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Oi tudo bom?

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– Cinco e meio? - A mãe perguntava incrédula, encarando seriamente a prova de matemática. - Taehyung, isso é uma vergonha.

Kim concordou lentamente, rezando para que aquele discurso de "Eu dou o melhor pra você, e tu trás essas notas.", "Ah, meu Deus.", "Que decepção".

– Sua irmã mais nova recentemente tirou dez na prova de matemática! – Kim quis gritar um "eu não sou ela" bem alto, mas se ainda quer ficar com o celular, era melhor concordar de cabeça baixa. – Vou chamar um professor de reforço, realmente, não vejo outra saída.

– Mas, mãe... – Pensou em alguma desculpa, para se livrar desse bendito, ou maldito, professor de reforço. – As coisas já estão apertadas, financeiramente falando, e olha... Eu posso pedir para a minha madrasta me ajudar, o que acha? – Deu o sorriso mais falso possível, tentando demonstrar confiança.

– Jamais! Eu quero é que você fique longe daquela... Daquela.... Vadia miserável! – Gritou, e logo Kim Hae apareceu descendo as escadas.

– Mãe! Hae vai ouvir essas palavras chulas! – Correu e tapou o ouvido da irmã, mas ganhou em troca uma cotovelada na barriga.

– Como se eu já não tivesse falado coisa pior. – A garota disse, bebendo calmamente a caixinha de achocolatado.

– Enfim, Hae vá se aprontar para ir a escola, e Taehyung... – Lançou um olhar intimidador para o mesmo, e umideceu lentamente os lábios com a língua. – Se quando eu chegar não ver você estudando, ah você vai ver...

Jogou seu cabelo pelo ombro e saiu pela porta da frente, batendo-a em seguida.

– Ou manezão, tô com fome, sabe? – Hae fez uma careta como se aquilo fosse óbvio.

Já estava na hora do almoço, Hae estudava a tarde e Taehyung de manhã. Sua mãe, Kim Yina, trabalhava das duas da tarde até às onze da noite. Ou seja, Taehyung ficava a tarde inteira ouvindo música, ou chamava seus amigos para jogar vídeo game, e quando isto acontecia, era alvo de bullying por nunca ter beijado, e sequer ter tido contato íntimo com alguém.

Taehyung tinha 17 anos, era um virjão, suas notas eram horríveis, tentava irritar sua irmã, mas sempre acabava apanhando dela, por ser um "fracote de perna fina", segundo ela.

Tae nunca se achou atraente, odiava o próprio corpo, a própria personalidade, o próprio sorriso. Tudo.

E pelo visto, as pessoas também achavam isso, pois ninguém até agora quis se relacionar com Kim.

Ah, e recentemente se descobriu gay.

Sua mãe ainda nem imagina isso, Hae as vezes manda umas indiretas, como se suspeitasse de algo.

– Cara eu falei que eu 'tô com fome! – Hae se jogou no sofá, tirando seu celular do bolso do casaco e começou a conversar com alguém pelo aplicativo de mensagens. – Você é surdo ou tem demência aguda?

– Aí meu Deus, você é insuportável demais! – Taehyung foi rumo a cozinha e começou a preparar um ovo cozido, pois era a única coisa que sabe fazer.

Depois de alimentar devidamente a irmã, escutou o barulho de sua mãe abrindo a porta, e correu rapidamente até as escadas, subindo freneticamente até chegar em seu quarto, onde se jogou em sua mesa de estudos, e abriu o primeiro livro que apareceu.

– Tá estudando? – Yina perguntou, dando duas batidinhas na porta do filho.

– C-claro mãe. – Sorriu amarelo, fingindo ler algo importante.

– Trouxe seu professor... – Ela disse e Taehyung revirou os olhos. – Eu levo Hae para a escola, e você fica estudando, Taehyung escuta aqui, eu tô pagando para esse moço te ajudar, e no final do bimestre, quero suas notas perfeitas! Ele está na sala te esperando.

Taehyung desceu bufando, não queria um velhinho ranzinza lhe ensinando coisas óbvias, que não tinha vontade de aprender.

Assim que chegou na sala, seus olhos foram guiados automaticamente até um garoto, que aparentava ter uns vinte e um anos, vestindo uma camisa de seda branca e uma calça jeans preta, extremamente justa.

Kim jurou que escorreu saliva por sua boca.

Ele era lindo e absolutamente sexy, que homão.

– Taehyung, esse é seu professor... – Apontou para o garoto. – Se apresente...

– Ah, claro. – Sorriu ladino e se curvou para Taehyung. –  Prazer, Jeon Jeongguk, seu professor.

teacher ;; kth & jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora