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Estava um vento gélido lá fora, mas ali na lanchonete estava quente e confortável. Vi uma moto estacionar do lado de fora, e observei Daniel caminhar até mim.

- Por que você não me esperou? Estou morto de fome - disse ele agora tirando o casaco. Lhe dei um sorriso fraco, era o meu máximo.

- O que aconteceu? Por que me chamou? - agora ele estava mais sério, acho que depois de me ver percebeu que havia acontecido alguma coisa.

Eu não aguentei, lembrei de tudo, tudo o que eu gostaria de esquecer, o fato de sofrer na escola e mesmo assim persuadir, o fato de que logo irei escolher uma faculdade e não faço a menor ideia, o fato da minha melhor amiga estar brava comigo nesse momento e o pior Calton, não conseguia parar de pensar nas palavras dele, se ele gostava de mim por que não parou Camily? Por que ele me via direto na escola sendo lixada, e não fazia nada? Se ele realmente gostasse de mim, teria feito algo. Eu estava chorando, mas não de tristeza, e sim de raiva, sufocamento, todo mundo em cima de mim, esperando o melhor de mim e ninguém se importa em perguntar como eu me sinto nessa história?

- Tudo bem Angeline - Daniel me abraçou, ficamos uns minutos assim, fiquei chorando em silêncio no seu peito, até ele se levantar e me chamar para ir embora. Paguei a moça da lanchonete, ela me lançou um olhar triste, mas sorri para ela.

O trajetória na moto foi em silêncio, é claro, tudo o que eu via era um borrão. Conseguia sentir Daniel tenso e ao mesmo tempo calmo, nunca consegui entender esse garoto. Me abraçava a ele com força, a última vez que andei de moto eu tinha 5 anos, e não estava acostumada com isso.

Logo paramos na frente da fraternidade, desci da moto, antes de entrar Daniel pagou na minha mão e entrelaçou nossos dedos, murmurou um "fique perto de mim" e eu obedeci, afinal, já conhecia aquela fraternidade, e não estava afim de ser cantada. Quando entramos vários olhares caíram sobre nós, subimos rápido e logo já estávamos em seu quarto, Daniel trancou a porta e eu sentei na cama dele.

- Okay, hum... Você vai me explicar o que está acontecendo? - ele estava de pé, na minha frente. Balancei minha cabeça negativamente - Hum... Bom, então como vou te ajudar?

Nesse momento me levantei, não estava muito ciente dos meu atos, mas eu queria aquilo, dei um passo até ele, observei seu olhos esverdeados, e disse:

- Me desculpe por isso - e o beijei, senti uma coisa diferente, talvez sentimento? Talvez eu sinta algo
por ele? Mas, na hora não estava pensando nisso. Daniel passou a mão pelos meus cabelos e parou ela em minha nuca, estávamos nos beijando lentamente, e eu sentia ele sorrindo entre os beijos, fomos nos deitando aos poucos na cama e quando percebi já estava em cima dele, tirei meu casaco, e ele me ajudou a tirar a blusa, ele tirou sua blusa também, o beijo ia pegando velocidade, Daniel foi dando pequenos beijinhos no meu pescoço. Voltamos a nos beijar, até alguém bater na porta.

- Quem é? - Daniel berrou.

- Sua irmã, idiota - do outro lado da porta estava Camily, a garota dos cabelos loiros oxigenados.

Olhei para Daniel em pânico, ele parecia um pouco nervoso também, nos vestimos rapidamente, esperei que ele me pedisse para me esconder, mas ele foi calmamente até a porta e a abriu.

- Por que demorou tanto? - perguntou com a voz enguiçada - E o que ela está fazendo aqui?

Daniel coçou a cabeça, então eu disse:

- Nós somos amigos, estávamos conversando, sabe... como amigos.

- E desde quando vocês são amigos? Aliás, desde quando você gosta de emos Sky? - Camily da uma risada sarcastica.

- O que você quer Camilie? - Daniel perguntou, é engraçado o fato dele ainda chamar a irmã assim

Camily tirou da sua bolsa uma caixa, colocou em cima da cama e disse "tchau". Saiu como se nada tivesse acontecido, parecia que não estava ligando para o irmão, e totalmente ignorou a pergunta feita por ele.

- O que é isso? - perguntei.

Daniel deu os ombros, fui até a caixa e a abri, lá estavam todos os documentos dele, e algumas fotos, também havia uma carta envelopada.


- Qual é? Seus pais querem se livrar de você? - olhei para ele rindo, fui retribuída com um sorriso falso.

- Eu fui expulso de casa - meu queixo caiu, não podia ser verdade.

- Por que?

- Digamos, que, ãnh... - disse sentando ao meu lado - meus pais são bastante conservadores, e eu me declarei bissexual...

Fiquei olhando para ele por um tempo, e depois comecei a rir, ele também riu. Nós gargalhamos por muito tempo. Era engraçado o fato do garoto mimado que fazia bulliyng comigo foi expulso de casa por um motivo tão idiota.

- Uau - disse entre os risos - Por essa eu não esperava...

— Bom, pelo menos alguma coisa fez você sorrir — disse Daniel.

Era verdade. Aquele momento em que estávamos rindo, foi um momento que eu nunca quero esquecer. Rir depois de tudo o que aconteceu nesse dia.

— Vamos, eu te levo pra casa — Daniel disse, se levantando.

O caminho até em casa foi ótimo, para a minha surpresa, estava mais segura perante a moto. Me despedi do Daniel e entrei em casa. Meu pai estava sentado no sofá, e do lado dele havia uma mulher.

— Mãe?

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Olá pessoas, sei que eu demoro para postar novos capítulos, me desculpem. Provavelmente vai demorar para postar o próximo, me perdoem.

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Até mais! ♥

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⏰ Última atualização: Sep 16, 2017 ⏰

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