulher que tinha seus princípios e fazia de tudo para que tivesse uma vida seguindo todos eles.

mas quando o esposo decidiu casar o seu único filho com uma das filhas do grandioso hyunki, dono das empresas mais bem sucedidas da coreia, ela não teve como não aceitar, era a proposta mais tentadora e válida que ela tinha para o futuro do garoto, mesmo não acreditando em amores arranjados, ela não poderia ir sozinha contra a decisão do marido.

—pare de falar besteiras baekhyun —a mulher dizia baixo, querendo que o filho se acalmasse, mesmo sabendo que baekhyun não aceitaria aquilo fácil.

—eu não vou me casar á força! não vou! eu não vou! —repetia e a mulher fechou os olhos quando sentiu o filho passar raivoso pelo seu lado, subindo a escada com passos largos, logo batendo a porta do seu quarto com força, a fazendo apertar as pálpebras.

****

na janela ao lado da de baekhyun, escutando toda a discussão da casa vizinha, chanyeol encarava a aliança em seu dedo com desgosto.

diferente da família byun, a família park vinha enfrentando graves problemas financeiros, e eles já haviam casado san-ha, irmã mais velha de chanyeol, que foi forçada casar com o dono de um dos estudos mais bem sucedidos da cidade, mas não foi o suficiente para tirar a família park da lama que vinha os engolindo.

então, agora, sendo o único outro filho, chanyeol também seria obrigado a casar com alguém, e esse alguém era do kyungsoo, um homem três anos mais velho e que tinha comprado metade da rede de carne que alimentava a seul inteira.

—chany?

park foi acordado de seu desgosto com a voz calma de baekhyun, que vinha da janela, então ele não pensou duas vezes antes de levantar e abrir as cortinas, dando de cara com o sorriso que mais amava.

—está ocupado?

—pra você, não —chanyeol sorriu, esquecendo toda a magoa que sentia antes encarando aquele objeto. —quer sair pra comer algo?

—por favor —byun pediu correspondendo o sorriso, mesmo abatido com a disfunção anterior, ele sabia que ficar com chanyeol melhoraria tudo.

os dois costumavam se encontrar na frente de todos no começo, saiam de mão dadas e andavam até a sorveteria da praça conversando e sorrindo juntos. mas isso mudou quando chanyeol foi "pedido" em casamento, e só piorou quando baekhyun também apareceu noivo do nada e de alguém desconhecido.

agora, tendo vários olhares tortos em seus atos, eles preferiam se encontrar escondidos na casa de amigos, às vezes em motéis ou pousadas, ou até mesmo muitas vezes dentro do carro do mais alto, que ficava estacionado em lugares vazios e escuro, que muitas vezes assustavam baekhyun, mas ele não se importava, não se estivesse com chanyeol.

então park pegava o carro e dirigia até a esquina, esperava baekhyun aparecer andando e destrancava a porta, esperando o amado entrar sorrindo.

nenhum dos dois gostava daquela situação, muito pelo contrario, tanto baekhyun quanto chanyeol sentia falta de andar de mão dadas com o namorado na sua sem ser encarado, sentia falta de poder beijar os lábios do outro sem ter que se explicar para alguém, sentia falta de ter o parceiro só pra si, e de ser só dele de volta.

—tá tudo bem? seus olhos estão vermelhos.. —baekhyun sentiu as mãos de chanyeol em suas bochechas e fechou os olhos, se permitindo deixar algumas lágrimas escorrerem por seu rosto.