Arianna – Vai-te embora! – Ela disse entre lágrimas e soluços. – Vai-te embora de uma vez por todas.
- Não. – Aproximei-me dela e ela começou a afastar-se. – Não vou.
Arianna – Claro, agora é a parte em que me fazes sentir especial, fazes com que acredite que me amas, vamos para um quarto, fudemos e depois tu deixas-me, não é?
- Deixa-me explicar. – Pedi calmamente, aproximando-me dela, mesmo que ela se afastasse.
Arianna – Não…
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- O Jeremy vai andar atrás das minhas fraquezas, todas as pessoas que ele podia matar e deixar-me mal, fraco, estão protegidas, todas menos uma. – Ela olhou-me nos olhos. – E essa tenho que ser eu, quero ser eu.
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- Eu sei que prometi várias vezes que não te ia deixar, que te ia proteger… Mas desta vez eu tenho que o fazer.
Arianna – Porquê agora?
- Porque ele é a única pessoa que te pode tirar de mim.
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- Ele é a única pessoa que te pode matar, estejas onde estiveres. – Olhei-a nos olhos, pela primeira vez. – E eu não vou aguentar que ele o faça.
Arianna – Aguentaste meses sem falar comigo, pareceu fácil. – Ela cuspiu as palavras, bruta.
- És demasiado importante para mim, para que estejas a meu lado. Sentires o que sentes… - Lambi os lábios, desviando o olhar dela. – O que sentias por mim, era a tua morte. Aqui sabia que ias estar segura, mas sem mim, sem qualquer contato meu, tinha a certeza.
Arianna – Não tinhas que me deixar. Lembras-te do que sentiste quando eu voltei para New York com aquela mulher, a Jullie? – Assenti, baixando a cabeça. – Agora imagina sentires isso umas 2 ou 3 vezes!
- Desculpa. – Sussurrei.
Ouvi-a a ficar em silêncio.
Levantei a cabeça e vi-a encostada à parede, com as mãos na cara e com o tronco dobrado, o corpo dela abanava quando soluçava, ouvia-se os soluços dela. Senti um aperto dentro de mim e uma vontade enorme de a abraçar e dizer que não a ia deixar, que desta vez era diferente, mas estaria a mentir-lhe novamente e não o queria fazer.
Mas queria abraça-la, queria sentir o corpo dela contra o meu, queria vê-la sorrir novamente, queria que ela se sentisse protegida nos meus braços, queria sentir que ela era minha, mesmo que agora esteja com outro gajo.
Ela era minha, só minha.
Comecei a ir na direcção dela e ela nem se mexeu, quando levantou ligeiramente a cabeça e percebeu que eu me aproximava, começou a deslizar pela parede até se sentar no chão, com os joelhos dobrados, os braços sobre os joelhos e a cabeça deitada nos braços, enquanto começava a soluçar cada vez mais. O meu coração caiu-me aos pés.
Isso mesmo.
Eu tenho coração, eu tenho sentimentos, eu tenho uma rapariga por quem faria tudo.
Fui na direcção dela e ajoelhei-me à sua frente, tocando nos braços frios dela e tentando abstrair-me dos soluços dela e abraça-la sem mais demoras. Encostei os meus lábios à cabeça dela e dei-lhe um beijo demorado, quando me afastei, ela levantou a cabeça e “atirou-se” para cima de mim, ficando também de joelhos à minha frente, com os braços à volta do meu pescoço.