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Lauren Jauregui's point of view

Estava deitada na minha cama, jogando a bola de basquete na parede e pegando-a novamente.

A única coisa que eu gostava no meu quarto, era o tamanho dele, a minha cama e a cesta de basquete , fora isso, ele era um nada mesmo tendo tantas coisas, e falar nisso, ele precisa de uma arrumação.

-Machinho? -Ouvi a voz da minha irmã e bufei irritada. -Tem visita pra você. -Sentei rapidamente e a bola bateu na minha cabeça fazendo me xingar.

-Pra mim? Quem iria vir me visitar? -Perguntei vestindo uma camiseta.

-É uma morena baixinha. -Franzi o cenho e saí do quarto.

Desci as escadas e dei de cara com Olivia, que porra.

-Lauren. -Ela disse sorrindo, sorri forçado e à abracei.

-O que você está fazendo aqui? -Perguntei coçando a nuca.

-Será que podemos conversar? -Olhou para a ponta da escada.

-Ah, claro, vamos lá pra cima. -Ela assentiu e passou na minha frente, olhei para Taylor como se pedisse socorro.

Subi logo atrás dela e abri a porta, fechei novamente e sentei na cama.

-Pode... Se sentar. -Falei me enconstando na cabeceira.

-Eu sempre quis entrar aqui. -Ela disse olhando ao redor e se sentou na cama.

-Meu quarto não é um museu. -Falei e ela me olhou reprimindo os lábios.

-Lauren eu... -Coçou a cabeça e suspirou sentando mais perto. -Eu quero muito te dizer algumas coisas, mas não sei como começar. -Ela olhava para minha boca.

-Que... Coisas? -Perguntei engolindo à seco.

Ela ficou me encarando e suspirou antes de avançar em cima de mim e me beijar.

-Qual seu problema sua maluca?! -Gritei empurrando-à. -Tá doida?! -Gritei irritada me levantando.

-Estou Lauren, estou doida por você, eu sempre estive, desde a sexta série. -Olhei para ela incrédula e comecei a andar pelo quarto com ela atrás de mim.

-Me deixa em paz, sai daqui! -Gritei pulando na cama e ela pulou também vindo atrás.

-Eu te amo Lauren, por que não pode ficar comigo? -Se aproximou e eu comecei a andar de costas.

-Isso é um pesadelo... Porque você é maluca, não faz o meu tipo e... Não, eu não consigo gostar de você. -Franzi o nariz e acabei esbarrando na bancada.

-Eu não me importo com isso, eu só quero um beijo seu e vou ficar feliz. -Colou seu corpo no meu e eu fechei os olhos franzindo o nariz e virando o rosto.

-Sai de perto de mim. -Falei erguendo as mãos.

-Não, eu não vou sair de perto de você. -Alisou minha barriga e desceu a mão até meu membro.

-Para com isso! -Empurrei ela fazendo-à cambalear. -Você não tem o direito de entrar na minha casa e querer me beijar, ainda por cima me tocar assim. Isso é invasão de privacidade e assédio. -Fui até a porta. -Vai embora.

-Lauren, eu sempre quis saber o tamanho dele, qual é, sei que você tem alguns meses sem fazer nada. -Neguei engolindo à seco. Aquele papo estava me dando nojo.

-Sai agora sua maluca, antes que eu te tire daqui à força. -Ela riu nasalmente e passou por mim.

-Não vou desistir, você vai vir atrás de mim, eu tenho certeza. -Passou a mão por minha barriga e saiu com um riso nos lábios.

Enfiei as mãos nos meus cabelos e caminhei até a cama me jogando de cara.

Que garota doida, credo.

Camila Cabello's point of view

-Nós iremos receber uma pessoa aqui Camila. -Olhei para ele. -E ela trará sua filha, então peço que se comporte, não se misture muito.

-Com quem está falando? Comigo? Por acaso esqueceu que sou a sua filha é? Se toca papai, eu sempre me comporto. -Fitei meu copo de suco. -Quando virão? -Perguntei cruzando os braços.

-Hoje ué, eu iria te falar mais cedo, porém você se trancou naquele quarto. -Revirei os olhos.

-Vão embora hoje não é? -Ele suspirou.

-Só irão embora domingo. -Abri a boca.

-Uma mulher irá vir pra cá, e vai dormir aqui até domingo? Papai são três dias. -Falei incrédula.

-É à trabalho querida. -Neguei.

-E ela não pode simplesmente ir e voltar?

-Ela mora do outro lado da cidade querida. -Neguei.

-Um hotel, sei lá, ainda vou ter que suportar a filha dela, meu Deus. -Meu pai fechou a cara.

-Camila, você nem conhece a garota, e eu já disse para não se misturar muito. -Neguei.

-Isso é ridículo papai, ridículo. -Olhei para a porta e uma mulher se aproximava. -Olha só, sua visita chegou. -Revirei os olhos.

-Nossa, ela chegou cedo. -Abriu um sorriso enorme e soltou o guardanapo em cima da mesa.

Maldita porta de vidro, devia ser de madeira ou sei lá, pelo menos ela iria tocar a campainha até morrer se dependesse de mim.

E que sorriso enorme na cara do meu pai era aquele? Coisa de trabalho? Estranho demais.

-Clara, que bom te ver. -Ele disse quando abraçou a mulher que sorria também.

-É um prazer Ale. -Que intimidade. -Vamos minha filha, não temos o dia todo. -Ela gritou com alguém.

Meus olhos arregalaram-se quando Lauren alcançou meu campo de visão. Com uma calça preta cargo, uma blusa branca do Paramore e seus coturnos.

-Ah não, não, não, não, não, não! Eu não vou ficar o final de semana com ela. -Falei levantando da mesa e Lauren me fitou.

-Mãe, você disse que eu iria gostar de estar com a garota. -Ela disse sem tirar os olhos de mim.

-Papai você disse o mesmo. -Ela negou.

-Camila. -Ela disse desafiadora.

-Lauren. -Cruzei os braços.

-Vocês já se conhecem? -Papai perguntou.

-Claro, é a única mimada riquinha e metida do colégio que eu conheço. -Disse recebendo um beliscão da sua mãe.

-Tenha modos. -À repreendeu e eu sorri de lado.

-Claro que nos conhecemos, é a garota que quase destruiu seu carro com a lata dela. -Lauren serrou os punhos e papai surgiu em minha frente.

-Tenha jeito de falar com as pessoas Camila. -Negou e se virou para ajudar elas pegando suas bolsas.

Olhei para Lauren e ela sussurrou um "Isso vai ser divertido", neguei e voltei a me sentar na mesa.

De todas as colegas de trabalho do meu pai, a escolhida tinha que ser a mãe da Lauren?

Show You - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora