Capítulo 02

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Acordei com um susto lembrando do ocorrido de ontem. Queria acreditar que era um sonho, que eu não teria matado um cara e que eu não tinha conhecido o meu pai da forma mais estranha e horrível de todas.

Olho ao meu redor e já está de manhã, me levanto e vou ao banheiro, olho no espelho e eu estou horrivel, fiquei com o rosto marcado com os tapas e o meu olho estava um pouco roxo e inchado com o murro que o Francis me deu. Lavei o meu rosto e escovei os dentes e desci para o café da manhã.

- Bom dia filha.- Diz Peterson.

Me sento ao seu lado e começo a me servir, estava com muita fome.

Ele não parava de olhar para mim, acho que estava esperando eu falar algo pra ele ou perguntar alguma coisa. Então respiro fundo e pergunto:

- Por que eu estava no internato esses anos todos e não aqui?! - Pergunto já ficando irritada, já que ele queria conversar comigo, então vamos lá. - E cadê a mulher que concordou a me deixar lá e que diz ser a minha mãe?!

- Calma Emma, vamos por parte. - Ele responde depois de um longo suspiro. - Você não vai entender de primeira, mas tente entender que você foi para um internato apenas por que queríamos te proteger de umas pessoas que queriam e querem te matar. Sua mãe também tá escondida em outro lugar, que infelizmente eu não posso te contar no momento.

- Mas por que querem me matar?! - Pergunto confusa.

- Emma, eu sou um chefe de uma facção e trabalho com algumas coisas ilegais e legais também. - Ele sorri, ele se orgulha do que faz. - E sua mãe é herdeira de outra facção, na qual eu e o pai dela somos rivais, então quando o seu avô descobriu que eu e sua filha estávamos ficando juntos e que teríamos uma filha juntos, ele surtou e quando você nasceu ele mandou assassinos virem nos matarem, então descidi mandar você para o internato que era mais fácil ficar de olho em você e sua mãe falou que iria para um lugar que ela sabia que seu avô nunca iria encontra la, pensei que ela ia voltar, mas até hoje ela não voltou.

- Calma ai! Ela nunca mais voltou, tipo ela não queria saber nada de mim ou de você?! - Pergunto muito zangada, pois ele ficou sozinho esse tempo todo sem ela ao seu lado.

- Não. - Ele responde um pouco triste. - Ela dar notícias e eu consigo ficar mais tranquilo, só que ela devia já ter voltado faz um bom tempo, por que eu precisava dela. E agora que você voltou, eu espero que ela volte também.

- Mas por que?! - Digo irritada com aquela mulher. - Por que você quer que ela volte, sendo que ela não ficou pra te apoiar?

- Não sei Emma. - Diz ele meio derrotado.

- Peterson, por que eu fui sequestrada? - Pergunto mudando de assunto.

- Realmente eu não sei, faz tempo que não tenho nenhuma rixa com nenhuma facção ou bandidagem da região. - Ele fala um pouco irritado. - Não sei qual foi o motivo do Gomes e Francis de sequestrar, pois eles são mercenários, eles não fariam isso sozinhos, mas não sei quem está por trás do seu sequestro Emma.

- Você tem razão, eles não estavam agindo sozinhos, quando eles me levaram para aquele apartamento eu fingi que ainda estava desmaiada e escutei Francis falando que o chefe tinham planos para mim, não sei o que era, mas Gomes disse que não poderiam tocar em mim.

- Como eu suspeitava. - Ele continua um pouco irritado, mas depois sorri para mim. - Você é bem esperta Emma, acho que só na aparência que você se parece com a sua mãe, por que na inteligência você puxou totalmente a mim.

Sorrio para ele, pois ele sempre cuidou de mim, sem eu saber e longe de mim, mas ele cuidou de mim.

- Qual é o seu e o nome da mulher que diz ser a minha mãe? - Pergunto.

- Eu me chamo John Peterson, e da sua mãe é Emily Soarez. - Responde ele.

- Você ainda a ama ne? - Pergunto.

- Sim.

Depois do nosso café da manhã, Peterson me disse que iria sair e que eu pudesse ir para aonde eu quisesse da casa, então cá está eu indo bisbilhotar os quartos da casa, até que eu passo por uma porta e não sei por que mas me chamou atenção, mas ela estava trancada.

- Ei garota! - Diz um garoto atrás de mim. - Aí é um local restrito.

- Peterson falou que eu poderia ir a qualquer lugar da casa. - Digo o observando.

- E você acha que eu vou acreditar em você?! - Diz debochando de mim. - Sendo que ninguém pode entrar aí.

- Foda-se se você acredita ou não, eu vou entrar aí sim! -Digo irritada e apontando o dedo na cara dele.

Ele continua com cara de deboche para mim e em um movimento rápido ele me coloca em suas costas e sai andando.

- EI SEU LOUCO! ME SOLTA! - Grito desesperada. - ME SOLTA AGORA!

- EI O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI?! - Chega Peterson gritando. - SOLTA ELA PALMER!

E assim ele me faz.

- Agora me explica o por que da minha filha está pendurada nas suas costas?!

- SUA FILHA?! - Diz Palmer visivelmente confuso.

- Sim! Minha filha! - Diz Perteson totalmente bravo. - Anda me diz logo o que aconteceu!

- Esse ridículo não queria deixar eu subir as escadas para o meu quarto! - Minto para que ele não brigue comigo, tinha alguma coisa escondida naquele cômodo e o Peterson não iria querer que estivesse la, afinal não estaria trancada se ele quisesse.

- Desculpa Senhor, eu achei que era uma intrusa. - Diz Palmer calmo.

- Que isso não se repita senhor Palmer, eu não gostaria de te demitir. - Diz Peterson pegando uma chave e se virando para mim. - Bom, já que os dois se conheceram, Palmer você é o guarda costas da minha filha, leve ela para fazer compras e leva ela para fazer os documentos dela.

- Sim Senhor.

Peterson sai e eu subo correndo para me arrumar e depois fomos para o shopping.

- Por que você não falou a verdade para o Peterson? - Pergunto quando chegamos no shopping.

- Não sei. - Diz ele calmo. - Por que você não chama ele de pai?

- Não consigo. - Respondo andando mais rápido para uma loja de sapatos. - Venha logo! Vamos começar por aqui!

Após duas horas de compras, Palmer me leva para tirar meus documentos, agora tenho no meu RG o meu nome completo.

"Emma Soarez Peterson"

- Pronto Senhorita Peterson, ja temos todos os seus documentos, agora vamos para casa. - Diz ele me levando de volta para o carro.

Caramba, agora tenho um familia, bom eu acho, mas agora tenho um lar, mas por que eu acho que isso não vai ser bom?!

- Senhorita Peterson chegamos. - Diz Palmer.

- Me chame de Emma, por favor senhor Palmer - Digo.

- Então me chame de Bryan. - Diz sorrindo.

- Ok Bryan. - Sorrio de volta.

A herdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora