Circo •autoral•

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Uns amigos e eu estávamos brincando no meu quintal quando vimos uns carros chegando na cidade, era um circo que iria se apresentar na cidade. Então apreciamos os carros passando, afinal, aquelas cores, animais e palhaços chamam atenção de todas as crianças, mas eu era uma criança diferente e não gostava de circos, eu odiava palhaços pois eles me davam medo. A carreata do circo estava passando e ver aqueles palhaços olhando pra mim e sorrindo me trazia pesadelos só de imaginar. A noite caía, entrei tomei um banho e fui assistir meu desenho como de costume :

mãe : hey, querida, não quer ir no circo essa noite? Seus amigos irão.
eu : não, mãe, estou um pouco cansada . - Disse desligando a televisão e indo para o meu quarto. Na minha mente, palhaços não eram pessoas boas e sim assassinos. No escuro do meu quarto estava imaginando como estariam meus amigos naquele espetáculo de circo, e na minha imaginação acabei me perdendo e pegando no sono. Acordei pela manhã e como toda manhã fui assistir tv, o tempo estava chuvoso e não teria como brincar com meus amigos,o jeito seria ficar em casa mesmo. Mais tarde, naquele mesmo dia, um palhaço estranho apareceu na janela do meu quarto e ficou lá me observando por um tempo. Aquilo estava me irritando e me deixando apavorada, falei com a minha mãe e ela foi lá ver o que era e quando foi lá fora ele já não estava mais lá, o importante é que ele tinha ido embora. Fiquei com aquela cena daquele palhaço acenando pra mim na cabeça, não conseguia dormi de madrugada e foram dias e dias assim, acordava chorando, suando, já não sabia mais o que fazer. Uma madrugada qualquer eu acordei e fui beber água e, como de costume, olhei pela janela e adivinha: o palhaço estava lá. Mas dessa vez com um machado na mão coberto de sangue, ele estava caindo na gargalhada e foi então que eu dei um grito. Meus pais acordaram e vieram até mim, chegaram já me acalmando pois eu estava tremendo demais, foi um pesadelo vivido em momentos tão surreais. Mas ele estava do lado de fora, imagine se estivesse dentro da casa. Então respirei fundo e deixei meus pais dormirem. No dia seguinte, meus pais me chamaram para ir no circo, por incrível que pareça. Meu medo era tão grande, mas para felicidade deles eu fui. Me arrumei toda e fui. Chegando lá, a lona era toda suja, as maquiagens davam medo, o elenco do circo era tremendo, tinha sangue pra todo o lado e eu não sabia o que fazer. As arquibancadas estavam vazias, eles já tinham matado o bairro quase todo só faltavam uma família, a nossa .
Sério que eu iria morrer agora naquele lugar pelo meu pior pesadelo: palhaços? Não mesmo. Foi então que eu desci correndo, meus pais acharam que era tudo besteira e ficaram. Alguns segundos correndo e eu já pude escutar minha respiração ofegante e eu parei um pouco. Logo escuto várias sequências de tiros e o grito dos meus pais foi silenciado. Chorei muito, mas pensei que logo eles viriam atrás de mim, então corri para minha casa. Era o que eu poderia fazer naquela hora .
Chegando em minha casa tranquei tudo, e me tranquei no meu quarto. Eu só sabia chorar. Meus pais e meus amigos estavam mortos, e isso tudo em menos de 2 semanas, como eles fizeram isso? malditos palhaços e seus rostos pintados para disfarçar a cara de assassino. Foi aí que eu escutei a porta do fundos abrir *Merda eu havia esquecido de fechar as portas dos fundos*. Os barulho de passos começou a ficar mais perto e foi aí que parou em frente à porta do meu quarto. Levantei da minha cama devagar, sem fazer barulho e entrei em meu closet. Barulhos de machado quebrando a minha porta foram ouvidos logo em seguida, meu medo estava subindo no meus nervos a ponto de tremer, chorar e suar. Eu estava realmente com medo, então a seguinte frase foi dita enquanto a silhueta parava em frente à porta do meu closet:

"Às vezes a maquiagem cobre o rosto de um maníaco, mas nós só queremos ver seu sangue escorrendo sobre nossa pele."

Quando a frase acabou, ele abriu a porta do closet e abriu o sorriso pra mim acertando o machado em minha cabeça, me levando à morte .

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