A caminho de Hogwarts

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Residência dos McGonagall***
Aparentava ter se passado séculos desde que Minerva havia ido para o Beco Diagonal e conhecido Flitwick. Ela passava horas de seu dia se dedicando aos estudos e trocando cartas com Fílio por meio das corujas, que transitavam entre as casas. Agora, recebia constantemente as edições do Profeta Diário, não ignorando as edições velhas enviadas por seu amigo.

Havia chegado o dia de ida para Hogwarts, e a garota não poderia estar mais feliz, saltando da cama rapidamente e se preparando para a ida a King's Cross. As novas vestes iam ser usadas pela primeira vez, deixando Minerva incomodada com a predominância do preto. A garota prendeu o cabelo em um coque mal feito, descendo rapidamente as escadas e encontrando a família já se alimentando.

— Parece que alguém está atrasada — disse Isobel, levando os ovos mexidos de Minerva em um prato largo — seus irmãos estão mais empolgados que você.
— Duvido muito, — Robert bebericava um chá enquanto falava — Minerva nem estudou ontem.

Minerva ignorou os pais, os cumprimentando com um beijo e em seguida desviando de uma rasteira de seus irmãos.

— Já pode entrar para o time de Quadribol.
— É, como balaço
— Já chega meninos — Isobel interrompeu a briga, servindo os garotos.

A mesa estava bastante recheada nesse dia. Isobel pelo visto teve um longo empenho na cozinha. Seria a última refeição do dia com a família, e nem mesmo a comida maravilhosa parecia animar Minerva. Ela temia ficar tão longe da família, porém a ideia de uma independência durante um longo período para relaxar sua mente e evoluir por conta própria parecia ser uma coisa que não se deve desperdiçar.

O café da manhã foi terminado, fazendo a garota correr rapidamente para seu quarto, erguer a varinha e se preparar para um feitiço de levitação.

— Nem pense nisso enquanto não estiver na escola.
Isobel em um giro e sacolejo da varinha, vez com que a mala de Minerva começasse a flutuar, a guiando até o primeiro andar.
— Wingardium Leviosa!

Impressionada, Minerva desceu o lance de escada, se deparando com todos prontos no pequeno saguão.
— Acho que está na hora de ir.

Kings Cross***

A viagem até lá não foi das mais demoradas, apesar de o trânsito não colaborar completamente. Os carros se amontoavam na estrada, e demorou um pouco mais para a família atravessar a parede e seguir para a plataforma 9 3/4. Robert ficou realmente impressionado com o local, fazendo perguntas a cada curiosidade estabelecida por seus olhos que se estendiam para todos os cantos.

— Isobel, você não me contou que eles têm um jornal! E ele se mexe! — falou o pai, quase caindo quando viu as imagens se moverem no papel.
— É estranho para bruxos as fotos não se mexerem — retrucou ela.

As crianças saltavam felizes com seus carrinhos pelo muro da plataforma, seus malões iam diretamente para o trem, e assim Minerva os copiou, levando o carrinho até uma recepcionista que vestia uma saia curta e cabelos que tinham um formato peculiar.
A mulher, que se chamava Odete, sacudiu a varinha e todos os malões e gaiolas de alunos recolhidos ali giraram no ar, voando até um vagão distante que os olhos de Minerva não conseguiu alcançar.

— Hora da despedida, — disse Isobel, se aproximando ela, Robert e os irmãos de Minerva rapidamente — um abraço rápido e sem muito drama, não iremos virar para trás para evitar sofrimento.
— MÃE! — reclamou os mais jovens — aposto que se fosse a gente a senhora não faria todo esse drama!
— Não diga bobagens! Agora vamos nos despedir.
Minerva se aproximou, um por um ela abraçou. Foi inevitável não chorar, e então com pequena tristeza. uma pequena lágrima escorreu de seu rosto quando se virou em direção ao trem, adentrando ele sem virar para trás.

Expresso de Hogwarts***

Minerva nunca havia entrado em um trem, e a visão interior de um neste momento soava magnífico para ela. As pessoas se amontoavam arrastando gaiolas, uma velha senhora empurrava um carrinho com diversos doces que soaram estranhos para a jovem, sem contar as faíscas que saltavam de uma das cabines formando dragões brilhantes que flutuavam no ar acima do cabelo da vendedora de doces, que continuava a empurrar seu conteúdo sem parecer notar o que ocorria acima dela.
Flitwick se aproxima, entrando um pouco depois de Minerva e tocando seu ombro com força.
— Vai ver a velha é surda
— Não fale assim dela Fílio! Aliás, bom te ver.
— Bom te ver também Minnie.

Juntos, eles encontraram um lugar para se sentarem, distante de qualquer outro estudante. A barulheira no corredor era alta, atrapalhando os dois que conversavam intensamente.
— Que Merlin me livre de ir pra Sonserina!
— Mas Merlin era da Sonserina Fílio.
— Ninguém é perfeito.

Minutos depois, eles ouviram a porta abrir, e um par de olhos cinzentos surgiram, revelando depois uma jovem garota de cabelos bagunçados e rosto circular.
— Posso me sentar aqui? Os outros vagões estão cheios.

Minerva mirou a garota e depois se virou para Fílio.
— Claro.

A garota se sentou ao lado de Minerva, ficando de frente para Fílio, envergonhada.
— Sou Pomona, Pomona Sprout

— Prazer Sprout, eu sou Minerva McGonagall, e esse é Fílio Flitwick.

Eles se encararam por um um curto tempo. Minerva encarava o teto enquanto os outros dois tentavam não colidir com seus olhos.
— Para que casa pretende ir Sprout? — questionou Fílio — Eu e Minerva concordamos que qualquer casa está boa, desde que não seja Sonserina.

— Não tenho problema com a Sonserina, — disse ela — mas Lufa-lufa é uma boa para não se preocupar com esteriótipos

Minerva e Fílio moveram a cabeça em acordo.
O tempo passou e os três se divertiam. Já vestidos, logo estariam em Hogwarts para serem selecionados.

— Que matéria estão mais ansiosos para aprender? Eu não vejo a hora de ter aulas de Herbologia.

— Mas você já estuda herbologia em casa Sprout! Do que adianta?

— Calma Flit, herbologia realmente soa legal, mas Transfiguração e defesa contra as artes das trevas são tentadoras.

— Feitiços é muito mais útil no dia a dia, por exemplo...

Antes que Fílio terminasse de falar, um zumbido muito alto se intensificou no ar, e então eles souberam que haviam chegado.
Rapidamente eles se trocaram um por um, permitindo um espaço pessoal e sempre saindo do vagão para o outro terminar de se arrumar, e quando os três estavam de pé já uniformizados com as vestes negras, guiaram seus pés na direção do fim do corredor junto com os outros novatos, ouvindo uma voz calorosa.
— Venham logo! — disse uma monitora — o professor Dumbledore os aguarda.

Minerva McGonagall: A Força Do DeverOnde histórias criam vida. Descubra agora