one of a kind

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Eu não entendo quando dizem que Kyungsoo-hyung é alguém ranzinza. Quer dizer, ele pode às vezes ficar de mau humor, pode estourar o balão de crianças na rua, derrubar coisas nas pessoas e dizer que foi sem querer, fazer barulho de vomito ao ver um casal, mas mesmo ele fazendo essas coisas de vilão de desenho animado, ele é um amor.

As pessoas não conhecem o hyung como eu conheço, não vêem como ele é amoroso com o Vivi, com seu cachorro e qualquer animal que ele encontre. Como ele chama o Chanyeol pra sair com a gente mesmo sabendo que ele vai recusar, só pra ele não ficar chateado depois. Kyungsoo até mesmo doa sangue — mesmo que seja só pra pagar meia no cinema, é um bom ato.

Ele até mesmo cozinha bem, em um mundo onde tantas pessoas vivem apenas de miojo, é difícil achar alguém que cozinhe bem — e que goste, acima de tudo.

Eu lembro até hoje de quando a gente foi em um aquário e vimos os pinguins, ele parecia uma criança, mais do que o normal. Talvez pelo fato de que todo mundo diz que ele parece com um, ele tenha aprendido a ama-los.

Ele sorriu e sorriu aquele dia, eu nunca tinha visto tanto os seus dentes. Sabe, ele deveria os mostrar mais, porque eles são realmente bonitos.

Na verdade, tudo nele é bonito.

Quando ele sorri, quando aperta minha mão porque tá com medo de colocar a lente de contato — é sempre uma coisa difícil —, quando fica tímido na frente de pessoas estranhas, ou como beija minha cabeça quando eu bato ela na quina da mesa, logo depois diz que eu sou estabanado demais. Kyungsoo é bonito até mesmo quando arremessa objetos em mim — não precisam se preocupar, é por amor.

Mas apesar deu achar o hyung a melhor pessoa do mundo e afirmar isso pra qualquer um que perguntar, nós não namoramos.

Ah, Kyungsoo, você não sabe o que está perdendo deixando de ser meu namoradinho.

Nós poderíamos fazer coisas maravilhosas, eu mostraria o melhor do mundo pra ele. Eu iria tira-lo de sua rotina, nós faríamos viagens sem destino, tomaríamos porre juntos, iríamos ao cinema mas não assistiríamos filme nenhum — eu acho isso uma perda de tempo, mas não me importaria de comprar 50 ingressos pra Hyung e ficar o tempo todo beijando o personagem principal.

Mas eu também não deixaria de fazer coisas simples e clichês. Ficar juntinhos o dia inteiro, maratonar séries por longas horas — não é como se eu já não fizesse isso —, dividir a pipoca ao ir ao cinema.

Nós faríamos de tudo, comeríamos de tudo, nos amaríamos com tudo.

E mesmo que ele seja um pouco emo, tá tudo bem.

Porque estrelas não podem brilhar sem a escuridão.

a escuridão e as estrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora