1.2 Bad idea

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Você devia estar longe demais
Eu chego mais perto de você todos os dias
Mas você parece estar tão longe
Olá, estrela cadente, por favor, realize meu desejo

Closer, Oh My Girl






Comprimindo os lábios após puxar bruscamente o curativo que segurava a agulha de soro, ela levantou da cama, sem ao menos se preocupar se seus cabelos estavam desarumados ou se a roupa hospitalar que usava era transparente demais para simplesmente andar com ela por aí. Dando passos largos, ela avançava pelo corredor, diminuindo a velocidade de seus passos no chão frio e liso quando encontrava algum enfermeiro ou médico naquele imenso corredor. Seus olhos analisavam cada ficha com o nome dos pacientes internados à portas próximas ao seu, seu nervosismo era tanto que ela tinha que ler mais de uma vez, pois sempre na primeira olhada ela imaginava o nome dele ali. Cruzando os braços sobre o vestido hospitalar que usava afim de cobrir a mancha de sangue que se formava em seu pulso, ela caminhou até o balcão da recepção. Se ela estava viva, logo ele estaria também, certo ? E se sua dedução estivesse certa, ele estava ali também, ele tinha que estar.

Provavelmente foram socorridos juntos, então porque aquela ahjumma não contava a verdade ? Porque sempre a respondia com um " Não posso dizer, são informações confidenciais " ?  Seus olhos já enchiam de lágrimas, e seu coração ja começava à se despedaçar, ele não morreu certo ? Ele sobreviveu. Ela o protegeu, então porque estava ali e ele não ?

Sem perceber ela já começava à gritar de desespero em meio às lágrimas, não era o meio mais ideal de ser discreta e ir ver o senhor encrenca sem chamar a atenção dos enfermeiros, mas somente por causa daquele gesto a funcionária do hospital decidiu lhe dar a informação que tanto queria. Porém agora teria alguns problemas, a secretária havia visto a mancha de sangue em seu vestido e acionado os enfermeiros, entretanto ela esperava chegar até ele sem ser interrompida por ninguém.
N

unca achou que poderia subir blocos de escadas com tanto afinco e sem reclamações, ir pelo elevador daria um ponto de vantagem para os enfermeiros, e ela só voltaria para seu quarto depois de vê-lo e saber que também está vivo.


Entretanto Yoongi não estava em um quarto individual como ela.

Ao ler o  nome em vermelho gravado acima das portas de empurrar brancas, que exibiam pelas pequenas janelas presentes na mesma, o lado interno da ala, Jennie levou as mãos à boca comprimindo um grito, enquanto mais lágrimas caíam sobre seu rosto. Não poderia ser. Aos prantos ela empurrou a porta e entrou no recinto, correndo pelo mesmo e analisando as diversas macas dali a procura dele. Só restava uma última cama e esta em especial era a única protegida pela cortina verde que dava individualidade para os pacientes durante à noite, a cada passo que dava para se aproximar da cama a esperança de encontrar Yoongi vivo diminuia e seu coração se estilhaçava em pedaços pequenos aos quais ela não tinha certeza se seriam fáceis de reunir depois.

Quando abriu aquela cortina, suas pernas fraquejaram e ela se apoiou aos pés da cama do homen que mesmo com parte do rosto enfaixado ela saberia reconhece-lo apenas pelos cabelos descoloridos agora emaranhados e exibindo a raiz escura.


Mesmo após nota-la ali o médico que estava ao lado do corpo, não a repreendeu, em vez disso, ele deixou que ela chorasse o quanto quisesse, se manifestando apenas quando a morena avançou no loiro, tateando suas ataduras do rosto logo depois o sacudindo pelos ombros afim de acorda-lo. Já que em todas as vezes em que chamou pelo seu nome Min não exibiu se quer uma reação.

  Fireproof  》SugaOnde histórias criam vida. Descubra agora