De coração pra coração*

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ANTÔNIO

Por mais que eu ouvisse seu riso todos os dias eu jamais me acostumaria com isso, era uma surpresa nova e uma sensação mais especial ainda quando meus olhos se encontravam com os seus, ela era linda e sem saber tinha conquistado o meu coração.
Foram meses a vendo lutar por um homem que não valia a pena, e mesmo querendo eu não poderia fazer nada para impedir aquele erro, eu podia ver nos olhos daquele infeliz que ele não a amava, e sabia que no final, Catherine seria deixa para trás.

-Gostou da minha visita?

-Muito, principalmente pelas maçãs do amor que você me trouxe, desculpe ser tão pidona, mais eu amei como da outra vez.

-Não precisa pedir desculpas, sabe que gosto e minha tia me mataria se eu não as trouxesse.

-É uma pena ela não poder ter vindo. -Senti a tristeza em sua voz ao mencioná-la. Ela não fazia ideia de quem minha tia realmente era.

-Meu tio precisou dela para ajudá-lo em uns assuntos, apenas por isso não veio, sabe que ela arrasta um trem por você. -Rimos juntos quando falei aquilo, ela estava feliz com minha tia e seria muito mais quando estivéssemos juntos. Segurei sua barriga sentindo o bebê chutar, era a melhor parte.

-Realmente desistiu de descobrir o sexo? Vai deixar pra saber apenas para o momento do show? -Ela riu me olhando com aqueles belos olhos azuis.

-Cansei de ir às consultas e não descobrir nada, talvez realmente meu bebê queira deixar tudo para a última hora, então decidi respeitar seu desejo.

-Já pensou em nomes?

-Sim, em vários, aliás. Se for menino, quero por o nome de meu pai, Júlio. Eu não poderia escolher outro nome, meu pai me deu tudo resumido em amor, tem que ser Júlio.

-Você tem toda razão e se for uma doce menininha?

-Você vai achar estranho, quando falei a Remy ele riu e disse que isso nem mesmo poderia ser um nome, só que está tão em mim que não consigo tirar da cabeça desde que o vi pela primeira vez.

-Estou curioso, e qual seria meu bem?

-Amora.

-Amora? É diferente, mais não é feio, é lindo. Principalmente porque é único para você. -Sorri olhando em seus olhos, eu amava, com todo meu coração eu a amava.

-Catherine. -O rugido soou a nossa frente quando nos viramos no banco, era ele. Sua voz era inconfundível, assim como seu maldito temperamento de um animal irracional.

-Remy, você já chegou. -Levantei a ajudando a ficar de pé, sua barriga estava bem grande para seu tamanho, ela mal conseguia se equilibrar direito sozinha.

-Eu pensei que Anastácia estivesse aqui.

-Ela não pode vir, então vim no lugar dela para não deixá-la preocupada e principalmente porque queria saber de Catherine.

-Não gosto de sair e encontrar outro homem no qual não confio em minha casa.

-Não estávamos fazendo nada demais Remy, deixe de besteiras. -Ela falou o olhando duramente, ele a puxou devagar para junto de seu corpo deixando claro quem mandava ali.

-Já é fim de tarde, há um temporal chegando e eu não acredito que você ficará do lado de fora, o risco de se resfriar é grande e você já devia saber disso.

-Eu estava tomando de conta dela, se estivesse pingando chuva já teria a levado para dentro Remy, isso você pode ter certeza.

-O ar frio pode dar uma gripe antes mesmo de a chuva começar a cair, você não é médico? Deveria zelar pela vida das pessoas e saber deste minucioso detalhe também.

MARIDO & MULHEROnde histórias criam vida. Descubra agora