Acordei com um susto lembrando do ocorrido de ontem. Queria acreditar que era um sonho, que eu não teria matado um cara e que eu não tinha conhecido o meu pai da forma mais estranha e horrível de todas.
Olho ao meu redor e já está de manhã, me levanto e vou ao banheiro, olho no espelho e eu estou horrivel, fiquei com o rosto marcado com os tapas e o meu olho estava um pouco roxo e inchado com o murro que o Francis me deu. Lavei o meu rosto e escovei os dentes e desci para o café da manhã.
- Bom dia filha.- Diz Peterson.
Me sento ao seu lado e começo a me servir, estava com muita fome.
Ele não parava de olhar para mim, acho que estava esperando eu falar algo pra ele ou perguntar alguma coisa. Então respiro fundo e pergunto:
- Por que eu estava no internato esses anos todos e não aqui?! - Pergunto já ficando irritada, já que ele queria conversar comigo, então vamos lá. - E cadê a mulher que concordou a me deixar lá e que diz ser a minha mãe?!
- Calma Emma, vamos por parte. - Ele responde depois de um longo suspiro. - Você não vai entender de primeira, mas tente entender que você foi para um internato apenas por que queríamos te proteger de umas pessoas que queriam e querem te matar. Sua mãe também tá escondida em outro lugar, que infelizmente eu não posso te contar no momento.
- Mas por que querem me matar?! - Pergunto confusa.
- Emma, eu sou um chefe de uma facção e trabalho com algumas coisas ilegais e legais também. - Ele sorri, ele se orgulha do que faz. - E sua mãe é herdeira de outra facção, na qual eu e o pai dela somos rivais, então quando o seu avô descobriu que eu e sua filha estávamos ficando juntos e que teríamos uma filha juntos, ele surtou e quando você nasceu ele mandou assassinos virem nos matarem, então descidi mandar você para o internato que era mais fácil ficar de olho em você e sua mãe falou que iria para um lugar que ela sabia que seu avô nunca iria encontra la, pensei que ela ia voltar, mas até hoje ela não voltou.
- Calma ai! Ela nunca mais voltou, tipo ela não queria saber nada de mim ou de você?! - Pergunto muito zangada, pois ele ficou sozinho esse tempo todo sem ela ao seu lado.
- Não. - Ele responde um pouco triste. - Ela dar notícias e eu consigo ficar mais tranquilo, só que ela devia já ter voltado faz um bom tempo, por que eu precisava dela. E agora que você voltou, eu espero que ela volte também.
- Mas por que?! - Digo irritada com aquela mulher. - Por que você quer que ela volte, sendo que ela não ficou pra te apoiar?
- Não sei Emma. - Diz ele meio derrotado.
- Peterson, por que eu fui sequestrada? - Pergunto mudando de assunto.
- Realmente eu não sei, faz tempo que não tenho nenhuma rixa com nenhuma facção ou bandidagem da região. - Ele fala um pouco irritado. - Não sei qual foi o motivo do Gomes e Francis de sequestrar, pois eles são mercenários, eles não fariam isso sozinhos, mas não sei quem está por trás do seu sequestro Emma.
- Você tem razão, eles não estavam agindo sozinhos, quando eles me levaram para aquele apartamento eu fingi que ainda estava desmaiada e escutei Francis falando que o chefe tinham planos para mim, não sei o que era, mas Gomes disse que não poderiam tocar em mim.
- Como eu suspeitava. - Ele continua um pouco irritado, mas depois sorri para mim. - Você é bem esperta Emma, acho que só na aparência que você se parece com a sua mãe, por que na inteligência você puxou totalmente a mim.
Sorrio para ele, pois ele sempre cuidou de mim, sem eu saber e longe de mim, mas ele cuidou de mim.
- Qual é o seu e o nome da mulher que diz ser a minha mãe? - Pergunto.
- Eu me chamo John Peterson, e da sua mãe é Emily Soarez. - Responde ele.
- Você ainda a ama ne? - Pergunto.
- Sim.
Depois do nosso café da manhã, Peterson me disse que iria sair e que eu pudesse ir para aonde eu quisesse da casa, então cá está eu indo bisbilhotar os quartos da casa, até que eu passo por uma porta e não sei por que mas me chamou atenção, mas ela estava trancada.
- Ei garota! - Diz um garoto atrás de mim. - Aí é um local restrito.
- Peterson falou que eu poderia ir a qualquer lugar da casa. - Digo o observando.
- E você acha que eu vou acreditar em você?! - Diz debochando de mim. - Sendo que ninguém pode entrar aí.
- Foda-se se você acredita ou não, eu vou entrar aí sim! -Digo irritada e apontando o dedo na cara dele.
Ele continua com cara de deboche para mim e em um movimento rápido ele me coloca em suas costas e sai andando.
- EI SEU LOUCO! ME SOLTA! - Grito desesperada. - ME SOLTA AGORA!
- EI O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI?! - Chega Peterson gritando. - SOLTA ELA PALMER!
E assim ele me faz.
- Agora me explica o por que da minha filha está pendurada nas suas costas?!
- SUA FILHA?! - Diz Palmer visivelmente confuso.
- Sim! Minha filha! - Diz Perteson totalmente bravo. - Anda me diz logo o que aconteceu!
- Esse ridículo não queria deixar eu subir as escadas para o meu quarto! - Minto para que ele não brigue comigo, tinha alguma coisa escondida naquele cômodo e o Peterson não iria querer que estivesse la, afinal não estaria trancada se ele quisesse.
- Desculpa Senhor, eu achei que era uma intrusa. - Diz Palmer calmo.
- Que isso não se repita senhor Palmer, eu não gostaria de te demitir. - Diz Peterson pegando uma chave e se virando para mim. - Bom, já que os dois se conheceram, Palmer você é o guarda costas da minha filha, leve ela para fazer compras e leva ela para fazer os documentos dela.
- Sim Senhor.
Peterson sai e eu subo correndo para me arrumar e depois fomos para o shopping.
- Por que você não falou a verdade para o Peterson? - Pergunto quando chegamos no shopping.
- Não sei. - Diz ele calmo. - Por que você não chama ele de pai?
- Não consigo. - Respondo andando mais rápido para uma loja de sapatos. - Venha logo! Vamos começar por aqui!
Após duas horas de compras, Palmer me leva para tirar meus documentos, agora tenho no meu RG o meu nome completo.
"Emma Soarez Peterson"
- Pronto Senhorita Peterson, ja temos todos os seus documentos, agora vamos para casa. - Diz ele me levando de volta para o carro.
Caramba, agora tenho um familia, bom eu acho, mas agora tenho um lar, mas por que eu acho que isso não vai ser bom?!
- Senhorita Peterson chegamos. - Diz Palmer.
- Me chame de Emma, por favor senhor Palmer - Digo.
- Então me chame de Bryan. - Diz sorrindo.
- Ok Bryan. - Sorrio de volta.
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A herdeira
ActionEmma sempre achou que não tinha família, que era sozinha no mundo. Mas sua vida muda completamente quando ela descobre que tem uma responsabilidade enorme em suas mãos... Emma vai passar por muitas coisas, umas que ela vai se orgulhar, mas também t...